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Brazilian Journal of Geology, Volume: 45, Número: 1, Publicado: 2015
  • O Brazilian Journal of Geology no caminho para a sua completa internacionalização Editorial

    Macambira, Moacir J. Buenano
  • Depósitos auríferos em metaturbiditos, lineamento Córrego do Sítio, Quadrilátero Ferrífero, Brasil Articles

    Roncato Júnior, Jorge Geraldo; Lobato, Lydia Maria; Lima, Luiz Claudio; Porto, Cecília Germano; Silva, Rosaline Cristina Figueiredo e

    Resumo em Português:

    O estudo da geologia e paragênese do lineamento aurífero Córrego do Sítio foi conduzido, contendo os depósitos Cachorro Bravo, Laranjeiras e Carvoaria. Esses depósitos auríferos, do tipo lode, hospedados em sequência metaturbidítica ocorrem na região do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brasil. Esses três importantes depósitos são descritos para ilustrar as características semelhantes, composição mineralógica e diferenças no tipo de minério ao longo do lineamento. Para o depósito de Cachorro Bravo, o mapeamento geológico inclui duas galerias subterrâneas. A unidade Córrego do Sítio é composta por uma sequência turbidítica com alternância de metagrauvacas e filitos, associada a diques e sills metamáficos, paralelos a discordantes. A zona de minério é predominantemente relacionada ao intervalo estratigráfico localizado entre as rochas metassedimentares e as rochas metamáficas. Quatro eventos deformacionais afetaram a sequência estratigráfica do lineamento. Veios e venulações mineralizados formaram-se em vários episódios em ambiente de cisalhamento dúctil-rúptil. Diferentes tipos de veios são reconhecidos, mas a geração mais importante volumetricamente é concordante à estrutura S1. Os veios são compostos por cristais de quartzo, tanto fumê quanto leitoso, carbonato e uma grande variedade de sulfetos e sulfossais. A pirita é o sulfeto mais comum seguido por arsenopirita e pirrotita, confirmados por detalhamento mineralógico em seções polidas. Sulfetos e sulfossais são inter-relacionados nos veios e disseminados nas rochas encaixantes. Os dados apresentados são consistentes com modelos genéticos relacionados a outros depósitos lode-gold arqueanos.

    Resumo em Inglês:

    A study of geology and rocks paragenesis has been conducted at the Córrego do Sítio auriferous lineament, containing the Cachorro Bravo, Laranjeiras and Carvoaria metaturbidite-hosted lode-gold deposits located in the Quadrilátero Ferrífero Region, Minas Gerais, Brazil. These representative deposits are described to illustrate the essentially similar general character of all the deposits of lineament as well as the wide compositional and mineralogical differences in the ore of the different deposits, where, for the Cachorro Bravo deposit, a geological mapping included two underground mine galleries. The Córrego do Sítio unit is a metamorphosed turbidite in an alternating sequence of metagraywackes and phyllites, with parallel to discordant metamafic dikes and sills. The ore zone is predominantly hosted at the stratigraphic break between metasedimentary and metamafic rocks. Four deformation events affected the mine sequence. Mineralized veins and veinlets are considered to have formed within a brittle-ductile shear-zone environment and occurred in multiple episodes. Different vein types are recognized, but the most important volumetrically is a S1-concordant type characterized by smoky and milky quartz-carbonate-sulfide ± sulfosalts veins. Veins are dominated by quartz, but locally they are characterized by carbonate and a large variety of sulfide and sulfosalt minerals. Pyrite is the commonest associated sulfide mineral, followed by arsenopyrite and pyrrhotite. An extensive mineralogical study of polished sections has confirmed different generations of sulfide minerals. The sulfides and sulfosalt minerals are interrelated in the veins and disseminated on wall rocks. The data are consistent with a genetic models related to other Archean lode-gold deposits.
  • Interpretação paleoambiental por meio de análise das associações dos ostracodes e das microfácies carbonáticas: estudo da Formação Jandaíra, Cretáceo Superior, Bacia Potiguar Articles

    Santos Filho, Marcos Antonio Batista dos; Piovesan, Enelise Katia; Fauth, Gerson; Srivastava, Narendra Kumar

    Resumo em Português:

    Análises paleoecológicas são ferramentas importantes para a reconstrução de paleoambientes. Este trabalho teve como objetivo utilizar análises de associação de ostracodes e microfácies carbonáticas de um poço (Carbomil) e um afloramento (Ponto Quixeré) da Formação Jandaíra, Bacia Potiguar, a fim de verificar como estes métodos corroboram e complementam um ao outro. Dois paleoambientes para o Poço Carbomil (associações 1 e 2, respectivamente, ambiente marinho e mixo-halino) e um para o Ponto Quixeré (associação 3, ambiente marinho) foram identificados por meio da análise das associações de ostracodes. O estudo das seções petrográficas permitiu a identificação de duas fácies diferentes para o Poço Carbomil, packstones a wackstonesbioclásticas, representando um sistema marinho salobro ou marinho restrito; grainstones a packstonesbioclásticas, indicando um sistema marinho raso normal). As amostras do Ponto Quixeré parecem apontar para um ambiente de pouca energia. Em geral, as informações provenientes da análise das microfácies carbonáticas corroboram e complementam os dados fornecidos pelas assembleias de ostracodes, o que permitiu um maior grau de precisão na análise paleoambiental.

    Resumo em Inglês:

    Paleoecological analyses are important tools for the reconstruction of paleoenvironments. This paper had the objective of using analysis of ostracode assemblages and carbonate microfacies of a well (Carbomil) and an outcrop (Quixeré) from the Jandaíra Formation, Potiguar Basin, in order to verify how they corroborate and complement the other. Two paleoenvironments for Carbomil Well (assemblages 1 and 2, respectively marine and brackish to neritic environments) and one for Quixeré Outcrop (assemblage 3, marine environment) were identified through the ostracode assemblage analysis. Thin section analysis allowed the identification of two different facies for Carbomil Well, i.e. bioclastic packstones to wackstones, a marine brackish or restricted marine system; and bioclastic grainstones to packstones, a normal, shallow marine system. High levels of alteration on the samples prevented an adequate analysis of Quixeré Outcrop; however, it seems to point towards a low-energy environment. Overall, information provided by the thin sections corroborate and complement data of the ostracode assemblages, which allowed a higher degree of certainty for the paleoenvironmental analysis.
  • Caracterização estrutural do domínio interno da Faixa Paraguai na região de cangas, porção centro-sul do Estado de Mato Grosso Artigos

    Costa, Bruno de Siqueira; Silva, Carlos Humberto da; Costa, Ana Cláudia Dantas da

    Resumo em Português:

    O estudo das estruturas das rochas do Grupo Cuiabá, na região de Cangas, permitiu a identificação de três fases de deformação. A principal estrutura relacionada à primeira fase de deformação é uma clivagem ardosiana, paralela à estratificação e ao plano-axial de dobras recumbentes, com orientação 120/27. Nos estágios precoces desta fase foi gerada uma família de veios de quartzo (V1) disposta paralela às suas estruturas, sendo, em sua maioria, deformada. A segunda fase de deformação formou uma clivagem espaçada (Sn+1), plano-axial de dobras normais, abertas a suaves e assimétricas e com orientação preferencial 110/68. A terceira fase de deformação é representada por um conjunto de fraturas de porte centimétrico a decamétrico e falhas com rejeitos métricos, que cortam todas as estruturas anteriores e têm orientação preferencial 35/82. Relacionada a esta fase de deformação ocorre uma segunda família de veios de quartzo (V2), que preenche as fraturas relacionadas à Dn+2 e pode (ou não) ser portadora de mineralizações auríferas.

    Resumo em Inglês:

    The structural study of rocks in the district of Cangas showed the identification of three phases of deformation for the Cuiabá Group in this region. The main structure oriented 120/27 is related to the first phase of deformation defined by a slate cleavage, parallel to the bedding and to the axial plane of recumbent folds. In the early stages of this phase a family of quartz veins (V1) was generated, arranged parallel to the structures of this phase of deformation, being all almost deformed. The second phase of deformation formed a crenulation cleavage (Sn+1), axial plane of opened to gentle and asymmetric normal folds, with preferential orientation 110/68. The third phase of deformation is represented by a set of centimetric to decametric scale fractures and faults with metric slip that cut all previous structures, with orientations 35/82. Related to this phase of deformation occurs a second family of quartz veins (V2), which fills the fractures related to Dn+2 and may or may not be carrying gold mineralization.
  • Deformação polifásica e metamorfismo do grupo Cuiabá na região de Poconé (MT), Cinturão de dobras e cavalgamentos Paraguai: implicações cinemáticas e tectônicas Articles

