O objetivo deste estudo foi avaliar as possíveis opções restauradoras para dentes posteriores. Além disso, foi avaliada a possível relação entre tempo de formação e grau de formação profissional com suas escolhas. Este estudo transversal foi realizado a partir de questionários respondidos por cirurgiões-dentistas da cidade de Pelotas/RS. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas, nível de especialização e ano de graduação. Além disso, foram obtidas informações sobre a primeira opção restauradora para dentes posteriores, tipo de resina composta e uso de isolamento absoluto. Dados foram submetidos à análise descritiva, e as associações foram testadas por meio do teste de Chi-quadrado ou do teste exato de Fisher, quando apropriado. A taxa de resposta foi de 68%. Os cirurgiões-dentistas, em sua maioria, escolheram o uso de resina composta como a primeira opção restauradora para dentes posteriores. Em relação ao tipo de resina usada, a maioria dos profissionais escolheu a resina microhíbrida; e apenas 42.6% utilizou isolamento absoluto para a realização da restauração posterior. Cirurgiões-dentistas com mais tempo de graduação utilizaram menos resina composta para dentes posteriores (p=0.014). Cirurgiões-dentistas que frequentaram cursos de pós-graduação usaram mais isolamento absoluto (p=0.006). Restauração direta de resina composta foi a primeira opção de tratamento restaurador para dentes posteriores; resina composta microhíbrida foi o tipo de resina preferido pelos cirurgiões-dentistas e o uso de isolamento absoluto para realização de restaurações posteriores não foi frequente. Tempo desde a graduação e grau de especialização influenciaram a escolha dos cirurgiões-dentistas.