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The fate of an oil spill in São Sebastião channel: a case study

A ruptura de um oleoduto em maio de 1994 introduziu 2.700 tons de óleo cru no Canal de São Sebastião, contaminando algumas áreas. Na ocasião um monitoramento de hidrocarbonetos em sedimentos estava sendo realizado na região, utilizando o método de cromatografia em fase gasosa/ detecção por ionização de chama. Os dados obtidos nesse monitoramento foram comparados aos resultados das amostras coletadas logo após o acidente, com o objetivo de verificar a extensão da contaminação por óleo e os lugares mais atingidos. Os dados prévios mostraram duas fontes de introdução de hidrocarbonetos: biogênica, com predomínio de plantas superiores, e antrópica, causada por atividades náuticas e esgotos. Os dados posteriores mostraram que a estação de coleta mais próxima ao oleoduto foi a mais atingida. Na sequencia, as duas estações localizadas na entrada norte do canal apresentaram as maiores concentrações de n-alcanos, sugerindo que as correntes NE, impulsionadas pelo vento, transportaram o óleo no sentido norte do canal. Sete meses depois uma destas estações, aquela situada em local de alta energia, mostrou sinais de recuperação, o que, contudo, não foi observado na outra, considerada de ambiente deposicional. Em conclusão, pode-se afirmar que análises de hidrocarbonetos são ferramentas poderosas para avaliar o destino de um óleo e que a parte norte do Canal de São Sebastião tem maior probabilidade de ser afetada na ocasião de um derrame de óleo.

Destino de óleo derramado; Ruptura de oleoduto; Hidrocarbonetos de petróleo; Sedimento; Canal de São Sebastião; Brasil


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