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Estudo dos potenciais auditivos de tronco encefálico na toxoplasmose congênita diagnosticada precocemente Como citar este artigo: Fontes AA, Carvalho SA, Andrade GM, Carellos EV, Romanelli RC, Resende LM. Study of brainstem auditory evoked potentials in early diagnosis of congenital toxoplasmosis. Braz J Otorhinolaryngol. 2019;85:447-55. , ☆☆ ☆☆ Em nome de CTBG/UFMG - Congenital Toxoplasmosis Brazilian Group/Federal University of Minas Gerais (Ana Carolina de Aguiar Vasconcelos Carneiro, Daniel Vítor de Vasconcelos Santos, Danuza de Oliveira Machado Azevedo, Ericka Viana Machado Carellos, Glaucia Manzan Queiroz Andrade, José Nelio Januario, Luciana Macedo de Resende, Olindo Assis Martins Filho, Ricardo Wagner de Almeida Vitor, Roberta Maia de Castro Romanelli, Waleska Teixeira Caiaffa).

Resumo

Introdução:

A toxoplasmose congênita é uma doença infecciosa com grande prevalência nos países tropicais. Caracteriza-se por sequelas neurológicas, oftalmológicas e auditivas.

Objetivo:

O objetivo desse estudo foi avaliar e descrever o potencial evocado auditivo de tronco encefálico em bebês de 1 a 3 meses diagnosticados com toxoplasmose congênita e comparar com bebês de mesma faixa etária sem a infecção.

Metódo:

Trata-se de um estudo observacional, analítico e transversal, no qual foi realizada a pesquisa do potencial evocado auditivo de tronco cerebral em lactentes com toxoplasmose congênita. Foram realizados os exames audiológicos: emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente, potencial auditivo de tronco encefálico clínico e automático.

Resultados:

Participaram do estudo 100 crianças, porém a amostra final foi constituída por 76. Das 37 crianças com toxoplasmose incluídas no estudo, 28 completaram a avaliação neurológica de imagem e, dessas, três (10,7%) apresentaram exame neurológico alterado. Na avaliação do potencial evocado auditivo de tronco encefálico, duas crianças sem toxoplasmose e 10 com toxoplasmose congênita apresentaram resultado sugestivo de alteração no processo maturacional da via auditiva de tronco encefálico.

Conclusão:

Foram identificadas 10 (27%) crianças com possível alteração unilateral na avaliação eletrofisiológica e um risco cinco vezes maior de uma criança entre um e três meses com toxoplasmose apresentar alteração no potencial evocado auditivo de tronco encefálico quando comparada com uma criança da mesma faixa de idade sem a infecção.

PALAVRAS-CHAVE
Toxoplasmose congênita; Audição; Potenciais evocados auditivos; Eletrofisiologia

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