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Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, Volume: 88, Número: 5, Publicado: 2022
  • Publicidade médica nas redes sociais Editorial

    Korn, Gustavo Polacow; Moraes, Vania Rosa; Prado, Virgilio
  • Efeito protetor da creatina na ototoxicidade induzida por amicacina Artigo Original

    Apaydın, Emre; Dağlı, Elif; Bayrak, Sevinç; Kankılıç, Ekrem Said; Şahin, Hasan; Acar, Aydın

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Os aminoglicosídeos são amplamente conhecidos por seus efeitos colaterais ototóxicos. No entanto, eles são antibióticos potentes usados no tratamento de doenças potencialmente fatais devido à atual preocupação com a resistência aos antimicrobianos. Nossa hipótese é que os suplementos de creatina, aos quais atribui-se um efeito benéfico sobre o sistema de defesa antioxidante mitocondrial e manutenção da homeostase energética ideal, possam melhorar os efeitos colaterais ototóxicos. Objetivo Investigar os efeitos protetores da creatina mono-hidratada contra a ototoxicidade induzida pela amicacina em ratos em um modelo experimental animal com o uso das emissões otoacústicas por produto de distorção e o potencial evocado auditivo de tronco encefálico. Método Vinte ratos saudáveis foram divididos em quatro grupos (5 ratos em cada): o grupo controle, o grupo creatina mono-hidratada, o grupo amicacina e o grupo amicacina + creatina mono-hidratada. O grupo creatina mono-hidratada recebeu creatina na dose de 2 g / kg uma vez ao dia por gavagem gástrica por 21 dias. O grupo amicacina recebeu amicacina na dose de 600 mg/kg por injeção intramuscular uma vez ao dia por 21 dias. O grupo amicacina + creatina mono-hidratada recebeu injeções intramusculares de amicacina (600 mg/kg) uma vez ao dia por 21 dias e creatina mono-hidratada (2 g/kg) uma vez ao dia por gavagem gástrica por 21 dias. O grupo controle nada recebeu. As medidas de emissões otoacústicas por produto de distorção e potencial evocado auditivo de tronco encefálico foram feitas em todos os ratos nos dias 0, 7, e 21. Resultados Em relação aos valores do potencial evocado auditivo de tronco encefálico, foi observado aumento significante dos limiares auditivos no grupo amicacina no 21° dia (p < 0,001). O grupo amicacina + creatina mono-hidratada apresentou níveis significantemente mais baixos de limiares auditivos de potencial evocado auditivo de tronco encefálico no dia 21 em comparação com o grupo amicacina (p < 0,001). Além disso, o grupo controle e o grupo amicacina + creatina mono-hidratada não diferiram significantemente em relação aos limiares de potencial evocado auditivo de tronco encefálico no 21° dia de tratamento (p > 0,05). Quando comparamos os valores de emissões otoacústicas por produto de distorção, não houve diferença significante entre os grupos amicacina e amicacina + creatina mono-hidratada no 7° dia (p > 0,05). No entanto, valores significantemente mais altos de emissões otoacústicas por produto de distorção foram observados no grupo amicacina + creatina mono-hidratada no 21° dia em comparação com o grupo amicacina p < 0,001). Conclusão O tratamento com creatina mono-hidratada protege contra a ototoxicidade da amicacina quando administrado em dose suficiente e por um período de tempo adequado.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Aminoglycosides are widely known for their ototoxic side effects. Nevertheless, they are potent antibiotics used in the treatment of life-threatening conditions because of the current concern for antibiotic resistance. We hypothesized that creatine supplements which are believed to improve mitochondrial antioxidant defense system and maintain optimal energy homeostasis may improve the ototoxic side effects. Objective This study aimed to investigate the protective effects of creatine monohydrate against ototoxicity induced by amikacin in rats in an experimental animal model, using distortion product otoacoustic emissions and auditory brainstem response. Methods Twenty healthy rats were assigned to four groups (5 rats in each): the control group, the creatine monohydrate group, the amikacin group and the amikacin + creatine monohydrate group. The creatine monohydrate group received creatine at a dose of 2 g/kg once daily via gastric gavage for 21 days. The amikacin group received amikacin at a dose of 600 mg/kg by intramuscular injections once daily for 21 days. The amikacin + creatine monohydrate group received intramuscular injections of amikacin (600 mg/kg) once daily for 21 days and creatine monohydrate (2 g/kg) once daily via gastric gavage for 21 days. The control group received nothing. The distortion product otoacoustic emissions and auditory brainstem response measurements were performed on all rats on days 0, 7, 21. Results Regarding auditory brainstem response values, a significant increase in the auditory threshold was observed in the amikacin group on day 21 (p < 0.001). The amikacin+creatine monohydrate group showed significantly lower levels of auditory brainstem response auditory thresholds on day 21 in comparison to the amikacin group (p < 0.001). Additionally, the control group and the amikacin+creatine monohydrate group did not differ significantly with respect to auditory brainstem response thresholds on treatment day 21 (p > 0.05). When we compare distortion product otoacoustic emissions values, there was no significant difference between the amikacin and amikacin+creatine monohydrate groups on day 7 (p > 0.05), However significantly greater distortion product otoacoustic emissions values were observed in the amikacin+creatine monohydrate group on day 21 compared to the amikacin group (p < 0.001). Conclusion Our findings demonstrate that creatine treatment protects against amikacin ototoxicity when given at a sufficient dose and for an adequate time period.
  • Tradução e validação do questionário da drooling impact scale para o português do Brasil Artigo Original

