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Correlação entre rinometria acústica, rinomanometria computorizada e tomografia computadorizada de feixe cônico em respiradores bucais com atresia maxilar Como citar este artigo: Sakai RH, Marson FA, Sakuma ET, Ribeiro JD, Sakano E. Correlation between acoustic rhinometry, computed rhinomanometry and cone-beam computed tomography in mouth breathers with transverse maxillary deficiency. Braz J Otorhinolaryngol. 2018;84:40-50.

Resumo

Introdução

Numerosos exames podem ser realizados para fornecer informações clínicas e diagnósticas em respiradores bucais com atresia maxilar e mordida cruzada posterior, entretanto a correlação entre esses exames ainda é incerta.

Objetivo

Avaliar a correlação entre rinometria acústica, rinomanometria computadorizada e tomografia computadorizada por feixe cônico em respiradores bucais com atresia maxilar.

Método

Um estudo de corte transversal foi realizado em 30 respiradores bucais com atresia maxilar (7-13 anos) com mordida cruzada posterior. Os exames avaliados foram: (i) rinomanometria acústica: volumes nasais (0-5 cm e 2-5 cm) e áreas mínimas de corte transversal 1 e 2 da cavidade nasal; (ii) rinomanometria computadorizada: fluxo nasal e resistências médias inspiratórias e expiratórias; (iii) tomografia computadorizada por feixe cônico: corte coronal na cabeça da concha inferior (larguras 1 e 2), concha média (larguras 3 e 4) e na maxila (Largura 5). Rinomanometria acústica e rinomanometria computadorizada foram avaliadas antes e depois da administração de vasoconstritor. Os resultados foram comparados pelo teste de correlação de Spearman e pelo teste de Mann-Whitney (α = 0,05).

Resultados

Foram encontradas correlações positivas entre: (i) fluxo antes da administração de vasoconstritor e largura 4 (Rho = 0,380) e largura 5 (Rho = 0,371); (ii) largura 2 e área mínima de corte transversal 1 antes da administração de vasoconstritor (Rho = 0,380); (iii) fluxo antes da administração de vasoconstritor e volumes nasais de 0-5 cm (Rho = 0,421), 2-5 cm (Rho = 0,393) e área mínima de corte transversal 1 (Rho = 0,375); (iv) largura 4 e volume nasal de 0-5 cm antes da administração do vasoconstritor (Rho = 0,376), volume nasal de 2-5 cm antes do uso de vasoconstritor (Rho = 0,376), áreas mínimas de corte transversal 1 antes da administração de vasoconstritor (Rho = 0,410) e áreas mínimas de corte transversal 1 após o uso do vasoconstritor (Rho = 0,426); (v) largura 5 e largura 1 (Rho = 0,542), largura 2 (Rho = 0,411) e largura 4 (Rho = 0,429). Foram encontradas correlações negativas: (i) largura 4 e resistência inspiratória média (Rho = −0,385); (ii) resistência inspiratória média antes da administração de vasoconstritor e volume de 0-5 cm (Rho = −0,382) e resistência expiratória média antes da administração de vasoconstritor e área mínima de corte transversal 1 (Rho = −0,362).

Conclusão

Correlações foram encontradas entre a rinometria acústica, a rinomanometria computadorizada e a tomografia computadorizada de feixe cônico em respiradores bucais com atresia maxilar.

PALAVRAS-CHAVE
Áreas mínimas de corte transversal; Cavidade nasal; Fluxo respiratório; Resistência nasal média

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