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Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, Volume: 87, Número: 2, Publicado: 2021
  • Infecções bacterianas de vias aéreas superiores no Brasil: resistência bacteriana, resistência humana, escuridão científica Editorial

    Piltcher, Otavio Bejzman; Lubianca Neto, José Faibes
  • O zumbido leva ao caos? Editorial

    Sadeghijam, Maryam; Moossavi, Abdollah; Akbari, Mahdi
  • Paragangliomas cervicais: experiência de 114 casos em 14 anos Artigo Original

    Basel, Halil; Bozan, Nazim

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução e objetivo: Relatar a experiência de um único centro com casos de paraganglioma do corpo carotídeo tratados pelo mesmo cirurgião em uma cidade com alta prevalência de paragangliomas devido à alta altitude. Método: Foram investigados retrospectivamente os dados demográficos, clinico-patológicos e radiológicos de 104 pacientes com diagnóstico de paragangliomas cervicais entre 2003 e 2017. Os pacientes foram classificados de acordo com a classificação de Shamblin. Resultados: Neste estudo, foram incluídos 104 pacientes (33 homens e 71 mulheres, com média de 54,6 ± 13 anos, entre 2003 e 2017) com diagnóstico de paraganglioma cervical na bifurcação carotídea. Entre esses pacientes, 10 tinham tumores bilaterais e, no total, 114 paragangliomas foram tratados nesse período. O diâmetro médio dos tumores foi de 5,12 ± 1,45 cm. Um tumor maligno foi determinado em apenas um (0,9%) paciente. Todos os pacientes foram operados. Em 12 pacientes com diâmetro do tumor maior do que 5 cm, foi possível fazer embolização pré-operatória com molas; em 14 pacientes, foi feita embolização angiográfica e em 4 pacientes foram aplicadas injeções de agentes esclerosantes. Após o tratamento cirúrgico, paralisia facial foi observada em 2 pacientes, disfagia em um, síndrome de Horner em um e rouquidão em 7. Todas essas complicações melhoraram durante o acompanhamento. Não foi relatada mortalidade. Conclusão: A cirurgia é o tratamento definitivo em pacientes com paragangliomas cervicais. Embora possa ser difícil em pacientes com os tipos avançados de Shamblin, em mãos experientes as taxas de complicações são muito baixas.
  • Comparação de métodos de tratamento tópico utilizados na epistaxe anterior recorrente: ensaio clínico randomizado Artigo Original

    Koçak, Hasan Emre; Bilece, Zeki Tolga; Keskin, Mehmet; Ulusoy, Hüseyin Avni; Koç, Arzu Karaman; Kaya, Kamil Hakan

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: A epistaxe recorrente é uma doença comumente vista por especialistas em otorrinolaringologia, médicos de emergência e pediatras. O fato de que muitas modalidades de tratamento estejam sendo pesquisadas e nenhum método único de tratamento seja universalmente aceito apoiam ainda mais essa informação. Objetivo: Comparar a eficácia clínica do uso de pomada antisséptica tópica, pomada descongestionante tópica e tratamentos de cauterização química, que são frequentemente usados em epistaxe anterior recorrente, tanto isoladamente como em combinação. Método: Entre agosto de 2017 e fevereiro de 2018, 137 pacientes diagnosticados com epistaxe anterior recorrente foram divididos aleatoriamente em 5 grupos. O grupo I foi tratado com pomada antisséptica tópica, o grupo II com pomada descongestionante tópica, o grupo III foi submetido a cauterização química, o grupo IV foi tratado com pomada antisséptica tópica + cauterização química e o grupo V com pomada descongestionante tópica + tratamento de cauterização química. Todos os pacientes foram contatados por telefone 2 semanas e um mês após o tratamento e perguntados sobre a presença (falha) ou ausência (sucesso) de pelo menos um episódio de epistaxe. Pacientes com comorbidades foram excluídos. O sucesso do tratamento foi analisado estatisticamente. Resultados: Não houve diferença significante (p > 0,05) entre os grupos em relação à taxa de sucesso no 15° dia após o tratamento. Os grupos IV e V tiveram maiores taxas de sucesso no 30° dia após o tratamento em comparação com os grupo I e II (p < 0,05). No grupo III, o sucesso do tratamento no 30° dia não foi diferente dos outros 4 grupos (p > 0,05). Conclusão: Embora o número de pacientes que melhoraram com a cauterização química (grupo III) tenha sido maior em nosso estudo, nenhuma diferença significante foi observada nas modalidades de tratamento único (grupos I – III) no 14° dia e no 30° dia após o tratamento. Embora não tenha sido observada diferença estatisticamente significante entre os tratamentos combinados (grupos IV – V) e os tratamentos simples (grupos I – III) na 2ª semana após o tratamento, os tratamentos combinados foram significantemente mais eficazes no 1° mês.
  • Correlação de padrões vasculares na imagem de banda estreita com a densidade imuno-histológica de microvasos em lesões de pregas vocais Artigo Original