    Cavalcanti, Natália Silva; Sekine, Leo; Manica, Denise; Farenzena, Maurício; Saleh Neto, Cátia de Souza; Marostica, Paulo José Cauduro; Schweiger, Cláudia

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A produção inadequada de saliva pode causar sérios problemas clínicos, funcionais e sociais. Questionários validados para avaliar o impacto da salivação na qualidade de vida em português do Brasil são necessários. Objetivos Traduzir e validar a Drooling Impact Scale para o português do Brasil. Método A Drooling Impact Scale foi traduzida para português do Brasil e retrotraduzida para o inglês para avaliar possíveis diferenças conceituais. A versão em português do Brasil da Drooling Impact Scale foi aplicada a uma amostra de 40 pacientes pediátricos que apresentavam sialorreia (até 20 anos). Alfa de Cronbach, análise fatorial exploratória e análise fatorial confirmatória foram então feitos com os dados coletados. Resultados O valor médio da Drooling Impact Scale para toda a população foi de 51,77 (DP = 16,13). A consistência interna obtida com o alfa de Cronbach indicou um valor de 0,72 para toda a amostra. O teste de esfericidade de Bartlett foi significante (p < 0,0001), confirmou a correlação entre as variáveis testadas. A medida de adequação da amostra de Kaiser-Meyer-Olkin revelou um valor de 0,72, indicou que a matriz de correlação era razoavelmente adequada para a análise fatorial. Em relação à análise fatorial exploratória, a análise paralela sugeriu uma solução de dois fatores, que foi usada para a análise fatorial confirmatória. O primeiro fator foi responsável por 33,78% da variância com um autovalor de 3,38. O segundo fator explicou 16,1% da variância com um autovalor de 1,61. Na análise fatorial confirmatória, o modelo de dois fatores mostrou parâmetros de ajustes consistentemente melhores do que o modelo de um fator. Conclusão A Drooling Impact Scale foi traduzida com sucesso para o português do Brasil, apresentou validade interna adequada. A validação desse instrumento permite que médicos e outras pessoas envolvidas no cuidado desses pacientes façam um melhor manejo dos pacientes com sialorreia. Com essa ferramenta, agora somos capazes de orientar rotinas e fornecer orientações antes e depois dos diferentes tipos de tratamentos, a fim de melhorar o bem-estar geral do paciente e de sua família.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Inadequate drooling can cause serious clinical, functional and social problems. Validated questionnaires to evaluate drooling impact on quality of life are lacking in Brazilian Portuguese. Objectives To translate and validate the drooling impact scale to Brazilian Portuguese. Methods The drooling impact scale was translated to Brazilian Portuguese and back- translated to English to assess potential conceptual differences. Brazilian Portuguese version of drooling impact scale was applied to a 40 patients’ sample of sialorrhea presenting pediatric patients (up to 20 years of age). Chronbach’s alpha, exploratory factorial analysis and confirmatory factorial analysis were then proceeded with data collected. Results The mean drooling impact scale value for the whole population was 51.77 (SD = 16.13). The internal consistency obtained with Cronbach’s alpha indicated a value of 0.72 for the entire sample. The Bartlett’s test of sphericity was significant (p< 0.0001), confirming correlation among variables tested. Kaiser-Meyer-Olkin measure of sampling adequacy revealed a value of 0.72, indicating that the correlation matrix was reasonably suitable for factor analysis. Regarding exploratory factorial analysis, parallel analysis suggested a two-factor solution that was used for confirmatory factorial analysis. The first factor was responsible for 33.78% of the variance with an Eigenvalue of 3.38. The second factor explained 16.1% of the variance with an Eigenvalue of 1.61. At confirmatory factorial analysis, the two-factor model showed consistently better adjustments parameters than the one-factor model. Conclusion The drooling impact scale has been successfully translated to Brazilian Portuguese language, showing adequate internal validity. Validation of this instrument allows physicians and other personnel involved in the care of these patients to perform a better management of patients experiencing drooling. With this tool, we are now able to guide routines and provide guidelines both before and after the different kinds of treatments in order to improve the general well-being of the patient and his family.
  • Relação entre a morfologia do septo nasal e a gravidade dos sintomas de obstrução nasal: estudo de tomografia computadorizada Artigo Original

