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Papel da faringoplastia com avanço transpalatino no tratamento do colapso da parede lateral da faringe na AOS Como citar este artigo: Elsobki A, Moneir W, Salem MA, Elkahwagi M. Role of transpalatal advancement pharyngoplasty in management of lateral pharyngeal wall collapse in OSA. Braz J Otorhinolaryngol. 2022;88:S82-S90.

DESTAQUES

Faringoplastia com avanço transpalatino é o procedimento de escolha para o manejo do fenótipo do palato vertical.

O estudo destaca um novo papel da faringoplastia com avanço transpalatino no fortalecimento das paredes laterais da faringe.

Os não respondedores à cirurgia palatina primária para AOS mostraram 75% de sucesso após faringoplastia com avanço transpalatino.

Pacientes com colapso multinível no palato e parede lateral da hipofaringe são bons candidatos para faringoplastia com avanço transpalatino.

Resumo

Introdução

A ausência de resposta à cirurgia palatina para AOS é um problema. O colapso residual da parede lateral da hipofaringe é um mecanismo de falha proposto.

Objetivo

Avaliar o papel da faringoplastia com avanço transpalatino em pacientes que não responderam à cirurgia palatina primária com colapso residual da parede lateral da hipofaringe.

Método

Estudo retrospectivo que será feito em casos que receberam faringoplastia com avanço transpalatino para parede lateral da hipofaringe residual. Os critérios de inclusão foram idade maior que 18 anos, AOS comprovada por polissonografia com índice de apneia e hipopneia > 15, colapso da parede lateral ao nível da hipofaringe comprovado por endoscopia do sono induzido por drogas e submetidos a amigdalectomia ou cirurgia palatina anterior para AOS. Os critérios de exclusão foram pacientes sem histórico de amigdalectomia ou qualquer outra cirurgia para AOS e aqueles com perda de seguimento. Os dados dos pacientes incluídos foram coletados e incluíram sexo, idade, dados polissonográficos, como índice de apneia e hipopneia, dessaturação de oxigênio e a escala de sonolência de Epworth calculada no pré‐operatório. O desfecho inicial incluiu melhoria dos sintomas medida pelo escore da escala de sonolência de Epworth e avaliação da parede lateral da faringe por exame nasofaringoscópico no primeiro mês do pós‐operatório. A medida do desfecho tardio foi feita pela polissonografia pós‐operatória de 6 meses. Os dados foram analisados no programa SPSS.

Resultados

O estudo incluiu 37 pacientes com média de 40,43 ± 6,51 anos. O estudo incluiu 26 homens e 11 mulheres. Houve uma melhoria estatisticamente significante do índice de apneia e hiponeia de 37,8 ± 9,93 para 9,9 ± 2,55. Além disso, foi encontrada uma melhoria estatisticamente significante da menor saturação de oxigênio de 78,9 ± 3,39 para 83,3 ± 3,31. Os pacientes melhoraram clinicamente e essa melhoria foi medida pela melhoria estatisticamente significante no escore da escala de sonolência de Epworth e na escala escala visual analógica do ronco.

Conclusão

A faringoplastia com avanço transpalatino alarga a via aérea retropalatina e tem um papel importante no manejo do fenótipo do palato vertical. Além disso, ela pode ter um papel no manejo das paredes laterais, especialmente no colapso da parede lateral da hipofaringe.

Palavras‐chave
Avanço transpalatino; Parede lateral da faringe; Colapso; Hipofaringe; AOS

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