    Rzepakowska, Anna; Żurek, Michał; Grzybowski, Jakub; Pihowicz, Paweł; Górnicka, Barbara; Osuch-Wójcikiewicz, Ewa; Niemczyk, Kazimierz

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: A microarquitetura dos vasos mucosos e submucosos é crucial para o diagnóstico. A neoangiogênese é um parâmetro biológico confirmado que implica progressão e metástase no câncer de laringe. Objetivo: Investigar a correlação entre as classificações de padrões vasculares por imagem de banda estreita e densidade imuno-histológica de microvasos em diferentes tipos de lesões intraepiteliais da prega vocal. Método: A análise da densidade imuno-histológica de microvasos com o uso de anticorpos CD31 e CD34 foi feita em 77 lesões, inclusive: 20 lesões não displásicas, 20 com displasia de baixo grau, 17 com displasia de alto grau e 20 com câncer invasivo. A avaliação dos padrões vasculares com a imagem de banda estreita, de acordo com as diretrizes de classificação de Ni e da European Laryngological Society, foi feita antes da ressecção cirúrgica. Resultados: O valor médio da densidade imuno-histológica de microvasos com CD31 foi o mais alto para as lesões do Tipo IV de Ni (20,55), enquanto para o padrão longitudinal e perpendicular, de acordo com a classificação da European Laryngological Society, foi de 12,50 e 19,45, respectivamente. O maior valor médio da densidade imuno-histológica de microvasos com CD34 foi identificado nas lesões de Ni Tipo Va (35,43) e nos padrões longitudinal e perpendicular de acordo com a classificação da European Laryngological Society foi de 15,12 e 30,40, respectivamente. Conclusões: As alterações morfológicas microvasculares das lesões laríngeas intraepiteliais observadas na endoscopia por imagem de banda estreita foram positivamente correlacionadas com os índices de angiogênese da avaliação imuno-histológica.
  • As marcas da violência por arma de fogo em face Artigo Original

    Maia, Adriane Batista Pires; Assis, Simone Gonçalves; Ribeiro, Fernanda Mendes Lages; Pinto, Liana Wernersbach

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: Este artigo aborda a ocorrência de agravos à saúde em virtude de ferimentos na face por arma de fogo, entre os policiais militares, na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, operados pela Clínica de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Central da Polícia Militar. Objetivo: Identificar o perfil dos pacientes operados em decorrência de ferimentos na face por arma de fogo, a distribuição anatômica das fraturas maxilofaciais, as sequelas e complicações encontradas, as especialidades em saúde envolvidas na reabilitação desses pacientes, além de discutir sobre as repercussões sociais, emocionais e relativas ao desempenho do trabalho entre esses sujeitos. Método: Foi feito um estudo epidemiológico retrospectivo a partir de dados secundários referentes aos policiais militares operados no Hospital Central da Polícia Militar em decorrência de ferimentos por arma de fogo em face, de junho de 2003 a dezembro de 2017. Resultado: Durante o período estudado foram feitas 778 cirurgias em centro cirúrgico pelo serviço de Clínica de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial no Hospital Central da Polícia Militar, 186 em decorrência de ferimentos por arma de fogo (23,9%). Todos os pacientes eram do sexo masculino e com média de 34,7 anos. A perda de segmento ósseo foi a sequela mais encontrada. O comprometimento estético facial e os relatos de insônia foram as repercussões tardias de impacto na saúde e no convívio social mais encontradas. Sobre as repercussões laborais do ferimento sofrido, o tempo médio de afastamento por licença de saúde para tratamento dos ferimentos maxilofaciais foi de 11,7 meses. Conclusão: O tratamento de pacientes vítimas de ferimentos por arma de fogo em face demanda múltiplas intervenções cirúrgicas e o envolvimento de diferentes especialidades da saúde para sua reabilitação. São necessários mais estudos que analisem qualitativamente o impacto desse tipo de traumatismo em face para a vida dos pacientes e seus desdobramentos sociais.
  • Impacto da fluticasona intranasal em pacientes com apneia obstrutiva do sono: um estudo prospectivo Artigo Original

