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Camu-camu colhido com a casca verde-avermelhada conserva seus compostos físico-químicos e antioxidantes durante o armazenamento a frio

Resumo

Camu-camu (Myrciaria dubia), uma fruta nativa da Amazônia brasileira, é considerada uma fonte de compostos antioxidantes. Devido à sua elevada perecibilidade, são necessários estudos em pós-colheita para aumentar a sua vida útil. O objetivo deste estudo foi avaliar o ponto de colheita do camu-camu na conservação de suas características físico-químicas e compostos antioxidantes durante o armazenamento a frio. Os frutos foram colhidos em diferentes estádios de maturação (casca vermelha e verde-avermelhada). Os frutos foram armazenados em bandejas de politereftalato de etileno a 15 °C e 90% de umidade relativa. As análises foram realizadas nos dias 1, 2, 5, 7, 9 e 13, após a colheita: luminosidade, °hue e cromaticidade, pH, conteúdo de sólidos solúveis, acidez titulável, conteúdo de ácido ascórbico, conteúdo fenólico total, conteúdo total de antocianina e atividade antioxidante. Os dados foram submetidos à análise multivariada. Os frutos colhidos em diferentes estádios de maturação apresentaram diferentes características pós-colheita, destacando-se os parâmetros de cor, sabor e antioxidantes. Os frutos de cor verde-avermelhada, apesar de sua baixa concentração de antocianinas durante o armazenamento, apresentaram altos níveis de compostos fenólicos, ácido ascórbico e atividade antioxidante, que foram mantidos até nove dias de armazenamento a frio. Devido às características de sabor e compostos antioxidantes, recomenda-se que a colheita de camu-camu seja no estágio de maturação verde-avermelhada, para prolongar assim a vida útil do fruto.

Palavras-chave:
Myrciaria dubia; Fisiologia vegetal; Estágios de maturação; Amazônia

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