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Atividade de glicosidases liberadas por microorganismos heterotróficos de água doce na degradação do polissacarídeo extracelular produzido por Anabaena spiroides (Cyanobacteria)

A atividade de glicosidases durante a degradação do polissacarídeo extracelular (EPS) produzido por Anabaena spiroides foi detectada e quantificada utilizando-se MUF-substratos (MUF-monossacarídeos). O consumo total do polissacarídeo efetuou-se em duas fases, uma primeira de alta atividade enzimática que rapidamente consumiu 41% do polissacarídeo e uma segunda, mais lenta, que consumiu o polissacarídeo restante (59%). A mudança de fase coincidiu com a sucessão de uma população de bactérias cocóides por outra de bacilos. A biomassa bacteriana, quantificada por contagens de células, aumentou com a degradação do EPS. As atividades registradas através dos substratos 4-MUF-alfa-D- e 4-MUF-beta-D- glicosídeo foram mais altas quando comparadas aos demais substratos testados que foram: MUF-alfa-L-ramnopiranosídeo, MUF-beta-D-galactosídeo, MUF-alfa-D-manopiranosídeo, MUF-beta-D-fucosídeo, MUF-beta-D-manopiranosídeo, MUF-alfa-L-arabinopiranosídeo, e MUF-beta-L-fucosídeo. A fluorescência emitida a partir de cada um dos diferentes MUF-substratos foi, de modo geral, proporcional à concentração dos monossacarídeos correspondentes constituintes do polissacarídeo, um indício da susceptibilidade ao ataque enzimático microbiano do EPS produzido por A. spiroides.

Anabaena spiroides; glicosidases; polissacarídeos extracelulares; degradação; microorganismos heterotróficos


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