    Tam, Yuan-Yun; Shao, I-Hung; Wu, Chia-Chen; Hsieh, Ming-Li

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: A apneia obstrutiva do sono é o tipo mais comum de apneia do sono, causada por obstrução completa ou parcial da via aérea superior. A obstrução nasal também é considerada como um dos fatores de risco independentes da apneia obstrutiva do sono. Objetivo: Avaliar pacientes com apneia obstrutiva do sono. Método: Pacientes com apneia obstrutiva do sono foram incluídos no estudo de junho a dezembro de 2015, tratados com spray de corticosteroide intranasal por quatro semanas. Vários parâmetros foram obtidos antes e após o tratamento, inclusive os escores da escala Nasal Obstruction Symptom Evaluation, do Pittsburgh Sleep Quality Index e do questionário Escala de Sonolência de Epworth. Resultados: Cinquenta pacientes completaram os questionários antes e após o tratamento intranasal com fluticasona. A média de idade era de 39,7 ± 15,6 anos, com uma proporção de homens para mulheres de 3:2. Os escores pós-tratamento da Escala de Sonolência de Epworth, do Pittsburgh Sleep Quality Index e do Nasal Obstruction Symptom Evaluation indicaram uma diminuição em comparação aos escores pré-tratamento, de 10,4 para 8,74, 7,86 para 6,66 e 9,08 para 6,48, respectivamente. Uma diminuição significativa foi observada no grupo Nasal Obstruction Symptom Evaluation ≥ 10 em todas as três categorias, mas não no grupo Nasal Obstruction Symptom Evaluation <10. Conclusões: Os autores concluíram que o tratamento com fluticasona intranasal pode ser útil em pacientes com apneia obstrutiva do sono relacionada a obstrução nasal para melhorar a qualidade do sono e limitar a disfunção diurna.
  • Comparação da abordagem endoscópica transcanal e microscópica na timpanoplastia tipo 1 Artigo Original

    Gulsen, Secaattin; Baltacı, Adem

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: A timpanoplastia endoscópica é uma cirurgia minimamente invasiva que pode ser feita através de uma abordagem exclusivamente transcanal. O uso de endoscópios em procedimentos otológicos tem aumentado no mundo todo. A abordagem endoscópica facilita a timpanoplastia transcanal mesmo em pacientes com canal auditivo externo estreito e com uma protrusão da parede anterior. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo comparar os resultados cirúrgicos e audiológicos das abordagens endoscópica transcanal e microscópica convencional na timpanoplastia tipo 1. Método: As taxas de sucesso do enxerto, os resultados auditivos, as complicações e a duração da cirurgia em pacientes submetidos a timpanoplastia endoscópica e microscópica entre outubro de 2015 e abril de 2018 foram analisados retrospectivamente. Resultados: As taxas de sucesso do enxerto foram de 94,8% e 92,9% para o grupo endoscópico e microscópico, respectivamente (p > 0,05). Os valores de gap aéreo-ósseo no pós-operatório melhoraram significantemente em ambos os grupos (p < 0,001). A duração média da cirurgia foi significantemente menor no grupo endoscópico (média de 34,9 minutos) em relação ao grupo microscópico (média de 52,7 minutos) (p < 0,05). O tempo médio de internação foi de 5,2 horas (variação de 3–6 horas) no grupo operado por endoscopia e de 26,1 horas (variação de 18–36 horas) no operado por microscopia (p < 0,05). Conclusão: A timpanoplastia transcanal via endoscópica é uma opção razoável à timpanoplastia microscópica convencional no tratamento da otite média crônica, com taxas de sucesso de enxertos e resultados auditivos comparáveis à microscópica.
  • Phrases in noise test (PINT) Brasil: efetividade do teste em crianças com deficiência auditiva Artigo Original

    Jacob, Regina Tangerino de Souza; Souza, Camila Oliveira e; Rosa, Bruna Camilo; Santos, Larissa Germiniani dos; Paccola, Elaine Cristina Moreto; Alvarenga, Bianca Gonçalves; Lauris, José Roberto Pereira

