Acessibilidade / Reportar erro

Algumas espécies de Psychodidae (Diptera) da Mata Atlântica no Sudeste do Brasil, com descrições de Trichomyia dolichopogon sp. nov. e Trichomyia riodocensis sp. nov.

A família Psychodidae inclui além dos flebotomíneos de importância médica mais cinco subfamílias pouco estudadas no neotrópico. Os autores relatam os resultados de uma viagem para coletar psicodódeos no Parque Estadual do Rio Doce (Minas Gerais), o qual contém uma das maiores regiões sobreviventes da Mata Atlântica no Brasil. Amostragens realizadas mediante armadilhas Malaise e de luz (CDC), além de capturas em lugares de repouso diurno, incluíram 15 espécies de Psychodinae e Trichomyiinae, dentre elas Trichomyia dolichopogon sp. nov., T. riodocensis sp. nov. e mais 13 espécies novas à ciência, representadas apenas por fêmeas. Também foram coletadas 12 espécies de flebotomíneos (Lutzomyia spp.). As amostras da área do parque não atingida pelo fogo em 1967 tinham uma diversidade de espécies muito maior que as da área destruída e subseqüentemente regenerada, sugerindo que a recuperação após uma catástrofe ambiental desse tipo pode ser muito prolongada. Esse padrão não foi observado nos flebotomíneos, cuja maior abundância e riqueza de espécies na parte afetada do parque podem ser relacionadas a sua dependência por mamíferos pequenos, os quais atuam como hospedeiros e são os mais diversos neste tipo de ambiente.

Psychodidae; Psychodinae; Trichomyiinae; Phlebotominae; Trichomyia dolichopogon sp. nov.; T. riodocensis sp. nov.; Mata Atlântica; espécies indicadoras


Instituto Internacional de Ecologia R. Bento Carlos, 750, 13560-660 São Carlos SP - Brasil, Tel. e Fax: (55 16) 3362-5400 - São Carlos - SP - Brazil
E-mail: bjb@bjb.com.br