    Vasconcelos, Bruno Rodrigo; Ruiz, Amarildo Salina; Matos, João Batista de

    Resumo em Português:

    Vários modelos deformacionais foram propostos para o Cinturão Paraguai, diferindo principalmente quanto ao número de fases de deformação, sentido da vergência e estilo tectônico. Feições estruturais apresentadas neste trabalho indicam tectônica dominada por escamas de baixo mergulho na fase inicial, seguida por duas fases deformacionais progressivas. A primeira fase de deformação é caracterizada por uma clivagem ardosiana, plano axial de dobras isoclinais recumbentes de direção axial NE, com recristalização de minerais da fácies xisto verde, associada a zonas de cisalhamento horizontais com movimentação de topo para SE. A segunda fase mostra vergência para NW, caracterizada por uma clivagem de crenulação plano axial de dobras abertas de fase F2 afetando S0 e S1, localmente associada a falhas inversas. A terceira fase de deformação é caracterizada por falhas e fraturas subverticais com direção NW mostrando movimentação sinistral, associadas a falhas de alívio, comumente preenchidas por veios de quartzo. O acervo de estruturas tectônicas e paragênese metamórfica descrita indica que a deformação mais intensa ocorreu em nível crustal mais profundo, fácies xisto verde, durante F1, acomodando expressivo encurtamento crustal por meio de dobras isoclinais recumbente e zonas de cisalhamento de baixo ângulo com movimentação de topo para SE, em regime tectônico do tipo pelicular delgado. A fase F2 teve deformação mais sutil e comportou-se ruptil e ductilmente, acomodando discreto encurtamento por meio de dobras normais abertas e falhas inversas subverticais desenvolvidas em nível crustal mais raso, com vergência em direção ao Cráton Amazônico. A terceira fase foi menos intensa e acomodou a deformação na forma de falhas sinistrais subverticais de direção NW.

    Resumo em Inglês:

    Several deformation models have been proposed for the Paraguay Belt, which primarily differ in the number of phases of deformation, direction of vergence and tectonic style. Structural features presented in this work indicate that the tectonics was dominated by low dip thrust sheets in an initial phase, followed by two progressive deformation phases. The first phase of deformation is characterized by a slate cleavage and axial plane of isoclinal recumbent folds with a NE axial direction, with a recrystallization of the minerals in the greenschist facies associated with horizontal shear zones with a top-to-the-SE sense of movement. The second stage shows vergence towards the NW, characterized by crenulation cleavage axial plane to F2 open folds over S0 and S1, locally associated with reverse faults. The third phase of deformation is characterized by subvertical faults and fractures with a NW direction showing sinistral movement, which are commonly filled by quartz veins. The collection of tectonic structures and metamorphic paragenesis described indicate that the most intense deformation at the deeper crustal level, greenschistfacies, occurred during F1, which accommodated significant crustal shortening through isoclinal recumbent folds and shear zones with low dip angles and hangwall movement to the SE, in a thin-skinned tectonic regime. The F2 deformation phase was less intense and had a brittle to ductile behavior that accommodated a slight shortening through normal open subvertical folds, and reverse faults developed in shallower crustal level, with vergence towards the Amazonian Craton. The third phase was less pervasive, and the shortening was accommodated by relief subvertical sinistral faults.
  • Litogeoquímica das unidades meta-ígneas do Complexo Ofiolítico Arroio Grande, extremo sul do Brasil Artigos

    Ramos, Rodrigo Chaves; Koester, Edinei

    Resumo em Português:

    Ofiolitos são definidos como fragmentos de peridotitos mantélicos serpentinizados e rochas crustais oceânicas, geneticamente relacionados e tectonicamente deslocados de sua origem ígnea primária por convergência tectônica e de rochas (meta) sedimentares marinhas associadas. Partindo dessa premissa, um complexo meta-ultramáfico-máfico-sedimentar (xistos magnesianos cromíferos - candidatos à origem mantélica ou cumulática ultramáfica crustal; epidoto anfibolitos, metadioritos e metagabros - candidatos à origem oceânica; xistos metassedimentares, quartzitos e mármores - candidatos a rochas sedimentares marinhas), localizado no sudeste do Cinturão Dom Feliciano (extremo sul do Brasil), passou a ser interpretado como possíveis fragmentos de um complexo ofiolítico relacionado ao encerramento de um paleo-oceano durante o ciclo orogênico Brasiliano/Pan-Africano, definido como Complexo Ofiolítico Arroio Grande. A presente pesquisa preenche a ausência de dados geoquímicos de trabalhos anteriores e testa, do ponto de vista litogeoquímico, a hipótese de uma origem oceânica para as unidades meta-ígneas desse complexo. Os metaultramafitos foram interpretados como peridotitos (mantélicos ou cumulatos ultramáficos crustais) que foram serpentinizados (provavelmente no assoalho oceânico) e posteriormente metassomatizados (provavelmente em um contexto continental). Os metamafitos foram interpretados como gabros/basaltos oceânicos gerados em uma bacia de trás-arco. Os resultados deste estudo, juntamente com as relações de campo, associações litológicas e evidências petrográficas, suportam uma origem oceânica para os protólitos das unidades meta-ígneas e a hipótese de que tais rochas representam fragmentos metamorfizados de um complexo ofiolítico é ainda a mais adequada. Este trabalho atualiza o conhecimento geológico da região, contribuindo para as discussões acerca da evolução do Cinturão Dom Feliciano e do paleocontinente Gondwana Ocidental.

    Resumo em Inglês:

    Ophiolites are defined as slices of genetically-related upper mantle serpentinized peridotites and oceanic crustal rocks, tectonically displaced from its primary igneous origin of formation by plate convergence and associated (meta) sedimentary rocks of marine origin. From this premise, a meta-ultramafic-mafic-sedimentary complex (Cr-rich magnesian schists - upper mantle or crustal ultramafic cumulate candidates; epidote amphibolites, metadiorites and metagabbros - oceanic crust candidates; metasedimentary schists, quartzites and marbles - marine sedimentary rocks candidates), located in southeastern Dom Feliciano Belt (southernmost Brazil), started to be interpreted as possible slices of an ophiolitic complex related to the closure of a paleo-ocean during Brasiliano/Pan-African orogenic cycle and was called Arroio Grande Ophiolitic Complex. The present research fills the lack of geochemical data from previous studies and tests the hypothesis of an oceanic setting for the meta-igneous units of this complex from a lithogeochemistry point of view. The meta-ultramafics were interpreted as peridotites (mantle or crustal cumulates) that were subsequently serpentinized (probably in the ocean floor) and posteriorly metasomatized (probably in a continental setting). The meta-mafics were interpreted as oceanic gabbros/basalts formed in a back-arc basin. The results, together with field relationships, rock associations and petrographic evidences, support an oceanic origin for the protoliths of the meta-igneous units. The hypothesis that these rocks represent metamorphosed slices of an ophiolitic complex is still the most reasonable one. This work updates the geologic knowledge of the area and supports discussions about the evolution of Dom Feliciano Belt and Western Gondwana paleocontinent.
  • A influência composicional de antecristais em diques cretácicos de lamprófiro alcalino, SE Brasil Articles

    Menezes, Saulo Gobbo; Azzone, Rogério Guitarrari; Rojas, Gaston Eduardo Enrich; Ruberti, Excelso; Cagliarani, Renata; Gomes, Celso de Barros; Chmyz, Luanna

    Resumo em Português:

    A questão de como a assembleia de antecristais influencia a composição química de diques de lamprófiro e se esta pode ser responsável pelo zoneamento composicional entre núcleos e bordas é abordada por meio de um estudo detalhado em quatro diques de monchiquito e camptonito, representativos das províncias alcalinas Arco de Ponta Grossa e Serra do Mar. Nestes diques, os antecristais são interpretados como minerais cristalizados precocemente que não se encontram mais em equilíbrio com o líquido que os carrega, mas que mantêm vínculo com o mesmo sistema magmático. Eles representam cristais reciclados de estágios magmáticos mais precoces em profundidade. As texturas dos antecristais, como megacristais zonados de clinopiroxênio (núcleos de augita e bordas de titanoaugita) com núcleos parcialmente corroídos, cristais de olivina corroídos nas bordas, envoltos por coronas de biotita, inclusão de cristais de cromoespinélio nos centros dos megacristais de clinopiroxênio e olivina e cristais de titanomagnetita envoltos por coronas de biotita, sugerem reequilíbrio com a matriz. Para os diques estudados, a maior carga de antecristais encontra-se em seus centros. Descontando-se o volume de antecristais nos centros de cada ocorrência, as composições calculadas são muito semelhantes às globais das bordas. A carga de antecristais máficos de cada ocorrência, proporcionalmente, resulta em enriquecimento da composição global em MgO, FeO, TiO2, CaO, elementos traços compatíveis (Cr, Ni e Co), e ao empobrecimento em SiO2, K2O, Na2O, Al2O3 e traços incompatíveis (Ba, Sr e ETR). Assim, as análises geoquímicas globais de cada dique são representativas da combinação de cristais acumulados e magma. Além disso, as variações composicionais relativas às zonalidades dos diques estudados parecem estar predominantemente relacionadas à carga de antecristais e não a diferentes pulsos magmáticos.

    Resumo em Inglês:

    The question of whether the antecryst assemblage affects the bulk composition of lamprophyre dykes, and could be responsible for the compositional zonation between their centers and borders is addressed through a detailed study involving four monchiquite and camptonite dykes (basanites and tephrites) representative of the Arco de Ponta Grossa and Serra do Mar alkaline provinces. In them, antecrysts are interpreted as early-crystallized minerals that are no longer in equilibrium with their host-liquid, albeit still linked to the same magmatic system. They represent recycled crystals of earlier stages of the magmatic system at depth. The antecryst microtextures, such as zoned clinopyroxene megacrysts (augite cores and titanaugite rims) with partly corroded cores, olivine crystals with corroded rims surrounded by biotite coronas, chrome-spinel inclusions in clinopyroxene and olivine megacryst cores, and titanomagnetite crystals surrounded by biotite coronas, suggest chemical re-equilibrium with the matrix. The greatest antecryst cargo in these dykes is found in their centers. After subtracting the antecryst volume from the center analyses of each body, the calculated compositions are very similar to the border analyses. The mafic antecryst cargo of each occurrence proportionally leads to enrichment of MgO, FeO, TiO2, CaO, compatible trace elements (Cr, Ni and Co), and depletion of SiO2, K2O, Na2O, Al2O3 and incompatible trace elements (Ba, Sr and REE). The whole-rock geochemical analyses of each dyke represent the combination of accumulated crystals and melt. The compositional zonation of the studied dykes is associated with the antecryst cargo rather than different magmatic pulses.
  • Estratigrafia do Grupo Araí: registro de rifteamento paleoproterozoico no Brasil Central Artigos

    Tanizaki, Maria Luiza Nascentes; Campos, José Eloi Guimarães; Dardenne, Marcel Augute

    Resumo em Português:

    O Grupo Araí, composto por um conjunto de rochas metassedimentares e metavulcânicas, de baixo grau metamórfico, sobreposto à Suíte Aurumina e à Formação Ticunzal, constitui uma sucessão depositada em uma bacia do tipo rifte intracontinental, cuja evolução iniciou antes de 1,77 Ga no Paleoproterozoico. Esse grupo foi subdividido, classicamente, em Formação Arraias (sequência continental) e Formação Traíras (sequência marinha). Entretanto, a análise, compilação e integração dos dados geológicos no que tange à geologia sedimentar e à tectono-estratigrafia mostraram a necessidade de subdividi-lo em quatro unidades: Água Morna, Arraias, Caldas e Traíras. A Formação Água Morna representa um sistema deposicional fluvial entrelaçado, instituído em uma bacia do tipo SAG-intracontinental, no contexto tectônico da fase pré-rifte, representando a Tectonossequência Água Morna submetida a processos de subsidência termal. A Formação Arraias constitui um espesso pacote de sedimentos continentais, subdividida nos membros Cubículo (leques aluviais), Prata (fluvial entrelaçado), Mutum (eólico), Ventura (lacustre) e Buracão (vulcânicas e piroclásticas), que representam a Tectonossequência Arraias e constituem os tratos de sistema da fase ritfe relacionados essencialmente com a subsidência mecânica da bacia. A Formação Caldas compõe a sequência deposicional transicional do Grupo Araí, subdividida em dois membros que constituem um sistema de praia: membro inferior (backshore eforeshore) e membro superior (shoreface). A Formação Traíras representa a sequência marinha, subdividida nos membros Boqueirão (plataforma siliciclástica dominada por marés), Rio Preto (plataforma siliciclástica dominada por marés) e Rosário (plataforma mista dominada por marés), que constitui a Tectonossequência Traíras desenvolvida no decurso da subsidência flexural. Essa proposta estratigráfica se mostrou bastante funcional, permitindo a realização de correlações regionais entre diferentes áreas de ocorrência do Grupo Araí nos estados de Goiás e Tocantins.