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: Uma das principais implicações da deficiência auditiva é a dificuldade na percepção dos sons da fala, sobretudo em ambientes ruidosos. Dessa forma, o sistema de frequência modulada é considerado uma importante ferramenta educacional para crianças com deficiência auditiva, pois promove a melhoria da percepção da fala em ambientes acusticamente desfavoráveis, como em sala de aula. Entre o protocolo de verificação desse dispositivo é indicada a avaliação da percepção da fala no ruído. Objetivo: Verificar a efetividade do teste de percepção da fala no ruído Phrases in Noise Test Brasil em crianças com deficiência auditiva adaptadas com o sistema frequência modulada. Método: Estudo de corte transversal. A amostra incluiu 40 indivíduos, dos 4 anos até os 11 anos e 11 meses, distribuídos em 4 grupos: (1) 10 crianças normo-ouvintes; (2) 13 crianças adaptadas com aparelho de amplificação sonora individual e com sistema frequência modulada; (3) 12 crianças usuárias de implante coclear e adaptadas com sistema de frequência modulada; e (4) 5 crianças com diagnóstico de desordem do espectro da neuropatia auditiva, adaptadas com aparelho de amplificação sonora individual e/ou implante coclear e com sistema de frequência modulada. Foi usado o Phrases in Noise Test Brasil para avaliar a percepção da fala no ruído nas condições sem e com o sistema frequência modulada. Para a análise estatística dos dados foi adotado nível de significância de 5% (p < 0,05). Resultados: Obteve-se uma diferença significativa entre os grupos quando avaliados com o sistema frequência modulada. O teste também foi validado por meio das medidas de validação concorrente e convergente. O Phrases in Noise Test Brasil é uma opção viável para o acompanhamento do desempenho auditivo no ruído em diferentes grupos de crianças com deficiência auditiva. Conclusão: O Phrases in Noise Test Brasil foi efetivo para avaliar a percepção de fala no ruído e pode contribuir para o aprimoramento dos protocolos de indicação, adaptação e acompanhamento do uso do sistema frequência modulada.
  • Expressão estromal e epitelial de syndecan-1 em tumores de glândulas salivares benignos e malignos: qual delas reflete melhor o comportamento? Artigo Original

    Alaeddini, Mojgan; Yazdani, Farzad; Etemad-Moghadam, Shahroo

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: Tumores de glândulas salivares são um grupo diversificado de lesões, com várias origens e comportamentos extremamente diferentes, resultam em distintos desfechos para os pacientes. Portanto, a necessidade de descobrir novos marcadores com a capacidade de predizer o comportamento de neoplasias de glândulas salivares benignas e malignas é crucial. O syndecan-1 é uma proteína da superfície celular com papéis significativos em vários aspectos da função tumoral. Sua expressão nas neoplasias das glândulas salivares, especialmente seu componente estromal, ainda não foi investigada. Objetivos: Avaliar a imunopositividade do syndecan-1 nos componentes epiteliais e estromais das neoplasias de glândulas salivares e compará-la entre os subtipos benigno e maligno, além de avaliar sua correlação com os parâmetros clínico-patológicos. Método: Foram corados 133 tumores de glândulas salivares imuno-histoquimicamente com syndecan-1 e a intensidade e porcentagem dessa proteína foram determinadas, comparadas entre as lesões e correlacionadas com fatores clínico-patológicos. Resultados: A análise estatística das lesões com tamanho amostral suficiente mostrou diferenças significantes em porcentagem e intensidade entre os componentes epiteliais e estromais de todos os tumores (p < 0,05). As comparações pareadas demonstraram uma porcentagem de coloração significantemente maior das células epiteliais (p = 0,02) no tumor de Warthin em comparação com o adenoma pleomórfico e o carcinoma adenoide cístico. Da mesma forma, foram observadas intensidades de coloração e/ou percentagens significantemente maiores no carcinoma mucoepidermoide e no carcinoma adenoide cístico em comparação ao adenoma pleomórfico e ao tumor de Warthin (p < 0,05). Dos fatores clinico-patológicos, houve apenas uma correlação negativa significante entre o percentual estromal de carcinoma mucoepidermoide e a idade; e uma diferença significante entre a intensidade estromal + porcentagem de carcinoma adenoide cístico e sexo (p < 0,05). Conclusões: De acordo com nossos achados, o syndecan-1 estromal se correlaciona com o comportamento maligno de tumores de glândulas salivares, demonstra uma expressão mais alta, indica um papel para o syndecan-1 na invasão e metástase tumoral.
  • Associação entre vitamina D sérica e rinossinusite crônica: uma metanálise Artigo Original

