No grupo repleta de Drosophila, o estabelecimento de subgrupos e complexos realizado com base em evidências citológicas e morfológicas é suportado por testes de isolamento reprodutivo. Entre as espécies do grupo repleta, o cluster buzzatii, devido a seu politipismo e polimorfismo, é um excelente material para estudos ecológicos e de especiação. Alguns cruzamentos interespecíficos envolvendo linhagens de Drosophila seriema, Drosophila sp. B, D. koepferae e D. buzzatii foram completamente estéreis, enquanto outros produziram híbridos F1 que não deixaram F2. No presente trabalho são apresentados dados sobre a duração da corte e ocorrência de cópula dos intercruzamentos estéreis e dados sobre a mobilidade dos espermatozóides dos híbridos F1 que não deixaram F2. Não houve ocorrência de cópula no período de 1 hora de observação e os espermatozóides dos híbridos analisados não foram móveis em qualquer das idades testadas (3, 7, 9 e 10 dias de idade). Houve alta variação na duração média da corte e na porcentagem dos machos que cortejaram as fêmeas. A ausência de cópula e esterilidade dos machos F1 indica mecanismos pré e pós-zigótico operando entre as espécies desse cluster. Os dados também mostram diferentes níveis de compatibilidade reprodutiva entre linhagens classificadas como da mesma espécie mas de diferentes localidades geográficas.
corte; híbridos; esterilidade do macho em Drosophila