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Comparação entre duas amostragens de mamíferos feitas com armadilhas fotográficas no sudeste do Brasil, com foco na abundância de mamíferos silvestres e cães domésticos

Uma das formas de avaliar o impacto das atividades humanas nas comunidades de mamíferos e ter maior conhecimento e acurácia sobre o método utilizado é realizar amostragens, proporcionando a comparação do método, principalmente quando o esforço amostral é semelhante. O presente estudo visou a comparar dois levantamentos de mamíferos realizados na mesma área com três anos de intervalo, quanto aos seguintes aspectos: esforço amostral, sucesso de captura, abundância de cães domésticos, presença de atividades humanas e biomassa relativa das espécies. A riqueza total obtida nos dois períodos de amostragem foi de 13 espécies, sendo 12 espécies selvagens e uma de animal doméstico. O esforço de amostragem para as duas pesquisas foi semelhante, porém o sucesso de captura foi diferente, quando comparados entre si. A abundância de mamíferos selvagens e cães também mostrou diferenças entre os dois períodos. A correlação entre a abundância de mamíferos selvagens e o esforço de captura provou ser altamente significativa para a amostragem realizada em 2006/2007, mas não foi significativa para a realizada em 2009/2010. A diferença entre as amostras pode estar ligada à perturbação humana nesse ambiente, já que o número de animais domésticos fotografados foi maior após três anos de amostragem. Apesar de ser uma área de conservação, também está sujeita a pressões, como especulação imobiliária, invasões, destruição e caça, o que pode estar diminuindo a abundância das espécies selvagens listadas neste trabalho.

levantamento; diversidade; animais domésticos; métodos; unidades de conservação


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