Acessibilidade / Reportar erro

Stationary substrates facilitate bioinvasion in Paranaguá Bay in southern Brazil

Substratos artificiais em regiões de portos e marinas geralmente abrigam muitas espécies introduzidas e sua colonização constitui o primeiro passo no estabelecimento de bioinvasores. O grau de movimentação do substrato influencia a comunidade incrustante e o conhecimento da assembléia de espécies associada a cada situação é crucial como ferramenta de manejo. Neste trabalho, reportamos a estrutura de comunidades de seis meses desenvolvidas em substratos de granito na baía de Paranaguá. Foram encontradas 12 espécies na condição flutuante (profundidade constante) e 15 na condição fixa (profundidade variável), mas o número médio de espécies por placa não foi diferente nos tratamentos. A comunidade das placas flutuantes foi dominada pelo bivalve nativo Mytella charruana (66.1 ± 5.5% de cobertura), enquanto as placas fixas foram dominadas pelos cirripédios Fistulobalanus citerosum (49.8 ± 3.5%) e Amphibalanus reticulatus (33.9 ± 3.7%), este último introduzido na região. Outras espécies introduzidas encontradas foram Garveia franciscana, em apenas uma placa fixa, e Megabalanus coccopoma também em uma placa fixa e em metade das placas flutuantes, mas sempre com baixa cobertura (< 2%). Em conclusão, placas fixas foram mais suscetíveis às espécies introduzidas, uma delas ocorrendo em alta abundância, o que sugere que este tipo de substrato deveria ser priorizado em ações de controle e manejo de bioinvasão. Também hipotetizamos que o bivalve nativo M. charruana é o competidor dominante por espaço na condição flutuante, reduzindo a susceptibilidade deste substrato à bioinvasão.

bioinvasão; substrato artificial; estuário; comunidade incrustante; espécies exóticas


Universidade de São Paulo, Instituto Oceanográfico Praça do Oceanográfico, 191 , 05508-120 Cidade Universitária, São Paulo - SP - Brasil, Tel.: (55 11) 3091-6501, Fax: (55 11) 3032-3092 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: io@usp.br