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O silício e ácido salicílico contribuem na morfofisiologia de mudas de Schinus terebinthifolia sob alagamento?

Resumo

O alagamento pode promover danos ao aparato fotossintético e crescimento inicial de Schinus terebinthifolia. Objetivamos nesse estudo avaliar o potencial do silício (Si) e ácido salicílico (AS) como agentes de mitigação sobre as respostas ecofisiológicas e crescimento inicial de S. terebinthifolia submetidas a períodos de alagamento. As mudas foram cultivadas sob as seguintes condições: 1) controle (não alagado): irrigação diariamente, 2) Alagado (A): acondicionamento das mudas em piscina plástica de 500 L, mantendo uma lâmina d’água ± 2,0 cm acima do nível do substrato, 3) A + 1,0 mM Si, 4) A + 2,0 mM Si, 5) A + 1,5 mM AS e 6) A + 3,0 mM AS. Observamos que as mudas alagadas formaram lenticelas hipertrofiadas no caule a partir dos 7 dias como estratégia de ajuste ao estresse. S. terebinthifolia é sensível ao alagamento, embora mantenha estável as trocas gasosas por 15 dias nessa condição. A aplicação de 1.0 mM de Si mitigou o decréscimo pronunciado das trocas gasosas por 30 dias. O uso de 1,0 mM Si e 3,0 mM SA contribuíram para a integridade do aparato fotossintético e atividades fotoquímicas nos centros de reação, além de favorecer maior produção de biomassa e qualidade das mudas sob alagamento. A aplicação foliar de Si e AS é uma prática promissora para o metabolismo fotossintético e crescimento inicial de mudas de S. terebinthifolia sob estresse por alagamento.

Palavras-chave:
trocas gasosas; lenticelas hipertrofiadas; raízes adventícias; plasticidade; fotossistema II

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