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Composição e distribuição espacial de uma comunidade de peixes da costa leste do Brasil: comparação de duas metodologias de estudo de campo

A composição e a distribuição espacial de uma comunidade de peixes foram estudadas em três trechos de um rio na costa leste do Brasil: um trecho de corredeiras (superior), um trecho de planície (médio) e outro de mangue (inferior). Dois métodos foram empregados com o objetivo de estimar sua eficiência em estudos naturalísticos de comunidades de peixes tropicais. Um dos métodos consiste em observações subaquáticas e o outro é caracterizado por capturas com o emprego de apetrechos, como covos, peneiras, vara e anzol. Os dois métodos mostraram que sua eficiência depende das características do ambiente e da biologia das espécies. Em trechos com elevada transparência da água, correnteza forte, substrato rochoso e sem vegetação marginal submersa (trecho superior), o emprego de equipamentos tradicionais é relativamente ineficiente, apesar de oferecer excelentes condições para observação subaquática. Em trechos com elevada transparência da água, correnteza forte e vegetação marginal submersa abundante (planície e mangue), os apetrechos de coleta oferecem bons resultados, principalmente se acoplados ao método de observação subaquática. Se as características abióticas do rio se alteram longitudinalmente, nos estudos acerca da composição e da distribuição da ictiofauna é apropriado o emprego de diferentes métodos de estudo, a fim de reduzir as falhas impostas pelas metodologias de coleta empregadas em ambientes de água corrente.

riacho costeiro; distribuição espacial; composição de espécies; comunidade de peixes; observação subaquática


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