Resumo
Este estudo avaliou o uso do óleo essencial de Lippia origanoides (EOLO) como anestésico para juvenis de pacu, Piaractus mesopotamicus. Foram realizados dois experimentos. No Experimento I foram determinados os tempos de indução e recuperação anestésica e a frequência ventilatória (FV) para peixes (n= 48; 29,94 ± 6,69 g) expostos a diferentes concentrações de EOLO [0 (controle - 4000 µL álcool L-1), 25, 50, 100, 200 e 400 µL L-1]. A partir dos resultados obtidos no Experimento I foram determinadas as concentrações de EOLO do Experimento II (n= 36; 29,25 ± 5,90 g), na qual avaliou os efeitos de 0 (controle - 2.000 µL álcool L-1), 50 (fora da indução recomendada e tempos de recuperação) e 200 µL L-1 (dentro dos tempos de indução e recuperação recomendados), sob os parâmetros imunohematológicos e bioquímicos em diferentes tempos de coleta (1 hora e 24 horas pós-indução). A sobrevivência dos peixes foi de 100% em ambos os experimentos. A concentração de EOLO de 25 µL L-1 não foi capaz de induzir anestesia profunda nos animais, enquanto a concentração de 200 µL L-1 apresentou tempos de indução e recuperação dentro da faixa indicada para peixes e foi eficiente na redução da FV durante a indução. Não foram observadas diferenças nos parâmetros imunohematológicos e bioquímicos entre as concentrações, mas foram observadas diferenças nas comparações entre os tempos de coleta. Porém, a maioria das variáveis sanguíneas retornaram a níveis considerados normais para a espécie 24 horas após a anestesia. Portanto, uma concentração EOLO de 200 µL L-1 pode ser considerada segura para uso antes do manejo biométrico de P. mesopotamicus.
Palavras-chave:
anestésico fitoterápico; bem-estar; carvacrol; hematologia; pacu
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