Resumo
Herbicidas pré-emergentes podem contribuir para o controle da competição de plantas daninhas em restauração por semeadura direta, porém é necessário entender seus efeitos em sementes de florestais nativas. O objetivo do estudo foi avaliar o potencial impacto do herbicida indaziflam na germinação de 17 espécies nativas de florestas tropicais. Para isso, uma dosagem ligeiramente acima da recomendada (180 mL do produto em 200 L de água) foi comparada com a testemunha sem herbicida. O grau de sensibilidade de cada espécie, foi calculado pela razão entre a porcentagem de germinação com herbicida (GH) e a testemunha sem herbicida (GC) e classificando-as como: extremamente sensível (ES= (GH/GC) <0,25), sensível (S=0,25< (GH/GC) <0,50), baixa sensibilidade (LS=0,50< (GH/GC) <0,75), indiferente - I=0,75< (GH/GC) <1,0) e potencializado (P= (GH/GC) >1). O herbicida promoveu redução significativa na média de germinação em mais de 35% (n=6) das espécies avaliadas e 59% (n=10) foram sensíveis ou extremamente sensíveis ao indaziflam e apenas três espécies não germinaram. Por outro lado, 29,4% (n=5) apresentaram baixa sensibilidade ou indiferença ao herbicida, enquanto a germinação das sementes foi levemente aumentada pelo indaziflam para 11,7% (n=2). O indaziflam pré-emergente pode ser recomendado na restauração de semeadura direta pois apenas 17,6% (n=3). O indaziflam pré-emergente pode ser recomendado na restauração de semeadura direta pois apenas 17,6% (n=3) das espécies foram inibidas pelo pré-emergente. No entanto, o efeito do indaziflam variou em função da espécie e requer mais estudos para apoiar o uso em larga escala na semeadura direta.
Palavras-chave:
herbicida; restauração; espécies florestais; Floresta Atlântica
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