    Li, Bo; Wang, Miaowei; Zhou, Lingyun; Wen, Qiao; Zou, Jian

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: A rinossinusite crônica é uma inflamação crônica altamente heterogênea do trato respiratório superior causada por uma disfunção imune nos seres humanos. Entretanto, a etiologia subjacente dessa doença ainda não foi bem estabelecida. Diversos estudos revelaram que anormalidades nos níveis séricos de vitamina D podem desempenhar um papel na fisiopatologia da doença. Objetivo: Fazer uma metanálise de estudos para comparar os níveis séricos de vitamina D entre pacientes com rinossinusite crônica e controles saudáveis e avaliar as potenciais associações do nível sérico de vitamina D com a ocorrência da doença. Método: Seguindo as diretrizes Prisma, bancos de dados relevantes, inclusive Pubmed, Web of Science, Embase e Cochrane Library, foram pesquisados desde a sua data de início até 1° de dezembro de 2018. A simetria do gráfico de funil (funnel plot symmetry) e o teste de Egger foram usados para detectar o viés da publicação. Os desfechos foram apresentados como diferença média ponderada e combinamos a diferença média ponderada e intervalos de confiança de 95% para estimar a diferença dos níveis séricos de vitamina D entre pacientes com rinossinusite crônica e os controles. O valor de I2 de Higgins foi usado para testar a heterogeneidade entre os estudos incluídos. Resultados: Dos 176 estudos que identificamos, apenas oito, que envolveram 337 pacientes com rinossinusite crônica e 179 controles saudáveis, preencheram os critérios e foram incluídos na metanálise. Em uma análise combinada de todos os estudos, a diminuição do nível sérico de vitamina D foi demonstrada na rinossinusite crônica (DMP = −7,80, IC95% −13,28 ± −2,31, p = 0,000). Análises de subgrupos com base no local do estudo (EUA vs. Não EUA), tipos de biomarcadores (25[OH]D3 vs. 25[OH]D) e desenho do estudo (retrospectivo vs. prospectivo) não explicaram a heterogeneidade. No entanto, o fenótipo da rinossinusite crônica (rinossinusite crônica com pólipos nasais vs. rinossinusite crônica sem pólipos nasais) pode explicar algum grau de heterogeneidade. Contudo, um nível sérico mais baixo de vitamina D foi observado em pacientes com rinossinusite crônica com pólipos nasais. Conclusão: Nossos achados indicam que o nível sérico de vitamina D pode estar associado à rinossinusite crônica, pois detectamos uma associação significante entre níveis séricos mais baixos de vitamina D em pacientes com rinossinusite crônica, especialmente na rinossinusite crônica com pólipos nasais. No entanto, mais estudos abrangentes são necessários para se chegar a conclusões abalizadas.
  • Diferentes técnicas para colocação de enxerto de extensão caudal em rinoplastia Artigo Original

    Sazgar, Amir Arvin; Kheradmand, Azadeh; Razfar, Ali; Hajialipour, Shabnam; Sazgar, Amir Keyvan

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: O enxerto de extensão caudal é geralmente um enxerto de cartilagem que se sobrepõe à margem caudal do septo nasal. Uma combinação do enxerto de extensão caudal e a técnica de tongue-in-groove é usada para estabilizar a base nasal, definir a projeção da ponta e refinar a relação alar-columelar. Objetivo: Apresentar algumas novas modificações na colocação dos enxertos de extensão caudal na rinoplastia. Método: Revisão retrospectiva de um banco de dados prospectivamente coletado de 965 pacientes que se submeteram a rinosseptoplastia de junho de 2011 a julho de 2015. Desses, 457 pacientes necessitaram de enxerto de extensão caudal e foram incluídos no estudo. O seguimento mínimo foi de 13,2 meses, com tempo médio de seguimento de 17,4 meses. Resultados: Na maioria dos casos, a comparação das fotografias antes e após a cirurgia foi satisfatória e apresentou melhora do contorno. Pequenas deformidades foram detectadas em 41 pacientes e 11 pacientes necessitaram de cirurgia de revisão. Conclusão: Com essas modificações, o cirurgião pode usar o enxerto de extensão caudal mesmo em desvios angulares do septo caudal. Vários métodos têm sido propostos para correção do desvio septo-caudal.
  • Emissões otoacústicas em neonatos expostos ao fumo durante a gestação Artigo Original

