Acessibilidade / Reportar erro

Estudo do microfonismo coclear na neuropatia auditiva Como citar este artigo: Soares IA, Menezes PL, Carnaúba AT, de Andrade KC, Lins OG. Study of cochlear microphonic potentials in auditory neuropathy. Braz J Otorhinolaryngol. 2016;82:722-36.

Resumo

Introdução:

A Neuropatia/Dessincronia Auditiva é uma doença caracterizada pela presença das Emissões Otoacústicas e do Microfonismo Coclear, com ausência ou grave alteração do Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico, limiares auditivos incompatíveis com limiares vocais e reflexos acústicos alterados. O estudo do Microfonismo Coclear parece ser a ferramenta mais importante para um diagnóstico preciso desta patologia.

Objetivo:

Verificar por meio de uma revisão integrativa as características do Microfonismo Coclear na Neuropatia/Dessincronia Auditiva.

Método:

Levantamento bibliográfico nas plataformas Pubmed e Bireme e nas bases de dados MedLine, LILACS e SciELO, com buscas padronizadas até julho de 2014, utilizando-se palavraschave. Para a seleção e avaliação dos estudos científicos levantados, foram estabelecidos critérios, contemplando os aspectos: autor, ano/local, grau de recomendação/nível de evidência científica, objetivo, amostra, faixa etária, média de idade em anos, testes, resultados e conclusão.

Resultados:

Dos 1959 artigos encontrados, 1914 foram excluídos pelo título, 20 pelo resumo, nove pela leitura do artigo, dois eram repetidos e 14 foram selecionados para o estudo.

Conclusão:

A presença do Microfonismo Coclear é um achado determinante no diagnóstico diferencial da Neuropatia/Dessincronia auditiva. O protocolo de registro do Microfonismo Coclear deve contar com o uso de fones de inserção, a inversão da polaridade e o bloqueio do tubo do estímulo para impedir a interferência de artefato elétrico. A amplitude do Microfonismo Coclear na Neuropatia/Dessincronia auditiva não apresenta diferença significante entre a amplitude do Microfonismo Coclear em ouvintes normais. A duração do Microfonismo Coclear é maior em indivíduos com Neuropatia/Dessincronia auditiva.

PALAVRAS-CHAVE
Microfonismo coclear; Potencial microfônico coclear; Perda auditiva

Abstract

Introduction:

Auditory Neuropathy/Dyssynchrony is a disorder characterized by the presence of Otoacoustic Emissions and Cochlear Microphonic Potentials, an absence or severe alteration of Brainstem Evoked Auditory Potential, auditory thresholds incompatible with speech thresholds and altered acoustic reflexes. The study of the Cochlear Microphonic Potential appears to be the most important tool for an accurate diagnosis of this pathology.

Objective:

Determine the characteristics of the Cochlear Microphonic in Auditory Neuropathy/Dyssynchrony using an integrative review.

Methods:

Bibliographic survey of Pubmed and Bireme platforms and MedLine, LILACS and SciELO data banks, with standardized searches up to July 2014, using keywords. Criteria were established for the selection and assessment of the scientific studies surveyed, considering the following aspects: author, year/place, degree of recommendation/level of scientific evidence, objective, sample, age range, mean age, tests, results and conclusion.

Results:

Of the 1959 articles found, 1914 were excluded for the title, 20 for the abstract, 9 for the text of the article, 2 for being repeated and 14 were selected for the study.

Conclusion:

The presence of the Cochlear Microphonic is a determining finding in the differential diagnosis of Auditory Neuropathy/Dyssynchrony. The protocol for the determination of Cochlear Microphonic must include the use of insert earphones, reverse polarity and blocking the stimulus tube to eliminate electrical artifact interference. The amplitude of the Cochlear Microphonic in Auditory Neuropathy/Dyssynchrony shows no significant difference from that of normal individuals. The duration of the Cochlear Microphonic is longer in individuals with Auditory Neuropathy/Dyssynchrony.

KEYWORDS
Cochlear microphonic; Cochlear microphonic potential; Hearing loss

Introdução

O termo neuropatia auditiva (NA) foi utilizado pela primeira vez em 1996, para definir um grupo de pessoas com sintomas auditivos que tinham em comum o funcionamento normal da cóclea, apesar de apresentarem alteração da função do nervo coclear. Além disso, apresentavam como característica clínica dificuldade de compreensão das palavras, principalmente em ambientes ruidosos, apesar de responder a estímulos sonoros em alguns casos.11 Starr A, Picton TW, Sininger Y, Hood LJ, Berlin CI. Auditory neuropathy. Brain. 1996;119:741-53. Atualmente, a denominação mais usual é neuropatia/dessincronia auditiva (NA/DA).

