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Capturabilidade diferenciada de pequenos mamíferos em três habitats do Sudeste brasileiro

A taxa de captura de indivíduos marcados e não-marcados de espécies de marsupiais e roedores foi comparada entre três comunidades de pequenos mamíferos no Brasil. Em dois estudos, foram utilizadas grades de armadilhas, um no cerrado e outro em reserva de Mata Atlântica, e em um estudo em área rural foram utilizados transectos. Nos dois estudos que usaram grades de armadilhas, os animais marcados foram capturados com mais freqüência que os não-marcados, embora em algumas espécies essa diferença não tenha sido significativa. Na área rural, a captura de animais marcados e não-marcados não diferiu significativamente. O número de recapturas por animal residente foi maior nos dois estudos que usaram grades de armadilha. As diferenças de capturabilidade entre os três estudos podem resultar do uso de grades e transectos de armadilhas, mas também podem ser decorrentes das diferenças entre as armadilhas utilizadas, as iscas e os habitats. Independentemente da causa, a capturabilidade diferencial tende a ser considerada uma regra em pequenos mamíferos, mas os resultados apresentados sugerem que a capturabilidade de animais marcados e não-marcados seja específica da combinação particular de desenho amostral, métodos de campo e habitat de estudo.

marsupiais; marcação e recaptura; tamanhos populacionais; roedores; Brasil


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