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Leishmaniose mucosa: marcadores clínicos no diagnóstico presuntivo

A leishmaniose cutâneo-mucosa (LM) pode deixar sequelas graves. O diagnóstico precoce evita complicações. OBJETIVO: Avaliar marcadores clínicos para o diagnóstico precoce da LM. MATERIAL E MÉTODO: Estudo de série de 21 casos avaliados com diagnóstico confirmado de LM por meio de entrevista, endoscopia nasal, biópsia e teste cutâneo de Montenegro. RESULTADOS: A cicatriz cutânea ou história de leishmaniose cutânea foram observadas em 8 (38%) pacientes e 13(62%) negaram terem tido forma cutânea e não tinham cicatriz. O início dos sintomas nasais/orais até a definição do diagnóstico variou de 5 meses a 20 anos, média de 6 anos. No teste de Montenegro, o tamanho médio da pápula foi de 14,5mm e não se correlacionou com a duração da doença (p=0,87). O comprometimento nasal predominou e a extensão da lesão não se correlacionou com a duração da doença. Parasitas foram encontrados em 2(9,52%) espécimes de lesões biopsiadas. CONCLUSÃO: O diagnóstico da LM foi tardio. O encontro do parasito na mucosa, a cicatriz típica e leishmaniose cutânea prévia não foram marcadores para o diagnóstico de LM. O diagnóstico de LM pode se basear no teste de Montenegro alterado associado a sintomas nasais e/ou orais e exclusão de outras doenças granulomatosas.

diagnóstico; leishmaniose mucocutânea; otolaringologia


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