    Resumo em Inglês:

    The Araí Group is characterized by a succession of low-grade metassedimentary and metavolcanic rocks that overlaps the Aurumina Suit and the Ticunzal Formation. The related basin fill-succession of the Araí Group was probably deposited in an intracontinental rift, which evolution initiated before 1,77 My in the Paleoproterozoic. Originally this unit was subdivided in the Arraias Formation (continental sequence) and Traíras Formation (marine sequence). However, the analysis, compilation and integration of the geologic data, mainly related to the sedimentary geology and the tectono-stratigraphy, had shown the necessity to formalize four unit subdivisions, including the Água Morna, Arraias, Caldas and Traíras formations. The Água Morna Formation represents a braided river fluvial deposicional system, evolved in an intracontinental SAG basin type, during a pre-rift phase, and representing the Água Morna Tectonosequence submitted to thermal subsidence processes. The Arraias Formation represents a thick package of continental sediments, subdivided in four members: Cubículo (aluvial fans), Prata (braided river), Mutum (aeolian), Ventura (lacustrine) and Buracão (volcanic and pyroclastic), representing the Arraias Tectonosequence, which constitute the infilling of the main rift phase, under mechanic subsidence. The Caldas Formation represents the transitional depositional sequence of the Araí Group, subdivided in two informal members related to beach system: Lower Member (backshore and foreshore) and Upper Member (shoreface). The Traíras Formation represents the marine sequence, subdivided in the Boqueirão Member (mixed platform dominated by tides), Rio Preto Member (siliciclastic platform dominated by tides) and Rosário Member (mixed platform dominated by tides), integrating the Traíras Tectonosequence and developed during flexural subsidence (post rift phase). Here the rewied stratigraphy has shown well functional for mapping and regional correlations in different areas of occurrence of the Araí Group in Central Brazil.
  • A Formação Serra Alta, Permiano, no centro-leste do Estado de São Paulo, Bacia do Paraná, Brasil Artigos

    Warren, Lucas Veríssimo; Assine, Mario Luis; Simões, Marcello Guimarães; Riccomini, Claudio; Anelli, Luís Eduardo

    Resumo em Português:

    A individualização e o mapeamento da Formação Serra Alta no Estado de São Paulo sempre foi motivo de controvérsia na comunidade geológica. Apesar de apresentar extensão comparável à Formação Irati em subsuperfície, a unidade ainda carece de estudos mais acurados acerca de seu posicionamento estratigráfico, conteúdo fossilífero, sistema deposicional e idade. Na região centro-leste do Estado de São Paulo, a Formação Serra Alta sucede estratigraficamente a Formação Irati, sendo constituída por depósitos pelíticos cinza escuros. A unidade é mapeada desde o limite sul do estado até o Domo de Gibóia, no Município de Rio das Pedras. Neste local, as formações Serra Alta e Teresina são substituídas pelos depósitos pelíticos da Formação Corumbataí, que se estende para norte, além do limite do Estado de São Paulo, e pode ser considerada unidade correlata a estas. Neste estudo, são apresentadas seções colunares e caracterizados os contatos da Formação Serra Alta com as formações permianas verticalmente contíguas. É apresentada também detalhada análise de fácies, com a finalidade de caracterizar o sistema deposicional. A análise de perfis de sondagem possibilitou também melhor compreensão dos padrões arquiteturais da Formação Serra Alta, auxiliando na determinação de sua real distribuição e posição estratigráfica na porção centro-sul do estado. A integração das informações obtidas permitiu identificar tendências de empilhamento transgressivo particulares, contribuindo para o detalhamento da sucessão predominantemente regressiva em que se depositaram as unidades permianas da Bacia do Paraná.

