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Macrofauna assemblages in a XVIIth century shipwreck: comparison with those on natural reefs and sandy bottoms

As comunidades de macrofauna de um naufrágio do século XVII ocorrido ao largo da costa Sul de Portugal, foram estudadas e comparadas com recifes naturais e fundos de areia através de census visuais subaquáticos. Foram registados 11 173 espécimes pertencentes a 224 taxa faunísticos e 12 phyla. Os recifes naturais apresentaram a maior densidade de espécimes (35 122 / 1000 m²) seguidos do naufrágio (21 392 / 1000 m²) e dos fundos de areia (3771 / 1000 m²). Foram calculados três índices de biodiversidade (Margalef, Shannon-Wiener e Pielou), com os recifes naturais que apresentarem os valores mais elevados. No entanto, o naufrágio mostrou valores relativamente semelhantes aos fundos rochosos nos índices de Shannon-Wiener e Pielou. Os três habitats foram separados por estatística multivariada, com a dissimilaridade média entre areia e naufrágio, e entre areia e recifes naturais sendo muito superior à dissimilaridade entre os recifes naturais e o naufrágio. O naufrágio apresentou elevada abundância de algumas espécies comercialmente importantes, como a faneca Trisopterus luscus, o safio Conger conger e a santola Maja squinado, assim como de espécies vulneráveis e ameaçadas como a gorgonia rosa Eunicella verrucosa. Os resultados apresentados realçam a importância desse habitat para a costa Sul de Portugal.

Recifes artificiais; Biodiversidade; Monitorização visual subaquática; Análise multivariada; Nordeste Atlântico


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