    Janovic, Natasa; Janovic, Aleksa; Milicic, Biljana; Djuric, Marija

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução O impacto da morfologia do septo nasal na gravidade dos sintomas obstrutivos nasais ainda não foi totalmente explorado. Objetivo Investigar se a morfologia do desvio do septo nasal avaliada pela tomografia computadorizada pode explicar a gravidade da obstrução nasal. Método O estudo incluiu 386 pacientes encaminhados para exame tomográfico de seios paranasais. Os critérios de seleção dos pacientes foram: ausência de anomalias faciais, trauma facial, cirurgia nasal e tumores nasossinusais. Imagens de tomografia computadorizada foram usadas para estimar a prevalência de desvios do septo nasal, a prevalência dos sete tipos de desvios do septo nasal de Mladina e para medir o ângulo do desvio septal. A gravidade da obstrução nasal foi avaliada pela escala Nasal Obstruction Symptom Evaluation, NOSE. A relação entre o escore da NOSE, a morfologia e o ângulo do desvio septal foi verificada por um modelo de regressão estatística em uma amostra reduzida de 225 pacientes. Resultados A prevalência de desvios do septo nasal foi de 92,7%. O desvio septal do tipo 7 foi o mais frequente (34,2%), seguido do tipo 5 (26,2%) e do tipo 3 (23,6%). Os piores escores da escala NOSE foram registrados nos desvios septais tipo 2 (45,00 ± 28,28). O ângulo médio do desvio em pacientes com obstrução nasal foi de 8,5° ± 3,24. Os escores da escala NOSE não foram significativamente associados aos tipos e ângulos do desvio septal. Conclusão Pacientes com tipos diferentes de desvios do septo nasal apresentam diferentes escores na escala NOSE. A morfologia do desvio septal à tomografia computadorizada não conseguiu explicar totalmente a gravidade da obstrução nasal.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction The impact of the nasal septum morphology on the severity of obstruction symptoms has not been fully explored. Objective This study aimed to investigate whether the morphology of the deviated nasal septum assessed by computed tomography may explain nasal obstruction severity. Methods The study included 386 patients who were referred to the computed tomography examination of the paranasal sinuses. Patient selection criteria were the absence of facial anomalies, facial trauma, nasal surgery, and sinonasal tumors. Computed tomography images were used to estimate deviated nasal septum prevalence, the prevalence of Mladina's seven types of deviated nasal septum, and to measure the deviated nasal septum angle. Nasal obstruction severity was assessed by the nasal obstruction symptom evaluation, NOSE scale. The relationship between NOSE score, deviated nasal septum morphology, and deviated nasal septum angle was performed by a statistical regression model on the reduced sample of 225 patients. Results The prevalence of deviated nasal septum was 92.7%. Type 7 deviated nasal septum was the most frequent (34.2%) followed by type 5 (26.2%) and type 3 (23.6%). The worst NOSE scores were recorded in the type 2 deviated nasal septum (45.00 ± 28.28). The mean deviated nasal septum angle in patients with nasal obstruction was 8.5° ± 3.24. NOSE scores were not significantly associated with deviated nasal septum types and angles. Conclusion Patients with different types of deviated nasal septum have different NOSE scores. Computed tomography morphology of the deviated nasal septum could not fully explain the severity of nasal obstruction.
  • Impacto do status da margem de ressecção e microcirurgia transoral a laser de revisão no câncer glótico inicial: análise da preservação do órgão e controle local da doença em uma coorte de 153 pacientes Artigo Original

    Saraniti, Carmelo; Montana, Francesca; Chianetta, Enzo; Greco, Giuseppe; Verro, Barbara

