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Acumulação de mercúrio presente em rações e expressão de metalotioneínas em Litopenaeus vannamei Boone, 1931 sob condições de cultivo intensivo

Este estudo descreve a acumulação de Hg e a expressão gênica de metaloproteínas em Litopenaeus vannamei Boone, 1931 tendo a ração como única fonte de Hg. Os experimentos ocorreram sob condições experimentais controladas comparando-se tanques receptores de rações ricas em Hg (tanques interiores) e pobres em Hg (tanques exteriores). As concentrações de Hg nas rações variaram de 5,4 a 124 ng.g-1 em peso seco. Nas três frações dos animais analisados; músculo (6,3 - 15,9 ng.g-1); hepatopâncreas (5,1 - 22,0 ng.g-1); e exoesqueleto (3,0 - 16,2 ng.g-1), as concentrações de Hg foram significativamente menores nos experimentos em tanques exteriores submetidos a rações com menores teores de Hg. As maiores concentrações de Hg medidas na musculatura dos camarões ao final do experimento (34,6 ng.g-1) foram muito baixas em relação às concentrações legais máximas permitidas para consumo humano e as concentrações em musculatura e hepatopâncreas foram significativamente correlacionadas às concentrações nas rações. As maiores concentrações de Hg medidas no exoesqueleto de animais expostos a rações de maior conteúdo de Hg, sugerem a ocorrência de um mecanismo de detoxificação. Por outro lado, a expressão de metaloproteínas não apresentou variação entre as diferentes concentrações de Hg presentes na ração, sugerindo que a concentração utilizada não foi capaz de induzir a transcrição gênica responsável pela produção de metaloproteínas.

mercúrio; aquacultura; bioacumulação; metalotioneína; PCR


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