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Testes convencionais versus moleculares (Multiplex PCR e PCR gene mecA) na detecção de Staphylococcus aureus resistente a meticilina

Nesse estudo, para detecção de S. aureus resistente à meticilina (MRSA), a amplificação do gene mecA baseada no multiplex PCR foi comparada com os testes de difusão com disco para 1 µg/mL de oxacilina, detecção da concentração inibitória mínima (CIM), meio de triagem com 4% de NaCl e 6 µg/mL de oxacilina. Na investigação de 24 isolados obtidos de sangue, o genótipo mecA foi detectado em apenas 16 (66,7%) dos isolados pelo multiplex PCR. A CIM apresentou valores variando de 0,19 a 512 µg/mL entre os isolados de MRSA. Os dados obtidos pelos testes de triagem e diluição em ágar apresentaram sensibilidades de 80,0% e 72,8% respectivamente, quando comparados com a presença do gene mecA (multiplex). Todos os isolados, incluindo os negativos, quando reavaliados com a técnica de PCR exclusivo para este gene, o resultado foi positivo. A produção de beta-lactamase foi positiva em 20/25 (80,0%) dos isolados. Cerca de ¼ dos pacientes evoluiu para óbito apesar da maioria (83,3%) ter sido tratada adequadamente. A identificação simultânea da bactéria e sua susceptibilidade aos antibióticos é necessária para a escolha de uma terapia adequada para casos de sepse estafilocócica, mas é importante considerar a sensibilidade, especificidade e validação dos kits disponíveis.

multiplex PCR; MRSA; beta-lactamase; gene mecA


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