Os achados dos exames, em geral, refletem ausência ou grave alteração no potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE) quando as emissões otoacústicas (EOA) e/ou o microfonismo coclear (MC) estão preservados, indicando uma função desordenada do nervo auditivo, com função normal das células ciliadas (CC).11 Starr A, Picton TW, Sininger Y, Hood LJ, Berlin CI. Auditory neuropathy. Brain. 1996;119:741-53.

2 Berlin CI, Bordelon J, St John P, Wilensky D, Hurley A, Kluka E, et al. Reversing click polarity may uncover auditory neuropathy in infants. Ear Hear. 1998;19:37-47.

3 Madden C, Rutter M, Hilbert L, Greinwald JH, Choo DI. Clinical and audiological features in auditory neuropathy. Arch Otolaryngol Neck Surg. 2002;128:1026-30.
-44 Foerst A, Beutner D, Lang-Roth R, Huttenbrink KB, Von Wedel H, Walger M. Prevalence of auditory neuropathy/synaptopathy in a population of children with profound hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2006;70:1415-22.

Muitas vezes é difícil determinar exatamente o início da NA/DA, porém, a patologia pode ocorrer em todas as idades.44 Foerst A, Beutner D, Lang-Roth R, Huttenbrink KB, Von Wedel H, Walger M. Prevalence of auditory neuropathy/synaptopathy in a population of children with profound hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2006;70:1415-22. Sua prevalência foi estimada em 11% em um grupo de 109 crianças deficientes auditivas que falharam na triagem auditiva neonatal (TAN) e no PEATE.55 Rance G, Beer D, Cone-Wesson B. Clinical findings for a group of infants and young children with auditory neuropathy. Ear Hear. 1999;20:238-52. Outro estudo refere uma prevalência semelhante de 8,44% de 379 crianças avaliadas com alteração do PEATE.44 Foerst A, Beutner D, Lang-Roth R, Huttenbrink KB, Von Wedel H, Walger M. Prevalence of auditory neuropathy/synaptopathy in a population of children with profound hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2006;70:1415-22.

O MC é um potencial gerado a partir das células ciliadas externas (CCE) e células ciliadas internas (CCI) da cóclea, e sua ausência é compatível com alteração na função dessas células.22 Berlin CI, Bordelon J, St John P, Wilensky D, Hurley A, Kluka E, et al. Reversing click polarity may uncover auditory neuropathy in infants. Ear Hear. 1998;19:37-47.,66 Dallos P, Cheatham MA. Production of cochlear potentials by inner and out hair cells. J Acoust Soc Am. 1976;60:510-2. Ele é descrito ainda como uma atividade elétrica que antecede as sinapses das CC com o nervo auditivo e, por esse motivo, seu registro aparece antes da onda I no registro do PEATE e mantém sua latência mesmo quando a intensidade do estímulo é diminuída.55 Rance G, Beer D, Cone-Wesson B. Clinical findings for a group of infants and young children with auditory neuropathy. Ear Hear. 1999;20:238-52.

Ainda não estão disponíveis dados relativos aos parâmetros do MC em indivíduos com audição normal ou com perdas auditivas. Entretanto, as gravações do MC atraíram novo interesse após a identificação da NA/DA,11 Starr A, Picton TW, Sininger Y, Hood LJ, Berlin CI. Auditory neuropathy. Brain. 1996;119:741-53. pois a relação entre a coclear e um estímulo acústico tem sido usada no diagnóstico diferencial de NA/DA, uma vez que a presença do MC serve como evidência de integridade das CCE.77 Withnell RH. Brief report: the cochlear microphonic as an indication of outer hair cell function. Ear Hear. 2001;22:75-7.

A literatura recomenda que os testes de função coclear, particularmente o MC, torne-se parte do protocolo da TAN (triagem auditiva neonatal) em todas as crianças com PEATE ausentes ou alterados, auxiliando no diagnóstico da NA/DA.55 Rance G, Beer D, Cone-Wesson B. Clinical findings for a group of infants and young children with auditory neuropathy. Ear Hear. 1999;20:238-52.

O objetivo do estudo foi verificar, por meio de uma revisão integrativa, as características do microfonismo coclear na neuropatia/dessincronia auditiva.

Método

O processo metodológico caracterizou o presente estudo em uma revisão integrativa, com o intuito de reunir dados de pesquisas que auxiliem na compreensão do tema de maneira sistemática e ordenada, aprofundando assim o conhecimento das características do microfonismo coclear na neuropatia/dessincronia auditiva.

A revisão integrativa foi orientada a partir de buscas eletrônicas nas plataformas PubMed e Bireme e nas seguintes bases de dados: MedLine, LILACS e SciELO - Regional. A busca dos dados foi iniciada e concluída no mês de julho de 2014. Foram selecionados para análise os estudos publicados nos idiomas inglês, espanhol ou português. Não houve restrição quanto ao ano de publicação, ou seja, foram analisados os estudos publicados até julho de 2014, sendo os artigos posteriormente selecionados por critérios de inclusão e exclusão.

