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Processamento auditivo em crianças disfônicas

Estudo de coorte contemporânea com corte transversal. Há evidências da influência da percepção auditiva sobre o desenvolvimento da linguagem oral e escrita e da autopercepção das condições vocais. A maturação do sistema auditivo pode interferir nesse processo. OBJETIVO: Caracterizar habilidades auditivas de Localização e de Ordenação Temporal em crianças disfônicas. MATERIAL E MÉTODO: Avaliaram-se 42 crianças (4 a 8 anos). Grupo Pesquisa: 31 crianças disfônicas, Grupo de Comparação: 11 crianças sem queixas de alterações vocais. Todas apresentaram limiares auditivos normais e reflexo cócleo-palpebral. Foram submetidas à Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo (Pereira, 1993). Para comparar os grupos utilizaram-se os testes estatísticos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Nível de significância: 0,05 (5%). RESULTADOS: À Avaliação Simplificada, 100% do Grupo Controle e 61,29% do Grupo Pesquisa apresentaram resultados normais. Nas provas de Localização e Memória Sequencial Verbal, os grupos mostraram-se semelhantes. A Memória Sequencial Não Verbal mostrou piores resultados nas crianças disfônicas. Nesse grupo, o desempenho foi pior dos quatro aos seis anos. CONCLUSÃO: As crianças disfônicas apresentaram alterações das habilidades de localização ou ordenação temporal, a habilidade de ordenação temporal de sons não verbais diferenciou o grupo disfônico. Nesse grupo, a Localização Sonora melhorou com a idade.

avaliação; criança; disfonia; percepção auditiva


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