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Biodegradação do azul brilhante de remazol R pelo complexo enzimático ligninolítico produzido por Pleurotus ostreatus

Pleurotus ostreatus ("shimeji") é produzido no Brasil em escala comercial empregando-se vários resíduos lignocelulósicos. Esforços têm sido feitos para reaproveitamento do resíduo do cultivo em produtos de maior valor agregado, como enzimas ou sua aplicação em processos de biorremediação. Foi feita avaliação do potencial de degradação do azul brilhante de remazol (RBBR) por extratos obtidos de substratos sólidos colonizados por P. ostreatus e por extratos do resíduo da produção do cogumelo "shimeji". Substratos colonizados e o resíduo foram fornecidos pela Toyobo do Brasil Ltda. Extração foi feita com tampão acetato de sódio (50 mM, pH 4,6). Descoloração do RBBR foi acompanhada a 592 nm e atividades de peroxidases e lacase pela oxidação do ABTS. Peroxidase da raiz forte (HRP) foi usada como referência. O tempo de crescimento de P. ostreatus influenciou a degradação do RBBR e a produção das atividades enzimáticas de peroxidases e de lacase. Concentração de 1 mM de H2O2 e pH 4,0 mostraram-se ótimos para descoloração do RBBR. Descoloração total do RBBR foi obtida com adição de apenas uma alíquota de 50 µL de H2O2 (1 mM). Maior estabilidade dos extratos foi obtida por refrigeração que por congelamento. Foi evidenciado o potencial de aplicação de extratos enzimáticos de Pleurotus ostreatus e do resíduo da produção do cogumelo para a degradação de compostos xenobióticos.

peroxidases; lacase; fermentação no estado sólido; resíduo do cultivo de shimeji


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