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Cães domésticos em uma paisagem fragmentada na Mata Atlântica: abundância, uso de habitat e manejo pela população humana

Este estudo tem como objetivo estimar o tamanho populacional de cães e o manejo dado a eles pela população humana através de questionários, bem como estimar a frequência de ocorrência desses animais em diferentes hábitats (antrópico e fragmento florestal), usando armadilhas de pegadas. O estudo foi realizado em uma área altamente fragmentada de Mata Atlântica no Estado de São Paulo. Encontramos um grande número de cães soltos, uma média de 6.2 ind/km². Esses animais possuem donos e são constantemente alimentados. O número de registros de cães diminui da matriz antrópica para o interior dos fragmentos florestais, o que sugere que cães podem atuar como um efeito de borda sobre os fragmentos. Ainda assim, encontros entre cães domésticos e animais silvestres podem ser frequentes em paisagens intensamente fragmentadas, principalmente nas bordas dos fragmentos. No entanto, o fato de que os cães são mais frequentes no ambiente antrópico e a maioria tem dono, sugere que o impacto causado por eles no ambiente natural é menos severo que o esperado para um carnívoro em tal abundância, mas a exigência de responsabilidade por parte dos donos pode reduzir ainda mais este impacto.

Canis lupus familiaris; tamanho populacional; fragmentação; efeito de borda


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