Os estômatos são fundamentais na fisiologia vegetal e na sobrevivência das plantas. Em geral, com a diminuição da irradiância, a frequência estomática, ou mesmo epidérmica, por unidade de área foliar diminui, enquanto as dimensões dos estômatos aumentam. Por outro lado, acredita-se que o índice estomático, sendo uma característica intrínseca da planta, permanece constante. O objetivo deste trabalho foi estudar a influência das células epidérmicas ordinárias e das células estomáticas na plasticidade da folha e as influências destas características sobre a densidade e no índice estomático, bem como nas dimensões e no número de estômatos e descrever, em detalhes, os principais fatores que os alteram. Verificou-se, neste trabalho, uma correlação fortemente significativa (R²a = 0,767 p < 0,001) entre o índice estomático e a densidade estomática, ou mesmo, entre este e a densidade de células epidérmicas (R²a = 0,500 p < 0,05). Uma forte correlação negativa entre o índice estomático e a área das células epidérmicas (R²a = -0,571 p < 0,001) também foi verificada, entretanto, nenhuma correlação foi verificada entre o índice estomático e as dimensões dos estômatos, assim como sugere a literatura. De qualquer modo, este estudo demonstrou que o índice estomático do cafeeiro é de 19,09% nas folhas sombreadas e de 20,08% nas folhas a pleno sol. Neste sentido, as variações no índice estomático causadas pela irradiância, suas causas e consequências para a fisiologia vegetal são discutidas em detalhes.
índice estomático; densidade estomática; plantas de sol e sombra; Coffea arabica L.