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A microcirurgia transoral a laser representa o tratamento de escolha para o câncer glótico inicial. Seu uso e sua eficácia estão relacionados principalmente à exposição laríngea e à profundidade da extensão do tumor. A avaliação histopatológica da margem cirúrgica representa uma das principais questões sobre a microcirurgia a laser transoral e excisão oncológica completa. Objetivo Analisar o impacto da cirurgia de revisão na preservação de órgãos e controle local da doença em pacientes com câncer glótico inicial tratados por microcirurgia a laser transoral. Método Fizemos um estudo retrospectivo em uma coorte de 153 pacientes com câncer glótico inicial (Tis, T1, T2) tratados por microcirurgia transoral a laser. As margens de ressecção foram classificadas da seguinte forma: livre, se a distância margem macroscópica-tumor fosse de pelo menos 2 mm; próxima, se fosse menor do que 2 mm; e positiva se a margem fosse afetada pelo carcinoma. Assim, os pacientes foram divididos em dois grupos: com margens de ressecção livres (grupo A) e com margens de ressecção positivas, próximas ou não avaliáveis (grupo B). O grupo A (36) foi submetido a seguimento periódico. O grupo B (117) foi submetido a uma cirurgia de revisão com laser de CO2 2 meses após a cirurgia. Quinze pacientes do grupo A com suspeita de persistência do carcinoma durante o seguimento foram submetidos a uma segunda ressecção a laser após um intervalo de 4 a 8 meses após a primeira cirurgia. A sobrevida global, a sobrevida livre de doença, a sobrevida doença-específica, o controle local final com laser isolado e as taxas de preservação de órgãos foram estimados. Resultados A taxa de sobrevida global em cinco anos e a sobrevida doença-específica em 5 anos foi de 100% em ambos os grupos. A taxa de preservação laríngea em cinco anos foi de 100% no grupo A e 95,2% no grupo B. A sobrevida livre de doença em cinco anos foi de 92,15% e o controle local final em 5 anos com laser isolado em 92,15% dos pacientes. Conclusões A revisão da microcirurgia transoral a laser é capaz de confirmar a radicalidade oncológica na maioria dos casos, mesmo em caso de margens positivas, próximas ou não avaliáveis. Considerando nossos resultados, de acordo com a nossa experiência, a cirurgia de revisão (second look) com laser de CO2 é uma estratégia terapêutica a ser pensada mesmo no caso de margens próximas ou não avaliáveis, bem como em margens positivas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Transoral laser microsurgery represents the treatment of choice for early glottic cancer. Its use and effectiveness are mainly related to laryngeal exposure and deep extension of tumor. Histopathologic assessment of surgical margin presents a main issue about transoral laser microsurgery and complete oncological excision. Objective The aim was to analyze the impact of revision surgery on organ preservation and local disease control in patients with early glottic cancer treated by transoral laser microsurgery. Methods We carried out a retrospective study on a cohort of 153 patients with early glottic cancer (Tis, T1, T2) treated by transoral laser microsurgery. Resection margins were classified as follows: “free” if macroscopic margin-tumor distance was at least 2 mm, as “close” if it was less than 2 mm and “positive” if the margin was involved by carcinoma. Patients were divided into two groups: patients with free resection margins (Group A) and patients with positive, close or not-evaluable resection margins (Group B). Group A (36) underwent periodic followup. Group B (117) underwent a second look laser CO2 2 months after surgery. Fifteen patients of Group A with suspected persistence of carcinoma during followup underwent a second laser resection after a time interval of 4-8 months after first surgery. Overall survival, disease-free survival, disease-specific survival, ultimate local control with laser alone and organ preservation rates were estimated. Results Five-year overall survival rate and 5-year disease-specific survival were 100% in both groups. The five-year laryngeal preservation rate was 100% in Group A and 95.2% in Group B. Five-year disease-free survival was 92.15% and 5-year ultimate local control with laser alone in 92.15% of patients. Conclusion This study has demonstrated that revision Transoral Laser Microsurgery is able to confirm the oncological radicality in most cases, even in the case of positive, close or non-evaluable margins. Considering our results, according to our experience, the second look with CO2 laser is a therapeutic strategy to consider, even in the case of close or non-evaluable as well as positive margins.
  • Avaliação do reflexo vestíbulo-ocular em pacientes com otite média crônica Artigo Original

    Tomaz, Andreza; Monsanto, Rafael da Costa; Cusin, Flavia Salvaterra; Kasemodel, Ana Luiza Papi; Penido, Norma de Oliveira

