Composição físico-química de frutos de pupunha (Bactris gasipaes Kunth) na Costa Rica

Resumo

A variabilidade da composição físico-química e do teor de carotenoides e polifenóis, e a capacidade antioxidante hidrofílica da fruta fresca da pupunha (Bactris gasipaes) foram pesquisadas, a fim de avaliar o seu aproveitamento como uma fonte potencial de compostos bioativos. Estudou-se a variabilidade de cinco lotes de frutos da Costa Rica das regiões Tucurrique (T) e Pérez Zeledón (PZ). Foram encontradas diferenças significativas para a massa, o comprimento e a largura entre os lotes. Os teores de umidade, gordura e proteína dos frutos de Tucurrique foram significativamente menores do que os teores dos frutos de Pérez Zeledón. Não foi encontrada diferença significativa para o teor de amido entre todos os lotes de pupunheira estudados. Para os compostos antioxidantes, o teor de carotenoides totais variou entre 109 e 202 mg equivalentes β-caroteno / g de matéria seca (ms), enquanto o teor de polifenóis totais variou no intervalo de 54 a 106 mg de equivalentes de ácido gálico (GAE) / 100 g (ms). Ambos os compostos antioxidantes apresentaram variabilidade entre os cinco lotes. A capacidade antioxidante foi determinada pelo método ORAC e só a amostra PZ-3 foi significativamente diferente dos outros quatro lotes. A média da capacidade antioxidante hidrofílica foi de 37 ± 7 mmol de equivalentes de Trolox (TE) / g (ms). No geral, a fruta da pupunha apresenta potencial de utilização como ingrediente no desenvolvimento de alimentos funcionais, uma vez que a variabilidade da fruta da pupunha como matéria-prima, determinada pela aplicação de uma análise de componente principal, demonstrou que algumas das características dessa fruta não foram afetadas durante a época de colheita, e nenhuma diferença foi encontrada entre os lotes das duas áreas de estudo.

Palavras-chave:
Carotenoides; Polifenóis; Capacidade antioxidante; Análise de componente principal; Alimentos funcionais; ORAC