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Comunidades de helmintos de três roedores simpátricos da Mata Atlântica brasileira: contrastando biomassa e abundância numérica

A utilização do tamanho do corpo do parasita é uma importante abordagem para compreender diferentes padrões na estrutura da comunidade helmíntica, uma vez que são utilizados apenas descritores numéricos que não necessariamente detectam a heterogeneidade no tamanho entre as espécies de parasitos. No presente estudo, comparou-se o padrão da comunidade helmíntica de três roedores silvestres simpátricos (Akodon cursor, A. montensise e Oligoryzomys nigripes), usando uma abordagem com abundância numérica e biomassa. O cestoide Rodentolepis akodontis foi o helminto com maior biomassa nos três roedores. O tricostrongilídeo Stilestrongylus lanfrediae apresentou uma alta biomassa em O. nigripes e representou 70% da abundância numérica total dos parasitas. Interessantemente, em Akodon spp., a espécie com maior biomassa, representou menos de 10% da abundância total. Parasitas com maior abundância numérica não foram aqueles com maior tamanho do corpo. Embora o padrão de biomassa determinado tenha sido diferente da abundância numérica, essa diferença não influenciou na distribuição das comunidades de helmintos nos três hospedeiros simpátricos. A mudança do status de uma espécie de helminto dentro da comunidade em função da sua dominância volumétrica pode justificar uma nova abordagem, uma vez que parasitas pertencentes a diferentes táxons podem obter recursos de seu hospedeiro de forma diferente.

biomassa; abundância; estrutura da comunidade de helmintos; roedores simpátricos; Mata Atlântica


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