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Nos últimos anos, evidências científicas demonstraram que a otite média crônica se associa a alterações de equilíbrio e disfunção vestibular. Objetivo Comparar os resultados do teste do impulso cefálico por vídeo (ganho e simetria do reflexo vestíbulo-ocular e presença de sacadas cobertas e descobertas) em pacientes com otite média crônica e controles. Método Estudo transversal que envolveu pacientes com otite média crônica (grupo de estudo), entre 18 a 60 anos. Os pacientes no grupo estudo ainda foram divididos de acordo com o tipo de otite média crônica em (1) não supurativa, (2) supurativa e (3) colesteatomatosa. Para análise comparativa, selecionamos voluntários sem história de doenças otológicas e vestibulares (grupo controle), que obedeceram aos mesmos critérios de inclusão e exclusão do grupo de estudo. Os pacientes de ambos grupos foram submetidos ao teste de impulso cefálico por vídeo. Resultados O grupo estudo foi composto por 96 voluntários e o grupo controle por 61 indivíduos. A prevalência de sintomas vestibulares foi de 66% no grupo de estudo e 3,2% no grupo controle (p < 0,001). Os resultados mostram maior prevalência de alterações do ganho do reflexo vestíbulo-ocular (22,9%) e de sacadas corretivas (12,6%) no grupo otite média crônica em comparação ao grupo controle (p < 0,001). Apesar da maior prevalência de alterações de ganho, a média dos ganhos do reflexo vestíbulo-ocular dos grupos de otite média crônica estava dentro dos valores pré-definidos de normalidade; porém, a média do ganho do reflexo vestíbulo-ocular no canal semicircular anterior foi estatisticamente pior no grupo otite média crônica colesteatomatosa em comparação aos controles (p< 0,001). Em relação às sacadas corretivas, a prevalência de sacadas foi estatisticamente maior nos subgrupos otite média crônica supurativa e colesteatomatosa em comparação aos grupos não supurativa e controle (p = 0,004). Conclusão A otite média crônica se associa à maior prevalência de sintomas vestibulares e também maior prevalência de alterações no ganho e de sacadas corretivas em comparação a controles.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction In recent years, scientific evidence has shown that chronic otitis media may cause balance and vestibular dysfunction. Objective To compare the results of the video head impulse test (gain and symmetry of the vestibulo-ocular reflex and presence of covert and overt saccades) in patients with chronic otitis media and controls. Methods Cross-sectional study of patients with chronic otitis media (study group), aged between 18 and 60 years. The patients in the study group were further divided according to the chronic otitis media type as (1) non-suppurative, (2) suppurative, and (3) cholesteatomatous. For the comparative analysis, we selected volunteers with no history of ear and vestibular diseases (control group), who met the same inclusion and exclusion criteria as the study group. Patients in both groups underwent a video head impulse test. Results The study group consisted of 96 volunteers, and the control group of 61 individuals. The prevalence of vestibular symptoms was 66% in the study group and 3.2% in the control group (p< 0.001). The results show a higher prevalence of changes in the vestibulo-ocular reflex gain (22.9%) and corrective saccades (12.6%) in the chronic otitis media group compared to the control group (p< 0.001). Despite the higher prevalence of changes in gain, the average vestibulo-ocular reflex gains in the chronic otitis media groups were within the pre-defined values ​​of normality; however, the mean vestibulo-ocular reflex gain in the anterior semicircular canal was statistically worse in the cholesteatomatous chronic otitis media group compared to controls (p< 0.001). Regarding the corrective saccades, the prevalence of saccades was statistically higher in the suppurative and cholesteatomatous chronic otitis media subgroups compared to the non-suppurative and control groups (p= 0.004). Conclusion The present study demonstrated that chronic otitis media is associated with a higher prevalence of vestibular symptoms and also a higher prevalence of changes in gain and corrective saccades when compared to controls.
  • Fatores de risco para osteonecrose dos maxilares relacionada à medicação e níveis salivares de IL-6 em pacientes com câncer Artigo Original

    Kemp, Aristilia Pricila Tahara; Ferreira, Vitor Hugo Candido; Mobile, Rafael Zancan; Brandão, Thais Bianca; Sassi, Laurindo Moacir; Zarpellon, Amanda; Braz-Silva, Paulo Henrique; Schussel, Juliana Lucena