    Resumo em Inglês:

    The delimitation and mapping of the Serra Alta Formation in the São Paulo State, Brazil, has always been a focus of controversy in the Brazilian geological community. Despite its large extension in subsurface, which may be comparable to the Irati Formation, the Serra Alta Formation still needs more detailed studies on its stratigraphic position, fossil content, depositional systems and age. In the east-central portion of the São Paulo State, the Serra Alta Formation overlies the Irati Formation and is predominantly composed of dark grey pelitic facies. The unit is mapped from the southern boundary of the São Paulo State to the Gibóia Dome, located in the county of Rio das Pedras. In this place, the Serra Alta and Teresina formations are replaced by the red colored pelites of the Corumbataí Formation, unit that extends to north beyond the state boundaries and may be considered correlated to these units. In this work, we present columnar sections and describe the contacts of the Serra Alta Formation with vertically adjacent Permian units. We also present the detailed facies analysis, in order to characterize the depositional system. The investigation of subsurface profiles also enabled a better understanding of the architectural patterns of the succession, helping to determine its real distribution and stratigraphic position in the central-south of São Paulo State. The integration of the data allowed identifying a particular transgressive stacking pattern, contributing to detail the late Permian regressive cycle in the Paraná Basin.
  • Petrogênese e tectônica da suíte granítica Urucum, Vale do Rio Doce (Minas Gerais - Brasil): um exemplo de magmatismo sin- a tardi-colisional associado a zonas de cisalhamento direcionais de alto ângulo Articles

    Júnior, Hermínio Arias Nalini; Machado, Rômulo; Bilal, Essaid

    Resumo em Português:

    A suíte Urucum (U/Pb em zircão: 582 ± 2 Ma), situada na região do Vale do Médio Rio Doce, leste de Minas Gerais, caracteriza-se por plutons graníticos alongados (NW-SE e N-S) sin a tardi-colisionais associados à Zona de Cisalhamento de Alto Ângulo de Conselho Peña-Resplendor. São rochas foliadas, com predomínio da foliação no estado sólido em relação à foliação magmática. Foram caracterizadas quatro fácies: (i) porfirítica (Urucum), (ii) inequigranular média a grossa, (iii) com turmalina, e (iv) pegmatítica. Essas fácies são peraluminosas, com índice de saturação em alumina entre 0,98 e 1,38. Os teores em SiO2variam entre 70,7 e 73,7%, com valores de K2O entre 3,5 e 5,7%, Na2O entre 1,9 e 4,4%, MgO entre 0,6 e 1,2%, e CaO entre 0,3 e 0,9%. Em diagramas tipo Harker, os dados químicos mostram trends mais ou menos contínuos desde a fácies menos evoluída (Urucum) até fácies mais evoluídas (turmalina-granitos e pegmatítica). O comportamento de vários elementos maiores e traços (Fe203, Mg0, Mno, CaO, TiO2, Al2O3, K2O, Rb and Ba) mostram a importância da cristalização fracionada de minerais ferromagnesianos, feldspatos e minerais acessórios. A razão inicial de Sr87/Sr86 varia de 0,711 a 0,716, com εNd (580 Ma) entre -7,4 e -8,2, e idades modelo Sm-Nd entre 2290 e 1840 Ma.