    Durante, Alessandra Spada; Nascimento, Cristina Moraes do; Lopes, Cristiane

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: As substâncias tóxicas presentes na fumaça do cigarro podem danificar as células ciliadas da cóclea. Esse efeito foi investigado pela mensuração das emissões otoacústicas. Objetivo: Investigar o impacto de estímulos nas emissões otoacústicas, comparar neonatos com e sem exposição à fumaça de cigarro durante a gestação. Método: Testes de emissões otoacústicas evocadas transientes, evocadas por estímulo tipo clique e emissões otoacústicas por produto de distorção, evocadas por dois tons, foram feitos em ambas as orelhas, com um aparelho Interacoustic TITAN. O estudo incluiu 105 neonatos divididos em dois grupos: um grupo de estudo, que compreendeu 47 neonatos expostos à fumaça durante a gravidez; e um grupo controle constituído por 58 neonatos que não foram expostos. Todos os participantes apresentaram triagem auditiva neonatal normal. Resultados: Não foram encontradas diferenças estatísticas nos níveis de resposta das emissões otoacústicas por produto de distorção entre os grupos. Nos testes de emissões otoacústicas evocadas transientes, foram observados menores níveis de resposta no grupo de estudo do que no grupo controle na análise de bandas de frequências da orelha direita, com diferenças estatisticamente significantes nos sinais e relação sinal-ruído (exceto a 1 kHz). Conclusão: O impacto da exposição ao fumo pôde ser analisado por meio das emissões otoacústicas evocadas transientes em neonatos. O efeito da exposição à fumaça durante a gravidez foi evidenciado por uma redução nos níveis das emissões otoacústicas evocadas transientes no grupo exposto. Esse mesmo efeito não foi observado para as análises feitas nos níveis das emissões otoacústicas por produto de distorção.
  • Características do padrão de refluxo na posição ortostática versus posição supina em pacientes com refluxo laringofaríngeo Artigo Original

    Mesallam, Tamer A.; Baqays, Abdulsalam A.

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: Muitos problemas relacionados à laringe têm sido atribuídos ao refluxo laringofaríngeo, inclusive disfonia, pigarro frequente, tosse crônica e sensação de “globus” faríngeo. No entanto, ainda há controvérsias quanto ao diagnóstico e à apresentação clínica dessa condição clínica. Objetivo: Descrever as características do refluxo laringofaríngeo de diferentes posições, em pacientes diagnosticados por meio de pHmetria orofaríngea. Método: Foi feita uma revisão retrospectiva de prontuários de 161 pacientes com refluxo laringofaríngeo diagnosticado por pHmetria orofaríngea de 24 horas. Os indivíduos do estudo foram categorizados em grupos com refluxo laringofaríngeo na posição ortostática e refluxo laringofaríngeo na posição supina com base nos resultados do pH. Os dois grupos foram comparados quanto à apresentação clínica e às características do pH. Resultados: Foram encontradas taxas significativamente mais altas de refluxo laringofaríngeo na posição ortostática em comparação à posição supina (p < 0,0001). Os resultados do índice de sintomas de refluxo foram significativamente maiores no grupo com refluxo laringofaríngeo na posição ortostática em comparação com o grupo com refluxo laringofaríngeo na posição supina. O uso do escore de Ryan composto (composite Ryan score) para a pHmetria orofaríngea de 24 horas foi significantemente maior no grupo com refluxo laringofaríngeo ortostático em relação ao grupo supino (p < 0,0001). Nenhuma diferença significante foi encontrada entre os grupos refluxo laringofaríngeo na posição ortostática e posição supina em relação à frequência da apresentação clínica ou classificações do índice de desvantagem vocal. Conclusão: O refluxo laringofaríngeo foi mais prevalente na posição ortostática entre os grupos de estudo. As características relacionadas ao refluxo, inclusive parâmetros de pH, foram mais evidentes no refluxo laringofaríngeo na posição ortostática.
  • Impacto do tipo de bisturi no tempo operatório e complicações agudas em tireoidectomias Artigo Original

    Fraga, Tamires Santos; Köhler, Hugo Fontan; Chulam, Thiago Celestino; Kowalski, Luiz Paulo

