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Função vestibular no acidente vascular cerebral do território carotídeo

Pacientes após Acidente Vascular Cerebral (AVC) podem apresentar sintomas otoneurológicos. OBJETIVO: Avaliar a função vestibular de pacientes com antecedente pessoal de AVC no território carotídeo. Desenho científico: estudo de coorte histórica com corte transversal. MÉTODO: Quarenta pacientes foram submetidos à anamnese, exame otorrinolaringológico, Dizziness Handicap Inventory e vectoeletronistagmografia. RESULTADOS: Anormalidades discretas dos movimentos sacádicos foram encontradas em 20 pacientes (50,0%); nove referiram desequilíbrio e um tontura. O ganho do rastreio pendular foi anormal em 17 casos (42,5%); seis referiram desequilíbrio e um tontura. Preponderância direcional anormal do nistagmoperrotatório ocorreu em dois casos (5,0%), que referiram desequilíbrio. A prova calórica identificou três casos (7,5%) com predomínio labiríntico anormal e dois (5,0%) com preponderância direcional anormal do nistagmo; os cinco casos relataram desequilíbrio. Dos 11 pacientes que não referiram manifestações de alteração do equilíbrio corporal, 10 apresentaram alterações nos movimentos sacádicos e no rastreio pendular e um apresentou exame vestibular normal. CONCLUSÃO: Pacientes com antecedente pessoal de AVC no território carotídeo podem apresentar tontura ou desequilíbrio corporal e sinais de comprometimento da motilidade ocular e da função vestibular.

acidente cerebral vascular; eletronistagmografia; tontura; vertigem


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