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Ácido pirúvico como atenuante do déficit hídrico em algodoeiros variando a fase fenológica

Resumo

A falta d’água durante o crescimento da cultura traz prejuízos em qualquer sistema de produção, especialmente quando ocorre durante o estabelecimento inicial ou início da fase reprodutiva. O algodoeiro, apesar de ter larga habilidade para manejo em regiões com limitação hídrica, tem o rendimento afetado, com níveis diferenciados em função da genética do cultivar adotado. A aplicação exógena de alguns componentes orgânicos tem demonstrado efeito mitigador do estresse podendo ser um aditivo valioso para impulsionar a produtividade de cultivares sensíveis ao estresse hídrico. Neste trabalho, objetivou-se avaliar os benefícios da aplicação exógena de ácido pirúvico (100 µM) em algodoeiros sob déficit hídrico variando a fase fenológica da cultura. O ensaio foi conduzido em casa de vegetação, onde as plantas foram cultivadas em vasos e submetidas a sete dias de suspensão hídrica, iniciadas, individualmente, nas fases V2 e B1. Cada vaso conteve duas plantas. Os tratamentos adotados foram: T1- controle, T2 - supressão hídrica; T3- supressão hídrica + aplicação de piruvato. O delineamento foi em blocos casualizados em esquema fatorial (3 × 3) com três repetições. Foi observado que as reduções nas trocas gasosas e crescimento das cultivares BRS Seridó, CNPA 7MH e FM 966 foram mais expressivas na fase reprodutiva, especialmente da última que se mostrou mais sensível. A aplicação de piruvato mitigou os efeitos da supressão hídrica sobre a produção de capulhos 31% na BRS Seridó e 34% em CNPA 7MH e FM 966.

Palavras-chave:
Gossypium hirsutum L.; mitigação do estresse hídrico; produção; trocas gasosas

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