Resumo
Introdução:
O potencial evocado auditivo cortical tem sido o foco de estudos científicos. Alguns autores observaram que a detecção automatizada de respostas é eficaz na exploração desses potenciais em lactentes, mas poucos relataram sua eficácia na busca de limiares.
Objetivo:
Analisar a latência, a amplitude e os limiares do potencial evocado auditivo cortical em recém-nascidos, com o uso de um dispositivo de detecção automática de resposta.
Método:
Estudo transversal, observacional. Os potenciais evocados auditivos corticais foram registrados em resposta a estímulos de tons puros nas frequências de 500, 1000, 2000 e 4000 Hz e apresentados em uma faixa de intensidade entre 0-80 dBNA, com o uso de gravação de canal único. O P1 foi feito de forma exclusivamente automática, com o uso do teste estatístico T2 de Hotelling. A latência e a amplitude foram obtidas manualmente por três examinadores. O estudo incluiu 39 recém-nascidos com até 28 dias de ambos os sexos, com presença de emissões otoacústicas e sem fatores de risco para perda auditiva.
Resultados:
Com o protocolo usado, as respostas dos PEAC foram detectadas em todos os indivíduos em alta intensidade e limiares. Os limiares médios foram 24,8 ± 10,4 dBNA, 25 ± 9,0 dBNA, 28 ± 7,8 dBNA e 29,4 ± 6,6 dBNA para 500, 1000, 2000 e 4000 Hz, respectivamente.
Conclusão:
Foram obtidas respostas confiáveis na avaliação dos potenciais auditivos corticais em recém-nascidos com um dispositivo para detecção de resposta automática.
PALAVRAS-CHAVE
Audiologia; Potenciais evocados auditivos; Lactente, recém-nascido; Eletrofisiologia