A estratégia de busca realizada foi por meio do cruzamento dos descritores (DeCS e MeSH), assim como para os termos livres, que são aqueles não encontrados no DeCS e MeSH, mas que possuem relevância para a pesquisa. Os descritores utilizados para localização dos estudos foram Cochlear Microphonic e Cochlear Microphonic Potential, e os termos livres utilizados foram Auditory Neuropathy e Auditory Dyssynchrony.

Estratégia de busca

A estratégia de busca foi direcionada mediante uma questão específica: "Quais são as características do microfonismo coclear na neuropatia/dessincronia auditiva?". Visando identificar os artigos pertinentes com a questão proposta, foi elaborada uma estratégia de busca, empregando os descritores em grupos com, no mínimo, duas palavras-chave. Os cruzamentos foram: Cochlear Microphonic / Auditory Neuropathy / Auditory Dyssynchrony / Cochlear Microphonic AND Auditory Neuropathy OR Auditory Dyssynchrony / Cochlear Microphonic Potential / Auditory Neuropathy / Auditory Dyssynchrony / Cochlear Microphonic Potential AND Auditory Neuropathy OR Auditory Dyssynchrony.

Critérios de seleção

Critérios de inclusão

Foram incluídos os artigos com as seguintes características: ser artigo original, relato de caso ou revisão de literatura; ter como sujeitos de pesquisa indivíduos diagnosticados com neuropatia auditiva.

Critérios de exclusão

Foram excluídos os artigos que não descreviam os achados da avaliação audiológica nos indivíduos com NA/DA.

Identificação, seleção e inclusão dos estudos

A pesquisa foi realizada de forma independente por dois pesquisadores, e os pontos de conflito foram discutidos em reuniões específicas. A partir da aplicação da estratégia de busca contendo os descritores definidos, a seleção dos artigos encontrados foi realizada em três etapas:

  1. Identificação e leitura dos títulos nas diferentes bases eletrônicas de dados. Foram excluídos aqueles que claramente não se enquadravam em qualquer um dos critérios de inclusão deste estudo.

  2. Leitura dos resumos dos estudos selecionados na primeira etapa. Da mesma forma, foram excluídos aqueles que claramente não se adequavam a qualquer um dos critérios de inclusão preestabelecidos.

  3. Todos os estudos não excluídos nessas duas primeiras etapas foram lidos na íntegra para seleção dos que seriam incluídos nesta revisão.

Todos os estudos utilizados atenderam aos critérios de inclusão definidos no início do protocolo metodológico do presente estudo, no sentido de responderem à pergunta que norteou esta revisão integrativa. Os principais dados de cada artigo foram detalhadamente coletados e inseridos em um banco de dados no programa Microsoft Office Excel 2011.

Para uma melhor apresentação dos resultados, optou-se por considerar as seguintes variáveis dos artigos selecionados: autor, ano/local, tipo de estudo, grau de recomendação/nível de evidência científica, objetivo, amostra, faixa etária, média de idade em anos, testes realizados, resultados e conclusão.

Quanto ao nível de evidência científica, foi utilizada a Classificação de Oxford Centre for Evidence-Based Medicine.88 Oxford Centre for Evidence-based Medicine (CEBM). Centre for Evidence Based Medicine. Levels of Evidence; 2009.

Resultados

De acordo com os cruzamentos realizados, nas buscas eletrônicas foi encontrado um total de 1.959 artigos. Seguindo os critérios de exclusão e inclusão definidos no método e subtraídas as referências repetidas constantes em mais de uma base de dados, foi selecionado um total de 14 artigos.

Na base de dados MedLine, via PubMed, cruzando-se as palavras-chave e os termos livres, foram encontrados 1.959 artigos, dos quais 1.913 trabalhos foram excluídos pelo título, 44 resumos foram lidos e 25 artigos foram selecionados para leitura na íntegra. Destes 25, dois eram repetidos e nove foram excluídos. Nas bases de dados LILACS e MedLine via Bireme não foram encontrados artigos para essa busca. Já na base de dados SciELO, foram encontrados dois artigos: um foi excluído pelo título e o outro pela leitura na íntegra.

O fluxograma apresentado na figura 1 mostra uma síntese do processo de obtenção dos artigos selecionados para a revisão integrativa.

Figura 1
Fluxograma de artigos encontrados, excluídos e incluídos na revisão integrativa.

A tabela 1 é uma síntese com as características dos estudos incluídos na revisão integrativa.

Tabela 1
Síntese com características dos estudos incluídos na revisão

Discussão

Em virtude do crescimento recente de estudos na área de NA, destacam-se nesta revisão pesquisas entre os anos de 1996 e 2014. Todos os artigos selecionados relacionam a NA com o registro do MC, por meio de dois testes específicos, o PEATE e a Ecog, utilizando-se métodos invasivo ou não invasivo, além de outros testes que avaliam a função auditiva.

