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A laserterapia não cirúrgica estimula células de carcinoma de laringe? Un estudo in vitro

As irradiações com lasers não-cirúrgicos têm sido usadas com sucesso em diversas especialidades biomédicas. A ação do laser na atividade proliferativa celular é um assunto controverso já que a luz laser tem ora estimulado e ora inibido a proliferação de células em culturas. As culturas de células "in vitro" constituem um excelente meio para o estudo dos efeitos de diversos agentes permitindo verificar as reações entre dose e efeito. O objetivo deste trabalho foi avaliar através do M.T.T. (dimetil-tetrazólio) o efeito da irradiação de células H.Ep.2 por lasers de 635nm e 670nm de comprimento de onda, "in vitro". As células foram dissociadas a partir de tumores de câncer de laringe, e foram mantidas acondicionadas congeladas em frasco de cultura a -80ºC. Após o preparo das placas e 24 horas após o transplante, foram submetidas a doses de 0.04 a 0.48J/cm² durante sete dias (635 ou 670nm, CW, 5 mW, (f ~1mm beam), 0.04, 0.06, 0.12, 0.24, 0.48J/cm²). Os resultados demonstraram que a luz laser de 635nm não exerce um efeito estimulativo significante na proliferação das células H.Ep.2, dentro da faixa energética de 0,04J/cm² e 0,48J/cm² e que as culturas irradiadas com o laser de 670nm tiveram sua atividade proliferativa aumentada em comparação aos grupos controle e aos irradiados com o laser de 635nm. Conclui-se que a irradiação de células H.Ep.2 com lasers de 670nm resulta em um aumento da proliferação celular; que a proliferação celular em culturas irradiadas com o laser de 670nm foi melhor observado com doses a partir de 0.08J/cm²; que a dose e o comprimento de onda são fatores que podem influenciar no processo proliferativo das células H.Ep.2.

proliferação celular; riscos; efeito estimulativo


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