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A osteonecrose dos maxilares relacionada à medicação é uma complicação grave da terapia antirreabsortiva e antiangiogênica, com opção de tratamento limitada e grande impacto na qualidade de vida do paciente. Objetivo Avaliar os fatores de risco associados à osteonecrose dos maxilares relacionada à medicação em pacientes oncológicos em tratamento com bifosfonato Além disso, os níveis salivares de interleucina-6 (IL-6) foram medidos para investigar sua associação com a gravidade e o risco de osteonecrose dos maxilares relacionada à medicação. Método Estudo caso-controle com 74 pacientes com metástases ósseas de tumores sólidos e mieloma múltiplo. Os pacientes foram divididos em três grupos: 1) em tratamento por bifosfonato com osteonecrose dos maxilares relacionada à medicação; 2) submetidos ao bifosfonato sem osteonecrose dos maxilares relacionada à medicação; e 3) pré-tratamento de bifosfonato. Os dados demográficos e médicos dos pacientes foram coletados para avaliar o risco. A avaliação clínica foi feita para diagnosticar osteonecrose dos maxilares relacionada à medicação e a saliva não estimulada foi coletada para quantificação da IL-6. Resultados Observou-se que os pacientes diagnosticados com osteonecrose dos maxilares relacionada à medicação foram submetidos a maior número de doses de bifosfonato (p = 0,001) e protocolo de infusão mensal (p = 0,044; OR = 7,75). Pacientes que não tiveram acompanhamento de rotina com dentistas especializados durante a terapia com bifosfonato e tabagismo foram associados ao osteonecrose dos maxilares relacionada à medicação (p = 0,019; OR = 8,25 e p = 0,031; OR = 9,37, respectivamente). O grupo 1 apresentou maior frequência de tratamento com quimioterapia e corticosteroides concomitantes ao bifosfonato e procedimentos odontológicos cirúrgicos (p = 0,129). Os níveis salivares de IL-6 não apresentaram diferença estatisticamente significante entre os grupos (p = 0,571) ou associação com a gravidade do osteonecrose dos maxilares relacionada à medicação (p = 0,923). Conclusão Maior número de ciclos de bifosfonato, protocolo de infusão mensal, ausência de acompanhamento odontológico para manutenção da saúde bucal e tabagismo foram associados ao osteonecrose dos maxilares relacionada à medicação. O acompanhamento odontológico especializado durante o tratamento demonstrou ser importante na prevenção dessa complicação.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Medication-related osteonecrosis of the jaws is a severe complication of the use of antiresorptive and antiangiogenic therapy, with limited treatment options and great impact on patient’s quality pf life. Objective The aim of this study was to assess the risk factors associated with medication-related osteonecrosis of the jaws in oncologic patients undergoing bisphosphonate treatment. In addition, salivary levels of interleukin-6, IL-6, were measured to investigate their association with severity and risk of medication-related osteonecrosis of the jaws. Methods Case-control study with 74 patients with bone metastases from solid tumors and multiple myeloma was included. Patients were divided into three groups: 1) those undergoing bisphosphonate treatment with medication-related osteonecrosis of the jaws; 2) those undergoing bisphosphonate without medication-related osteonecrosis of the jaws; and 3) those with bisphosphonate pretreatment. The demographic and medical data of the patients were collected to assess risk. The clinical evaluation was performed to diagnose medication-related osteonecrosis of the jaws and unstimulated saliva was collected for quantification of IL-6. Results As result, it was observed that patients diagnosed with medication-related osteonecrosis of the jaws were submitted to higher number of bisphosphonate doses (p= 0.001) and monthly infusion protocol (p= 0.044; OR = 7.75). Patients who did not have routine followup with specialized dentists during therapy with bisphosphonate and smoking were associated with medication-related osteonecrosis of the jaws (p= 0.019; OR = 8.25 and p= 0.031; OR = 9.37 respectively). Group 1 had a higher frequency of treatment with chemotherapy and corticosteroids concomitant with bisphosphonate, and surgical dental procedures (p= 0.129). Salivary IL-6 levels showed no statistically significant difference between the groups (p= 0.571) or association with medication-related osteonecrosis of the jaws severity (p= 0.923). Conclusion A higher number of bisphosphonate cycles, monthly infusion protocol, no dental follow-up for oral health maintenance and smoking were associated with medication-related osteonecrosis of the jaws. Specialized dental follow up during bisphosphonate treatment has been shown to be an important factor in preventing this complication.
  • Estudo comparativo da confiabilidade entre marcadores inflamatórios e PET/TC com 18F-FDG no monitoramento da osteomielite da base do crânio Artigo Original