Houve maior investimento em pesquisas nessa área no final da década de 90, quando a NA foi descrita.11 Starr A, Picton TW, Sininger Y, Hood LJ, Berlin CI. Auditory neuropathy. Brain. 1996;119:741-53. Desde então os estudos buscam explicar o que ocorre na NA, a localização da lesão, os fatores de risco, a prevalência e os testes diagnósticos mais precisos.

Com relação à localização, a literatura aponta uma ampla possibilidade, uma vez que a lesão pode ocorrer em diversas estruturas ou em mais de uma ao mesmo tempo, como nas CCI, nas fibras do nervo auditivo ou nas suas sinapses.99 Santarelli R, Arslan E. Electrocochleography in auditory neuropathy. Hear Res. 2002;170:32-47. Outro estudo sugere que há uma anormalidade no sistema auditivo localizada no VIII nervo, nos neurônios ganglionares, nas CCI, entre as suas sinapses ou de uma combinação entre eles.11 Starr A, Picton TW, Sininger Y, Hood LJ, Berlin CI. Auditory neuropathy. Brain. 1996;119:741-53.

Os fatores de risco estão em geral ligados a problemas neonatais, como prematuridade, baixo peso, anóxia, hipóxia, hiperbilirrubinemia, necessidade de ventilação mecânica e hemorragia intracraniana,1010 Rapin I, Gravel J. Auditory neuropathy: physiologic and pathologic evidence calls for more diagnostic specificity. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2003;67:707-28. além de desordens genéticas e mitocondriais1111 Ngo RYS, Tan HKK, Balakrishnan A, Lim SB, Lazaroo DT. Auditory neuropathy/auditory dys-synchrony detected by universal newborn hearing screening. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2006;70:1299-306. e de história familiar positiva para problemas auditivos.33 Madden C, Rutter M, Hilbert L, Greinwald JH, Choo DI. Clinical and audiological features in auditory neuropathy. Arch Otolaryngol Neck Surg. 2002;128:1026-30.,1212 Rance G. Auditory neuropathy/dys-synchrony and its perceptual consequences. Trends Amplif. 2005;9:1-43.

De acordo com os estudos apresentados nesta revisão, a prevalência de NA entre crianças e jovens com perda de auditiva de grau severo a profundo foi de 13,499 Santarelli R, Arslan E. Electrocochleography in auditory neuropathy. Hear Res. 2002;170:32-47. e de 1,2% em indivíduos com PANS.1313 Shi W, Ji F, Lan L, Liang SC, Ding HN, Wang H, et al. Characteristics of cochlear microphonics in infants and young children with auditory neuropathy. Acta Otolaryngol. 2012;132:188-96. A prevalência também foi descrita, em crianças com critérios de risco para NA, como sendo de 1 em 433 (0,23%), e no grupo de crianças com déficit de audição permanente foi de 1 em 9 (11,01%).55 Rance G, Beer D, Cone-Wesson B. Clinical findings for a group of infants and young children with auditory neuropathy. Ear Hear. 1999;20:238-52. Outro estudo refere a prevalência de 8,44% em um grupo de 379 crianças com alteração do PEATE.44 Foerst A, Beutner D, Lang-Roth R, Huttenbrink KB, Von Wedel H, Walger M. Prevalence of auditory neuropathy/synaptopathy in a population of children with profound hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2006;70:1415-22.

Há uma concordância na literatura compulsada em relação aos achados de exames em pacientes com neuropatia que apresentam EOA e MC presentes, PEATE ausente ou muito alterado e reflexos acústicos ausentes.99 Santarelli R, Arslan E. Electrocochleography in auditory neuropathy. Hear Res. 2002;170:32-47.,1010 Rapin I, Gravel J. Auditory neuropathy: physiologic and pathologic evidence calls for more diagnostic specificity. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2003;67:707-28.,1212 Rance G. Auditory neuropathy/dys-synchrony and its perceptual consequences. Trends Amplif. 2005;9:1-43.

13 Shi W, Ji F, Lan L, Liang SC, Ding HN, Wang H, et al. Characteristics of cochlear microphonics in infants and young children with auditory neuropathy. Acta Otolaryngol. 2012;132:188-96.

14 Deltenre P, Mansbach AL, Bozet C, Clercx A, Hecox KE. Auditory neuropathy: a report on three cases with early onsets and major neonatal illnesses. Electroencephalogr Clin Neurophysiol. 1997;104:17-22.

15 Berlin CI, Hood L, Morlet T, Rose K, Brashears S. Auditory neuropathy/dys-synchrony: diagnosis and management. Ment Retard Dev Disabil Res Rev. 2003;9:225-31.

