Este estudo avaliou a capacidade de diferentes de remanescentes de material obturador do canal radicular e preparo do espaço protético na infiltração do Enterococcus faecalis. Quarenta e uma raízes de incisivos superiores foram preparadas biomecanicamente, mantendo-se diâmetro padronizado nos terços médio e cervical. As raízes foram autoclavadas e todos os passos subseqüentes foram realizados em capela de fluxo laminar. Os canais de 33 raízes foram obturadors com AH Plus e guta-percha. As obturações foram reduzidas a 3 comprimentos (n=11): G1=6 mm, G2=4 mm e G3=2 mm. As raízes remanescentes serviram de controles positivo e negativo. O dispositivo para testar a microinfiltração bacteriana foi confeccionado com as raízes fixas a Eppendorfs, mantendo-se 2 mm do ápice submergido em vidro contendo BHI. Os dentes receberam o inóculo de 1 x 10(7) UFC/ml de E. faecalis a cada 3 dias, com observação diária por 60 dias. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, teste de Tukey e Fisher. Foi possível observar que aos 60 dias, o G1 (6 mm) e G2 (4 mm) apresentou resultados estatisticamente semelhantes (p>0,05) (54% dos espécimes com infiltração bacteriana) e ambos os grupos foram diferentes estatisticamente (p<0,01) do G3 (2 mm), o qual apresentou 100% de espécimes com microinfiltração. Concluiu-se que apesar da infiltração do E. faecalis ter ocorrido em todas as condições testadas, aparentemente houve uma correlação positiva entre o comprimento do remanescente radicular e a eficácia do selamento, uma vez que, a menor a obturação remanescente infiltrou consideravelmente mais que os outros comprimentos.
Infiltração bacteriana; E. faecalis; tratamento dos canais radiculares
