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Anatomia e morfometria foliar em clones de eucalipto tratados com glyphosate

Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da deriva simulada de glyphosate na morfoanatomia de três clones de eucalipto e correlacionar os sintomas de intoxicação em escala microscópica com aqueles observados à vista desarmada. Os efeitos da deriva do glyphosate foram proporcionais às doses testadas, sendo Eucalyptus urophylla mais tolerante ao herbicida que E. grandis e o híbrido urograndis. Os sintomas de intoxicação foram semelhantes para os diferentes clones testados, tanto aos 7 quanto aos 15 dias após a aplicação, sendo caracterizados, morfologicamente, por murcha, clorose e enrolamento foliar e, no caso das maiores doses, por necrose, senescência foliar e morte das plantas de eucalipto. Anatomicamente, doses de glyphosate superiores a 86,4 g.ha-1 provocaram plasmólise, hipertrofia e hiperplasia celular, formação de tecido de cicatrização e morte das células da face adaxial da epiderme. Observou-se diminuição na espessura do parênquima lacunoso e aumento na espessura do parênquima paliçádico e da lâmina foliar. O aumento na espessura da folha e do parênquima paliçádico podem estar relacionados à resposta das plantas ao glyphosate, como forma de compensar a área fotossinteticamente reduzida pelas necroses e senescência causadas pelo herbicida.

Eucalyptus spp.; herbicida; deriva simulada; anatomia foliar; fitotoxidez


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