    Resumo em Inglês:

    The Urucum suite (582 ± 2 Ma, zircon U-Pb age), situated in the Mid-Rio Doce Valley, eastern part of Minas Gerais State, is characterized by elongated, NW-SE and N-S trending granitic massifs associated with the Conselho Peña-Resplendor high-angle shear zone. It corresponds to a syn to late collisional magmatism that presents dominant solid-state foliation. Four facies are distinguished within the Urucum suite: (i) a porphyritic (Urucum); (ii) a medium- to coarse nequigranular (Palmital); (iii) a tourmaline-bearing; and (iv) a pegmatitic facies. These facies are peraluminous, with alumina saturation index varying from 0.98 to 1.38. SiO2 contents vary from 70.7 to 73.7 wt%, with K2O values ranging from 3.5 to 5.7 wt%, Na2O from 1.9 to 4.4 wt%, MgO from 0.6 to 1.2 wt%, and CaO from 0.3 to 0.9%. Harker-type diagrams show rather continuous trends from the less-evolved Urucum facies to the more evolved tourmaline-bearing and pegmatitic facies. The behavior of several major oxides and trace elements (Fe2O3, MgO, MnO, CaO, TiO2, Al2O3, K2O, Rb and Ba) reflects the role played by fractionation of ferromagnesian minerals, feldspars and accessory minerals. Initial Sr87/Sr86 ratios vary from 0.711 to 0.716, with εNd (580 Ma) values between -7.4 to -8.2, and Sm-Nd TDM model ages ranging from 2290 to 1840 Ma.
  • A descoberta de novas espécies minerais e minerais tipo do Brasil Invited Review

    Atencio, Daniel

    Resumo em Português:

    Os minerais foram vistos apenas como fontes de produtos químicos: minério de ferro, minério de cobre, etc. No entanto, não são apenas associações de elementos químicos, uma vez que apresentam estruturas cristalinas. Essas duas características em conjunto proporcionam propriedades que podem ser tecnologicamente úteis. Mesmo que um mineral ocorra em quantidade muito pequena, o que não permite a sua extração, pode servir como um modelo para a obtenção do análogo sintético em uma escala industrial. É necessário que uma proposta de novo mineral seja submetida à aprovação pela Comissão de Novos Minerais, Nomenclatura e Classificação (CNMNC) da Associação Mineralógica Internacional (IMA) antes da publicação. Somente 65 espécies minerais válidas foram descritas pela primeira vez no Brasil, isto é, minerais-tipo do Brasil. Dezenove delas foram publicadas entre 1789 e 1959 (0,11 por ano). De 1959, quando a CNMMN (hoje CNMNC) - IMA foi criada, até 2000, 18 espécies minerais brasileiras aprovadas permanecem válidas (0,43 por ano). No entanto, o número de minerais-tipo do Brasil aprovados nos últimos 15 anos (2000 - 2014) foi substancialmente maior: 28 (1,87 por ano). Esse número é muito pequeno considerando a grande variedade de ambientes geológicos brasileiros. As duas primeiras espécies-tipo do Brasil, descobertas no século 18, crisoberilo e euclásio, são importantes minerais gemológicos. Dois outros minerais-gema, membros do supergrupo da turmalina, foram publicados apenas no século 21: uvita e fluor-elbaíta. Alguns minerais-tipo do Brasil são muito importantes tecnologicamente falando. Alguns exemplos são menezesita, coutinhoíta, lindbergita, pauloabibita e waimirita-(Y).

    Resumo em Inglês:

    Minerals were seen merely as sources of chemicals: iron ore, copper ore, etc. However, minerals are not just chemicals associations, since they display crystal structures. These two features together provide properties that can be technologically useful. Even though a mineral occurs in very small amount, which does not allow its extraction, it can serve as a model for obtaining the synthetic analogue on an industrial scale. It is necessary that a new-mineral proposal be submitted for approval by the Commission on New Minerals, Nomenclature and Classification (CNMNC) of the International Mineralogical Association (IMA) before publication. Only 65 valid mineral species were first described from Brazil, that is, the type minerals from Brazil. Nineteen of these were published between 1789 and 1959 (0.11 per year). From 1959, when the CNMMN (today CNMNC) - IMA was established, to 2000, 18 approved Brazilian mineral species remain valid (0.43 per year). However, the number of type minerals from Brazil approved in the last 15 years (2000 to 2014) was substantially increased: 28 (1.87 per year). This number is very small considering the wide range of Brazilian geological environments. The two first type species from Brazil, discovered in the 18th century, chrysoberyl and euclase, are important gemological minerals. Two other gem minerals, tourmaline-supergroup members, were published only in the 21st century: uvite and fluor-elbaite. Some type minerals from Brazil are very important technologically speaking. Some examples are menezesite, coutinhoite, lindbergite, pauloabibite, and waimirite-(Y).
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