    Faizal, Bini; Surendran, Bhavya; Kumar, Madhumita

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução O endpoint do tratamento da osteomielite da base do crânio ainda é uma questão de debate. Um tratamento baseado apenas em sintomas é sujeito a altas taxas de recorrência. Por outro lado, embora sejam mais informativos, o uso dos exames de imagem tem sido cada vez mais restringido. Os marcadores inflamatórios como a proteína-C reativa e a velocidade de hemossedimentação, VHS, comumente usados, precisam de uma avaliação detalhada para aprimorar sua utilidade. Objetivos Comparar a acurácia diagnóstica de marcadores inflamatórios em relação à tomografia computadorizada por emissão de pósitrons, PET-TC, no monitoramento de osteomielite da base do crânio. O objetivo secundário foi obter um valor de corte desses marcadores para decidir sobre o momento da interrupção do antibiótico. Método Um estudo de coorte prospectivo foi conduzido em um centro de atendimento terciário com 51 pacientes com osteomielite da base do crânio que atendiam aos critérios de elegibilidade. Os pacientes com diagnóstico de osteomielite da base do crânio foram monitorados semanalmente por meio de exames seriados de marcadores e PET-CT após o início do tratamento. O exame de imagem foi feito em 6 a 8 semanas de tratamento e repetido se necessário. O período de acompanhamento variou de 6 semanas a 15 meses. As medidas de desfecho estudadas foram os valores dos marcadores inflamatórios e a atividade metabólica obtida por PET-CT quando o paciente se tornou assintomático e quando estava livre da doença. Resultados Proteína-C reativa e VHS apresentaram uma correlação estatisticamente significante com a atividade da doença ao PET-TC como marcadores prognósticos. Ambos mostraram boa correlação clínica. Um valor de corte de ≤ 3,6 mg/L para proteína-C reativa e ≤ 35 mm/hora para VHS foi considerado como normalizado. Conclusão Um valor normalizado consistente de proteína-C reativa e VHS por 8 a 12 semanas em um paciente assintomático pode ser um indicador de doença controlada, embora não de cura. Portanto, o uso apenas nesses marcadores para a interrupção do antibiótico pode ser causa de recidiva. Eles devem ser usados com cautela quando não há acesso a exames mais específicos. Em centros de atendimento terciários, o seguimento com exames de imagem pode ser feito com base nos títulos desses marcadores inflamatórios, o que limita a exposição dos pacientes à radiação.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction The end point of treatment in skull base osteomyelitis is a matter of debate. A treatment based on symptoms alone is fraught with recurrence. There is a need to restrict imaging though more informative. The inflammatory markers like C-reactive protein and erythrocyte sedimentation rate used commonly need a detailed evaluation to optimize its utility. Objectives To compare the diagnostic accuracy of inflammatory markers with a hybrid PET scan in monitoring skull base osteomyelitis. The secondary objective was to obtain a cut-off value of these markers to decide upon antibiotic termination. Methods A prospective cohort study was conducted in a tertiary care center with fifty-one patients with skull base osteomyelitis meeting eligibility criteria. Patients diagnosed with skull base osteomyelitis were serially monitored with weekly markers and PET scan after the initiation of treatment. A hybrid scan was taken at 6-8 weeks of treatment and repeated if required. The follow-up period varied from 6 weeks to 15 months. The outcome measures studied were the values of markers and the metabolic activity of PET scan when the patient became asymptomatic and when disease-free. Results C-reactive protein and erythrocyte sedimentation rate had a statistically significant correlation to disease activity in PET tomography scan as a prognostic marker. Both showed good clinical correlation. A cut off value of ≤ 3.6 mg/L for C-reactive protein and ≤ 35 mm/hour for erythrocyte sedimentation rate were taken as normalized values. Conclusion A consistent normalized value of C-reactive protein and erythrocyte sedimentation rate for 8-12 weeks in an asymptomatic patient may be an indicator of disease control, though not cure. So, relying solely on markers alone for antibiotic termination may cause relapse. It may be used cautiously in a peripheral setting without access to more specific hybrid scans. In a tertiary care, follow-up scans may be done based on the titres, thereby limiting the radiation exposure.
  • Alterações morfológicas e patológicas da mucosa da tuba auditiva em um modelo animal de otite média eosinofílica Artigo Original

