A apresentação cronológica quase-sinótica da distribuição da temperatura e da salinidade de superfície mostrou a ausência e estágios do desenvolvimento do fenômeno de ressurgência na região costeira a oeste de Cabo Frio. O vento, com direção variável entre E e NE e com velocidade máxima de 30 nos (<img src="../../../../../img/revistas/bioce/v23/car01.jpg"> 15 m/s), foi considerado como o seu principal agente gerador. Durante a evolução do fenômeno de ressurgência observou-se um núcleo de alta salinidade (<img src="../../../../../img/revistas/bioce/v23/car01.jpg"> 35.9º/oo) fluindo contra o vento com uma velocidade media de 1/4 de no. A causa desse movimento foi qualitativamente explicada como um efeito dinâmico induzido pela não uniformidade do campo de vento. A variação local observada na costa e a amostragem espacial na região costeira, mostraram que a primeira influencia da massa de água ressurgida aparece contígua a costa e se distribui quase uniformemente de Cabo Frio até a Ponta de Saquarema. Contudo, no que julgamos ser um estagio final quase estacionário, o núcleo de ressurgência identificado pelo mínimo de temperatura de superfície, se localizava na Ponta de Saquarema com sua influencia sendo observada na direção sudoeste e a mais de 30 mn de distancia à costa.