16 Santarelli R, Scimemi P, Dal Monte E, Arslan E. Cochlear microphonic potential recorded by transtympanic electrocochleography in normally-hearing and hearing-impaired ears. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2006;26:78-95.

17 Anastasio AR, Alvarenga KF, Costa Filho OA. Extratympanic electrocochleography in the diagnosis of auditory neuropathy/auditory dyssynchrony. Braz J Otorhinolaryngol. 2008;74:132-6.

18 Ahmmed A, Brockbank C, Adshead J. Cochlear microphonics in sensorineural hearing loss: lesson from newborn hearing screening. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2008;72:1281-5.

19 Riazi M, Ferraro JA. Observations on mastoid versus ear canal recorded cochlear microphonic in newborns and adults. J Am Acad Audiol. 2008;19:46-55.

20 Talaat HS, Kabel AH, Samy H, Elbadry M. Prevalence of auditory neuropathy (AN) among infants and young children with severe to profound hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2009;73:937-9.

21 Mo L, Yan F, Liu H, Han D, Zhang L. Audiological results in a group of children with auditory neuropathy spectrum disorder. ORL J Otorhinolaryngol Relat Spec. 2010;72:75-9.

22 Liu C, Bu X, Wu F, Xing G. Unilateral auditory neuropathy caused by cochlear nerve deficiency. Int J Otolaryngol. 2012;:914986.
-2323 Penido RC, Isaac ML. Prevalence of auditory neuropathy spectrum disorder in an auditory health care service. Braz J Otorhinolaryngol. 2013;79:429-33. Na audiometria, o padrão descrito é perda auditiva permanente ou flutuante de vários graus, com configuração plana ou ascendente,1212 Rance G. Auditory neuropathy/dys-synchrony and its perceptual consequences. Trends Amplif. 2005;9:1-43.,1717 Anastasio AR, Alvarenga KF, Costa Filho OA. Extratympanic electrocochleography in the diagnosis of auditory neuropathy/auditory dyssynchrony. Braz J Otorhinolaryngol. 2008;74:132-6. além de dificuldade de percepção de fala, principalmente com ruído.99 Santarelli R, Arslan E. Electrocochleography in auditory neuropathy. Hear Res. 2002;170:32-47.,1010 Rapin I, Gravel J. Auditory neuropathy: physiologic and pathologic evidence calls for more diagnostic specificity. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2003;67:707-28.,1212 Rance G. Auditory neuropathy/dys-synchrony and its perceptual consequences. Trends Amplif. 2005;9:1-43.,1414 Deltenre P, Mansbach AL, Bozet C, Clercx A, Hecox KE. Auditory neuropathy: a report on three cases with early onsets and major neonatal illnesses. Electroencephalogr Clin Neurophysiol. 1997;104:17-22.

15 Berlin CI, Hood L, Morlet T, Rose K, Brashears S. Auditory neuropathy/dys-synchrony: diagnosis and management. Ment Retard Dev Disabil Res Rev. 2003;9:225-31.

16 Santarelli R, Scimemi P, Dal Monte E, Arslan E. Cochlear microphonic potential recorded by transtympanic electrocochleography in normally-hearing and hearing-impaired ears. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2006;26:78-95.
-1717 Anastasio AR, Alvarenga KF, Costa Filho OA. Extratympanic electrocochleography in the diagnosis of auditory neuropathy/auditory dyssynchrony. Braz J Otorhinolaryngol. 2008;74:132-6.,2222 Liu C, Bu X, Wu F, Xing G. Unilateral auditory neuropathy caused by cochlear nerve deficiency. Int J Otolaryngol. 2012;:914986.,2323 Penido RC, Isaac ML. Prevalence of auditory neuropathy spectrum disorder in an auditory health care service. Braz J Otorhinolaryngol. 2013;79:429-33. As EOA estão presentes, entretanto podem desaparecer com o decorrer dos anos.1616 Santarelli R, Scimemi P, Dal Monte E, Arslan E. Cochlear microphonic potential recorded by transtympanic electrocochleography in normally-hearing and hearing-impaired ears. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2006;26:78-95. Os resultados de exames eletrofisiológicos objetivos como presença de EOAT, PEATE ausente ou muito alterado e presença do MC têm surgido como primeira ferramenta de diagnóstico para NA em lactentes.44 Foerst A, Beutner D, Lang-Roth R, Huttenbrink KB, Von Wedel H, Walger M. Prevalence of auditory neuropathy/synaptopathy in a population of children with profound hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2006;70:1415-22.,2424 Starr A, Sininger Y, Nguyen T, Michalewski HJ, Oba S, Abdala C. Cochlear receptor (microphonic and summating potentials, otoacoustic emissions) and auditory pathway (auditory brain stem potentials) activity in auditory neuropathy. Ear Hear. 2001;22:91-9. Além disso, os pacientes com NA possuem uma alteração do efeito supressor das EOA provocado pelas vias auditivas eferentes.2525 Spinelli M, Breuel MLF, Silva CMS. Neuropatia auditiva: aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos. Rev Bras Otorrinolaringol. 2001;67:863-7. A ausência da supressão das EOA sugere que a função olivococlear eferente está alterada.2424 Starr A, Sininger Y, Nguyen T, Michalewski HJ, Oba S, Abdala C. Cochlear receptor (microphonic and summating potentials, otoacoustic emissions) and auditory pathway (auditory brain stem potentials) activity in auditory neuropathy. Ear Hear. 2001;22:91-9.

