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Variabilidade de colônias isoladas de estirpes de Rhizobium efetivas na nodulação do feijoeiro, antes de após exposição temperatura elevada

A irregularidade de resposta do feijoeiro à inoculação com rizóbio tem sido atribuída, entre outros fatores, à baixa capacidade competitiva, baixa eficiência em fixar N2 e instabilidade genética do simbionte. Esta instabilidade genética decorrente de frequências elevadas de rearranjos genômicos e/ou deleções plasmidiais pode ser acentuada após exposição a temperaturas elevadas, comprometendo a utilização dessas estirpes como inoculantes, especialmente nos solos tropicais. Nesse estudo, foi avaliada a variabilidade de colônias isoladas derivadas de estirpes efetivas de R. leguminosarum bv. phaseoli (SLP1.3 e BR10.026) e R. tropici (SLA2.2 e BR322), antes e após exposição à temperatura elevada (4 choques térmicos sucessivos a 45ºC). Essa avaliação foi efetuada através da análise de características fenotípicas (medida pela produção de matéria seca das plantas inoculadas) e genotípicas (perfil plasmidial e padrões genômicos via RAPD). Os resultados obtidos indicaram que à temperatura elevada acentuou a variabilidade na performance natural entre as colônias isoladas das estirpes testadas, especialmente da espécie R. leguminosarum bv. phaseoli. Os perfis plasmidiais das colônias derivadas das estirpes de R. tropici antes e após exposição à temperatura elevada apresentaram-se idênticos entre si e em relação a estirpe original. Os padrões genômicos determinados via RAPD mostraram mais alterações e variação genética nas colônias isoladas das estirpes de R. leguminosarum bv. phaseoli, indicando que as estirpes de R. tropici são mais estáveis e foram menos afetadas pela ação da temperatura.

Rhizobium tropici; Rhizobium leguminosarum bv. phaseoli; feijoeiro; solos de cerrado; temperatura elevada


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