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Ameloblastomas sólidos: estudo retrospectivo clínico e histopatológico em 54 casos

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) excluiu o padrão desmoplásico do espectro histopatológico do ameloblastomas sólidos e o enquadrou como uma variante distinta, designada ameloblastoma desmoplásico. OBJETIVO: Analisar os achados clínico-patológicos em uma série de casos de ameloblastomas sólidos. FORMA DE ESTUDO: Estudo de coorte transversal. MATERIAL E MÉTODO: Dados sobre idade, sexo, localização e características clínicas foram obtidos em fichas de biópsia. Cortes histológicos foram avaliados quanto aos padrões histológicos existentes e o padrão histológico predominante. Os casos foram classificados com base no estudo de Waldron e El-Mofty (1987) e na classificação da OMS de 2005. RESULTADOS: Foram identificados 54 casos, com distribuição similar entre os sexos e média de idade de 38,3 anos. Cinquenta e três casos (98,1%) afetaram a mandíbula. Quarenta e nove casos (90,8%) foram classificados como ameloblastomas sólidos, 3 (5,6%) como ameloblastomas desmoplásicos e 2 (3,7%) como lesões híbridas. Os padrões histológicos folicular (77,6%), acantomatoso (69,4%) e plexiforme (65,3%) foram os mais frequentes nas lesões sólidas. Áreas focais de ameloblastoma desmoplásico foram identificadas em 11 ameloblastomas sólidos (22,4%). CONCLUSÃO: Embora enquadrado como uma variante distinta, nossos resultados revelam que áreas focais de ameloblastoma desmoplásico podem ser identificadas com relativa frequência em ameloblastomas convencionais.

ameloblastoma; mandíbula; maxila; tumores odontogênicos


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