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: A cirurgia mais comum da região cervical é a tireoidectomia. Atualmente, várias tecnologias estão disponíveis para hemostasia intraoperatória. Objetivo: Comparar o desempenho de três tecnologias (elétrica monopolar e bipolar e ultrassônica) no tempo operatório e complicações pós-operatórias. Método: Pacientes submetidos à tireoidectomia total sem tratamento prévio foram incluídos. Desenho científico usado: estudo de série prospectiva. Resultados: Foram incluídos 834 pacientes, 661 mulheres (79,3%) e 173 homens (20,7%). O diagnóstico foi de neoplasia maligna em 528 pacientes (63,3%) e de doença benigna em 306 pacientes (36,7%). O bisturi elétrico monopolar foi usado em 280 pacientes (33,6%), energia bipolar em 210 (25,2%) e ultrassônica em 344 (41,3%). O tempo operatório foi significantemente menor com bisturi ultrassônico ou bipolar quando comparado com elétrico. Em um modelo de regressão linear, sexo, diagnóstico de malignidade e tipo de energia foram significantes para duração do procedimento. Os pacientes operados com bisturi ultrassônico ou bipolar apresentaram incidência significantemente menor de hipoparatireoidismo. Conclusão: O uso do bisturi ultrassônico ou bipolar reduz de forma significante o tempo operatório e a incidência de hipoparatireoidismo transitório.
  • Avaliação do papel preditivo da relação neutrófilos/linfócitos no diagnóstico de linfoma em pacientes com linfadenopatia cervical assintomática e isolada Artigo Original

    Kaplama, Mehmet Erkan; Güneş, Ahmet Kürşad; Erden, Burak

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: A abordagem diagnóstica de pacientes com linfadenopatia cervical assintomática isolada varia entre biópsia excisional e o simples seguimento. Quando a anamnese, o exame físico, os achados laboratoriais e de imagem não são suficientes para identificar a etiologia, faz-se uma biópsia excisional para o diagnóstico diferencial de linfoma em estágio inicial ou causas infecciosas ou reativas. Se a biópsia excisional, a qual pode incorrer em algumas complicações cirúrgicas, não é feita, isso pode gerar atraso no diagnóstico de linfoma. Esse desafio diagnóstico pode ser evitado com o uso de marcadores preditivos. Objetivos: Determinar o valor preditivo da relação neutrófilos/linfócitos no diagnóstico do linfoma Hodgkin e não Hodgkin em pacientes com linfadenopatia cervical assintomática isolada e submetidos à biópsia excisional. Método: Foram incluídos no estudo 90 pacientes entre 2016 a 2015 admitidos em nossa clínica com linfadenopatia cervical assintomática isolada, presente por pelo menos 4 semanas, com linfonodos patológicos persistentes na região cervical. Biópsia excisional de linfonodo foi feita em todos os 90 pacientes. Resultados: Dos 90 pacientes submetidos à biópsia excisional, 34 apresentaram linfadenopatia reativa, dos quais 30 tinham linfoma não Hodgkin e 26 linfoma Hodgkin. Foram diagnosticados 56 pacientes com linfoma (62,2%), tanto Hodgkin quanto não Hodgkin, e 34 pacientes (38,8%) foram diagnosticados com linfadenopatia reativa. A mediana da idade, a contagem total de leucócitos e a contagem de neutrófilos dos grupos com linfoma foram significantemente maiores do que no grupo linfadenopatia reativa, enquanto a contagem de linfócitos foi significantemente menor nos pacientes com linfoma. A mediana da relação neutrófilos/linfócitos foi de 1,7 no grupo linfadenopatia reativa, 3,5 no grupo não Hodgkin e 3,0 no grupo Hodgkin (p < 0,001). Conclusão: A relação neutrófilo/linfócito foi significantemente maior em pacientes admitidos com linfadenopatia assintomática isolada e com diagnóstico de linfoma e com diagnóstico de linfoma Hodgkin e não Hodgkin em estágio inicial em comparação com aqueles que apresentaram linfadenopatia reativa. A relação neutrófilo/linfócito, um teste de baixo custo, rápido e de fácil acesso, tem um valor preditivo no diagnóstico de linfoma em pacientes com linfadenopatia assintomática.
  • Implicações da prática musical no processamento auditivo central: uma revisão sistemática Artigo De Revisão

