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Análise retrospectiva de 26 casos de papiloma invertido nasal

Papiloma invertido (PI) corresponde a 0,5%-4% dos tumores nasais benignos. A importância está na agressividade local, taxa de recorrência elevada e possibilidade de transformação maligna. O tratamento é controverso, encontrando melhor suporte na cirurgia endoscópica. OBJETIVO: Descrever aspectos clínico-epidemiológicos e tratamento dos casos de PI de um hospital terciário. CASUÍSTICA E MÉTODO: Estudo retrospectivo, realizado por revisão de prontuários de 26 pacientes com diagnóstico de PI nasal, avaliando localização tumoral, estadiamento clínico, tempo de seguimento, recidiva tumoral, malignidade, tipo de cirurgia realizada e complicações pós-operatórias. RESULTADO: Na casuística, havia 13 homens e 13 mulheres, com idade média de 57,8 anos. O tempo médio de seguimento foi de 29,4 meses, com 7,6% de taxa de recidiva. Houve predomínio de tumores T3 e T4 e 3,8% de taxa de malignidade. Todos foram submetidos a tratamento cirúrgico, predominando a cirurgia endoscópica endonasal. CONCLUSÃO: O PI é um tumor nasal originado principalmente na parede lateral nasal, mas também acomete seios paranasais. Avanços na cirurgia endoscópica vêm ganhando destaque pela menor invasividade e taxas de sucesso semelhantes às técnicas tradicionais externas, permitindo a exérese completa do tumor e proporcionando menor taxa de recidiva e tratamento completo no caso de malignidade.

neoplasias nasais; papiloma invertido; seios paranasais


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