Diante do verificado nos exames da função auditiva, a presença do MC passa a ser o achado determinante no diagnóstico diferencial da NA.1616 Santarelli R, Scimemi P, Dal Monte E, Arslan E. Cochlear microphonic potential recorded by transtympanic electrocochleography in normally-hearing and hearing-impaired ears. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2006;26:78-95.

O protocolo utilizado para registrar o MC por meio da Ecog ou do PEATE deve sempre optar pela inversão das polaridades, usadas para confirmação da inversão do registro e, portanto, da confirmação do MC.1313 Shi W, Ji F, Lan L, Liang SC, Ding HN, Wang H, et al. Characteristics of cochlear microphonics in infants and young children with auditory neuropathy. Acta Otolaryngol. 2012;132:188-96.,1616 Santarelli R, Scimemi P, Dal Monte E, Arslan E. Cochlear microphonic potential recorded by transtympanic electrocochleography in normally-hearing and hearing-impaired ears. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2006;26:78-95.,1717 Anastasio AR, Alvarenga KF, Costa Filho OA. Extratympanic electrocochleography in the diagnosis of auditory neuropathy/auditory dyssynchrony. Braz J Otorhinolaryngol. 2008;74:132-6.,1919 Riazi M, Ferraro JA. Observations on mastoid versus ear canal recorded cochlear microphonic in newborns and adults. J Am Acad Audiol. 2008;19:46-55.,2222 Liu C, Bu X, Wu F, Xing G. Unilateral auditory neuropathy caused by cochlear nerve deficiency. Int J Otolaryngol. 2012;:914986. Além disso, a utilização de fones de inserção é importante para possibilitar o bloqueio do tubo plástico, imprescindível para a confirmação da resposta biológica, descartando a presença de artefato elétrico do sinal.1313 Shi W, Ji F, Lan L, Liang SC, Ding HN, Wang H, et al. Characteristics of cochlear microphonics in infants and young children with auditory neuropathy. Acta Otolaryngol. 2012;132:188-96.,1717 Anastasio AR, Alvarenga KF, Costa Filho OA. Extratympanic electrocochleography in the diagnosis of auditory neuropathy/auditory dyssynchrony. Braz J Otorhinolaryngol. 2008;74:132-6.,2020 Talaat HS, Kabel AH, Samy H, Elbadry M. Prevalence of auditory neuropathy (AN) among infants and young children with severe to profound hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2009;73:937-9. Os fones de inserção devem ser sempre usados no PEATE para permitir os que artefatos de estímulo sejam separados dos potenciais cocleares.22 Berlin CI, Bordelon J, St John P, Wilensky D, Hurley A, Kluka E, et al. Reversing click polarity may uncover auditory neuropathy in infants. Ear Hear. 1998;19:37-47. Outro estudo também confirmou a resposta do MC fechando o tubo de estímulo para evitar o sinal acústico de atingir o canal auditivo, abolindo os artefatos.55 Rance G, Beer D, Cone-Wesson B. Clinical findings for a group of infants and young children with auditory neuropathy. Ear Hear. 1999;20:238-52.

Alguns estudos referem o uso da Ecog como teste de diagnóstico da NA. Porém, há relatos de que a eletrococleografia transtimpânica (EcogT) é a ferramenta padrão ouro para avaliar o MC,99 Santarelli R, Arslan E. Electrocochleography in auditory neuropathy. Hear Res. 2002;170:32-47.,1616 Santarelli R, Scimemi P, Dal Monte E, Arslan E. Cochlear microphonic potential recorded by transtympanic electrocochleography in normally-hearing and hearing-impaired ears. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2006;26:78-95.,1717 Anastasio AR, Alvarenga KF, Costa Filho OA. Extratympanic electrocochleography in the diagnosis of auditory neuropathy/auditory dyssynchrony. Braz J Otorhinolaryngol. 2008;74:132-6. pois a Ecog permite uma análise mais detalhada da função coclear em relação ao PEATE.99 Santarelli R, Arslan E. Electrocochleography in auditory neuropathy. Hear Res. 2002;170:32-47.,1717 Anastasio AR, Alvarenga KF, Costa Filho OA. Extratympanic electrocochleography in the diagnosis of auditory neuropathy/auditory dyssynchrony. Braz J Otorhinolaryngol. 2008;74:132-6. Entretanto, as gravações no promontório são consideradas mais sensíveis do que no canal auditivo, e isso resulta numa melhor relação sinal-ruído, pois o MC surge em primeiro lugar a partir das porções mais basais da cóclea, com uma contribuição insignificante das regiões apicais.77 Withnell RH. Brief report: the cochlear microphonic as an indication of outer hair cell function. Ear Hear. 2001;22:75-7.