    Braz, Cinthya Heloisa; Gonçalves, Laura Faustino; Paiva, Karina Mary de; Haas, Patricia; Patatt, Fernanda Soares Aurélio

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: Estudos recentes evidenciaram que a prática e o treinamento musical mostram-se eficazes e com potencialidades para auxiliar na aquisição e no aprimoramento das habilidades auditivas. Objetivo: Verificar as evidências científicas sobre as implicações da prática musical no processamento auditivo central. Método: Foi feita uma revisão sistemática conduzida conforme as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) e foram usadas as bases de dados Medline (Pubmed), Lilacs, SciELO, Bireme, Scopus, Web of Science. O período de busca dos artigos compreendeu os últimos 5 anos (2015 a 2020), sem restrição de idioma e localização. Foi feita avaliação da qualidade dos artigos, na qual se incluía artigos com nota mínima 6 em escala de qualidade modificada da literatura. Resultados: Inicialmente foram encontradas 1.362 publicações, das quais 1.338 foram excluídas na triagem do título, 15 excluídas pelo resumo, foram nove artigos analisados na íntegra e quatro deles excluídos após análise, pois não responderam à pergunta norteadora proposta para esta pesquisa. Foram admitidos para esta pesquisa cinco artigos que atendiam os critérios de inclusão propostos. Constatou-se que nos adultos a habilidade musical está associada ao melhor desempenho de várias habilidades do processamento auditivo, bem como o treinamento musical em crianças promoveu uma maturidade acelerada do processamento auditivo e a exposição à música facilitou o aprendizado das informações auditivas nos recém-nascidos. Conclusão: Considerando as evidências científicas, constatou-se que a experiência musical pode aprimorar habilidades específicas do processamento auditivo central, independentemente da idade, o que aprimora o desenvolvimento linguístico das crianças.
  • Dipirona na analgesia preventiva pós-operatória de tonsilectomia em crianças: revisão sistemática Artigo De Revisão

    Stangler, Maira Isis S.; Lubianca, João Pedro Neves; Lubianca, Jaqueline Neves; Lubianca Neto, José Faibes

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: A tonsilectomia é a 2ª cirurgia ambulatorial mais comum feita em crianças nos Estados Unidos da América. Sua principal complicação é a dor, cuja intensidade varia de moderada a intensa. A dipirona é um dos analgésicos mais usados no pós-operatório em crianças. Seu uso, entretanto, é controverso na literatura, a ponto de ser proibido em vários países devido aos seus potenciais efeitos adversos graves. Por causa dessa controvérsia, revisar o uso da dipirona como analgésico no pós-operatório de tonsilectomia em crianças é fundamental. Objetivo: Revisar o uso analgésico da dipirona no pós-operatório de tonsilectomia em crianças. Método: Revisão sistemática da literatura, envolveu a avaliação da qualidade dos artigos nas bases de dados Medline/Pubmed, Embase e Virtual Health Library, selecionados com estratégia de busca pré-estabelecida. Foram incluídos apenas estudos com desenho de ensaio clínico randomizado que avaliassem o uso de dipirona no pós-operatório de tonsilectomia em crianças. Resultados e conclusão: Foram encontrados apenas 2 ensaios clínicos randomizados. Ambos compararam dipirona, paracetamol e placebo. Não foi possível fazer a metanálise porque os estudos eram muito heterogêneos (dipirona foi usada como analgésico preventivo em um estudo e somente no pós-operatório em outro). O efeito analgésico da dipirona, medido através de escalas de dor validadas na infância, mostrou-se superior ao placebo e semelhante ao paracetamol. Parece que a dipirona apresenta um perfil adequado para uso em crianças. Entretanto, a escassez de ensaios clínicos randomizados que avaliem seu efeito analgésico nessa faixa etária leva à conclusão de que estudos mais bem delineados ainda são necessários para estabelecer o papel da dipirona no pós-operatório de tonsilectomia em crianças.
  • Ressecção endoscópica total de adenocarcinoma papilífero de baixo grau de nasofaringe: relato de caso Relato De Caso

    Compagnoni, Inaê M.; Lamounier, Lorena A.; Fontanini, Letícia; Silveira, Gabriela T.; Faria, Francesca M.; Reis, Maristella B. Francisco dos; Valera, Fabiana C.P.
  • Abscesso de septo nasal: localização incomum de amebíase extraintestinal Relato De Caso

    Yavuz, Haluk; Vural, Omer
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