Em um dos estudos revisados não foi encontrada diferença significante entre a amplitude do MC em ouvintes normais e em indivíduos com NA. As amplitudes máximas de MC para quase todos os pacientes foram em torno de 0,6 ms após o estímulo.1313 Shi W, Ji F, Lan L, Liang SC, Ding HN, Wang H, et al. Characteristics of cochlear microphonics in infants and young children with auditory neuropathy. Acta Otolaryngol. 2012;132:188-96. A literatura refere que o MC em indivíduos com NA são especialmente proeminentes e persistem vários milissegundos após um estímulo transiente.22 Berlin CI, Bordelon J, St John P, Wilensky D, Hurley A, Kluka E, et al. Reversing click polarity may uncover auditory neuropathy in infants. Ear Hear. 1998;19:37-47.,2424 Starr A, Sininger Y, Nguyen T, Michalewski HJ, Oba S, Abdala C. Cochlear receptor (microphonic and summating potentials, otoacoustic emissions) and auditory pathway (auditory brain stem potentials) activity in auditory neuropathy. Ear Hear. 2001;22:91-9. Outro estudo relatou média das amplitudes do MC de 0,4 ms em pacientes com NA, valores significantemente maiores do que aqueles em pessoas com audição normal.2424 Starr A, Sininger Y, Nguyen T, Michalewski HJ, Oba S, Abdala C. Cochlear receptor (microphonic and summating potentials, otoacoustic emissions) and auditory pathway (auditory brain stem potentials) activity in auditory neuropathy. Ear Hear. 2001;22:91-9.

A duração do MC foi maior no grupo com NA que no grupo de ouvintes normais.1313 Shi W, Ji F, Lan L, Liang SC, Ding HN, Wang H, et al. Characteristics of cochlear microphonics in infants and young children with auditory neuropathy. Acta Otolaryngol. 2012;132:188-96.,1616 Santarelli R, Scimemi P, Dal Monte E, Arslan E. Cochlear microphonic potential recorded by transtympanic electrocochleography in normally-hearing and hearing-impaired ears. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2006;26:78-95. Em pacientes com NA no PEATE o MC aparece amplo, podendo durar até 4-6 ms, podendo ser confundido com atividade elétrica do tronco cerebral, porém não sofre alteração com a diminuição da intensidade, mas sim com a inversão da polaridade do estímulo.2525 Spinelli M, Breuel MLF, Silva CMS. Neuropatia auditiva: aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos. Rev Bras Otorrinolaringol. 2001;67:863-7.

De maneira geral, a literatura compulsada concorda quanto a localização, fatores de risco e achados clínicos da NA e refere que seu diagnóstico diferencial é confirmado a partir do registro do MC, pois mesmo em estado avançado da NA o MC permanece presente.

Nesta revisão foram encontrados estudos que descrevem os exames mais utilizados para detalhar as características do microfonismo coclear na neuropatia/dessincronia auditiva. Para tanto, vários tipos de estudos foram selecionados, o que pode parecer uma limitação, porém, por outro lado, pode apresentar diferentes perspectivas sobre o tema, levando sempre em consideração os critérios de seleção previamente definidos.

Conclusão

A partir dos estudos incluídos nesta revisão de literatura, é possível concluir que:

  • A presença do MC é um achado determinante no diagnóstico diferencial da NA.

  • O protocolo de registro do MC deve contar com o uso de fones de inserção, a inversão da polaridade e o bloqueio do tubo do estímulo para impedir a interferência de artefato elétrico.

  • A amplitude do MC na NA não apresenta diferença significante entre a amplitude do MC em ouvintes normais.

  • A duração do MC é maior em indivíduos com NA.

  • Como citar este artigo: Soares IA, Menezes PL, Carnaúba AT, de Andrade KC, Lins OG. Study of cochlear microphonic potentials in auditory neuropathy. Braz J Otorhinolaryngol. 2016;82:722-36.

References

  • 1
    Starr A, Picton TW, Sininger Y, Hood LJ, Berlin CI. Auditory neuropathy. Brain. 1996;119:741-53.
  • 2
    Berlin CI, Bordelon J, St John P, Wilensky D, Hurley A, Kluka E, et al. Reversing click polarity may uncover auditory neuropathy in infants. Ear Hear. 1998;19:37-47.
  • 3
    Madden C, Rutter M, Hilbert L, Greinwald JH, Choo DI. Clinical and audiological features in auditory neuropathy. Arch Otolaryngol Neck Surg. 2002;128:1026-30.
  • 4
    Foerst A, Beutner D, Lang-Roth R, Huttenbrink KB, Von Wedel H, Walger M. Prevalence of auditory neuropathy/synaptopathy in a population of children with profound hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2006;70:1415-22.
  • 5
    Rance G, Beer D, Cone-Wesson B. Clinical findings for a group of infants and young children with auditory neuropathy. Ear Hear. 1999;20:238-52.
  • 6
    Dallos P, Cheatham MA. Production of cochlear potentials by inner and out hair cells. J Acoust Soc Am. 1976;60:510-2.
  • 7
    Withnell RH. Brief report: the cochlear microphonic as an indication of outer hair cell function. Ear Hear. 2001;22:75-7.
  • 8
    Oxford Centre for Evidence-based Medicine (CEBM). Centre for Evidence Based Medicine. Levels of Evidence; 2009.
  • 9
    Santarelli R, Arslan E. Electrocochleography in auditory neuropathy. Hear Res. 2002;170:32-47.
  • 10
    Rapin I, Gravel J. Auditory neuropathy: physiologic and pathologic evidence calls for more diagnostic specificity. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2003;67:707-28.
  • 11
    Ngo RYS, Tan HKK, Balakrishnan A, Lim SB, Lazaroo DT. Auditory neuropathy/auditory dys-synchrony detected by universal newborn hearing screening. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2006;70:1299-306.
  • 12
    Rance G. Auditory neuropathy/dys-synchrony and its perceptual consequences. Trends Amplif. 2005;9:1-43.
  • 13
    Shi W, Ji F, Lan L, Liang SC, Ding HN, Wang H, et al. Characteristics of cochlear microphonics in infants and young children with auditory neuropathy. Acta Otolaryngol. 2012;132:188-96.
  • 14
    Deltenre P, Mansbach AL, Bozet C, Clercx A, Hecox KE. Auditory neuropathy: a report on three cases with early onsets and major neonatal illnesses. Electroencephalogr Clin Neurophysiol. 1997;104:17-22.
  • 15
    Berlin CI, Hood L, Morlet T, Rose K, Brashears S. Auditory neuropathy/dys-synchrony: diagnosis and management. Ment Retard Dev Disabil Res Rev. 2003;9:225-31.
  • 16
    Santarelli R, Scimemi P, Dal Monte E, Arslan E. Cochlear microphonic potential recorded by transtympanic electrocochleography in normally-hearing and hearing-impaired ears. Acta Otorhinolaryngol Ital. 2006;26:78-95.
  • 17
    Anastasio AR, Alvarenga KF, Costa Filho OA. Extratympanic electrocochleography in the diagnosis of auditory neuropathy/auditory dyssynchrony. Braz J Otorhinolaryngol. 2008;74:132-6.
  • 18
    Ahmmed A, Brockbank C, Adshead J. Cochlear microphonics in sensorineural hearing loss: lesson from newborn hearing screening. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2008;72:1281-5.
  • 19
    Riazi M, Ferraro JA. Observations on mastoid versus ear canal recorded cochlear microphonic in newborns and adults. J Am Acad Audiol. 2008;19:46-55.
  • 20
    Talaat HS, Kabel AH, Samy H, Elbadry M. Prevalence of auditory neuropathy (AN) among infants and young children with severe to profound hearing loss. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2009;73:937-9.
  • 21
    Mo L, Yan F, Liu H, Han D, Zhang L. Audiological results in a group of children with auditory neuropathy spectrum disorder. ORL J Otorhinolaryngol Relat Spec. 2010;72:75-9.
  • 22
    Liu C, Bu X, Wu F, Xing G. Unilateral auditory neuropathy caused by cochlear nerve deficiency. Int J Otolaryngol. 2012;:914986.
  • 23
    Penido RC, Isaac ML. Prevalence of auditory neuropathy spectrum disorder in an auditory health care service. Braz J Otorhinolaryngol. 2013;79:429-33.
  • 24
    Starr A, Sininger Y, Nguyen T, Michalewski HJ, Oba S, Abdala C. Cochlear receptor (microphonic and summating potentials, otoacoustic emissions) and auditory pathway (auditory brain stem potentials) activity in auditory neuropathy. Ear Hear. 2001;22:91-9.
  • 25
    Spinelli M, Breuel MLF, Silva CMS. Neuropatia auditiva: aspectos clínicos, diagnósticos e terapêuticos. Rev Bras Otorrinolaringol. 2001;67:863-7.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Nov-Dec 2016

Histórico

  • Recebido
    20 Ago 2015
  • Aceito
    29 Nov 2015
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Sede da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, Av. Indianópolia, 1287, 04063-002 São Paulo/SP Brasil, Tel.: (0xx11) 5053-7500, Fax: (0xx11) 5053-7512 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@aborlccf.org.br