    Yang, Jinsong; Zhao, Chunli; Chen, Peiwei; Zhao, Shouqin

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A otite média eosinofílica é uma doença relativamente comum de orelha média; entretanto, sua patogênese é ainda obscura, assim como o tratamento. Objetivo Observar as alterações histopatológicas e ultraestruturais do epitélio da mucosa da tuba auditiva em ratos com otite média eosinofílica e investigar a sua patogênese. Método Os animais foram injetados intraperitonealmente com 2.000 mg de ovalbumina e 100 mg de hidróxido de alumínio (alúmen) no dia 0, seguido por 100 mg de ovalbumina e 100 mg de injeção de alúmen nos dias 7 e 14. Em seguida, receberam um reforço tópico através de uma aplicação diária de 100 mg da solução por gotejamento nasal e injeção intratimpânica de 0,1 mL de ovalbumina (1000 mg/mL) na orelha direita (grupo A, n = 80) e 0,1 mL de solução salina na orelha esquerda como controle (grupo B, n = 80), começou no dia 21 e continuou por 14 dias. Os ossos temporais foram dissecados nos dias 35, 38, 41 e 43 separadamente sob anestesia. Foram usadas microscopia eletrônica de varredura e coloração com hematoxilina-eosina e azul de toluidina para observar as alterações histopatológicas e morfológicas das amostras coradas de mucosa da tuba auditiva. Além disso, células inflamatórias e cílios foram contados. Resultados O epitélio da tuba auditiva no grupo A estava edematoso e espessado. Os cílios estavam dispostos de forma desordenada e parcialmente destacados. Os eosinófilos infiltraram a camada submucosa da tuba auditiva e seu número aumentou significantemente em comparação ao grupo B (p < 0,05). Simultaneamente, degranulação dos mastócitos foi observado no grupo A. A microscopia eletrônica de varredura mostrou que os cílios estavam depositados e reunidos ao longo de todo o comprimento da tuba auditiva no grupo A. A densidade das células ciliadas foi significantemente menor do que no grupo B (p < 0,01). Conclusão No modelo de otite média eosinofílica, a alergia causou alterações significativas à histopatologia e na morfologia da mucosa da tuba auditiva, afetou a função normal dela, o que desempenhou um papel importante na ocorrência e no desenvolvimento da otite média eosinofílica.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Eosinophilic otitis media is an intractable otitis media and a fairly common middle ear disease. However, the pathogenesis of eosinophilic otitis media is obscure. Objective To observe the pathological and ultrastructural changes of the Eustachian tube mucosal epithelium in rats with eosinophilic otitis media and further explore the pathogenesis of eosinophilic otitis media. Methods Animals were intraperitoneally injected with 2000 mg ovalbumin and 100 mg aluminum hydroxide (alum) on day 0, followed by 100 mg ovalbumin and 100 mg alum injection on days 7 and 14. Next they were topically boosted by daily application of 100 mg ovalbumin solution via nasal drip and intratympanic injection of 0.1 mL ovalbumin (1000 mg/mL) in the right ear (group A, n = 80) and 0.1 mL saline in the left ear as control (group B, n = 80) starting on day 21 and continuing for 14 days. The temporal bones were dissected on the 35th, 38th, 41st and 43rd day separately under anesthesia. Scanning electron microscopy, hematoxylin-eosin and toluidine blue staining were used to observe the pathological and morphological changes of Eustachian tube mucosa stained samples. Moreover, inflammatory cells and cilia were counted. Results The epithelium of the Eustachian tube in group A was swollen and thickened. The cilia were arranged in a disorderly manner and partially detached. Eosinophils infiltrated the submucosal layer of the Eustachian tube, and their number increased significantly compared with that in group B (p< 0.05). Simultaneously, mast cell degranulation was observed in group A. Scanning electron microscopy revealed that the cilia were lodged and gathered along the whole length of Eustachian tube in group A. Ciliated cell density was significantly lower than that in Group B (p< 0.01). Conclusion In the eosinophilic otitis media model, allergy caused significant changes in pathology and morphology of the Eustachian tube mucosa, affecting the normal function of the Eustachian tube which played an important role in the occurrence and development of eosinophilic otitis media.
  • Uma nova manobra para diagnóstico e tratamento de nistagmo vertical para baixo com componente de torção: forma apogeotrópica da VPPB do canal anterior e canal posterior Artigo Original

    Garaycochea, Octavio; Pérez-Fernández, Nicolás; Manrique-Huarte, Raquel

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Em pacientes com vertigem posicional paroxística benigna, VPPB, um nistagmo vertical para baixo com componente de torção pode ser provocado no teste head hanging supino executado na posição reta ou no teste de Dix-Hallpike para qualquer um dos lados. Esse tipo de nistagmo pode ser explicado por uma VPPB do canal anterior ou por uma variante apogeotrópica da VPPB do canal posterior contralateral. Até agora, todas as manobras terapêuticas propostas abordam apenas uma possibilidade, sem antes fazer um diagnóstico diferencial claro entre elas. Objetivo Propor uma nova manobra para nistagmo vertical para baixo com componente de torção com uma lateralização clara que leve em consideração os dois diagnósticos possíveis, VPPB do canal anterior e VPPB do canal posterior. Método Um estudo de coorte prospectivo foi conduzido em 157 pacientes consecutivos com VPPB. A nova manobra foi feita apenas nos pacientes com nistagmo vertical para baixo com componente de torção, com lateralização nítida. Resultados Vinte pacientes (12,7%) foram diagnosticados com nistagmo vertical para baixo com componente de torção. A manobra foi feita em 10 (6,35%) pacientes, nos quais o lado afetado foi claramente determinado. Sete (4,45%) pacientes foram diagnosticados com VPPB do canal anterior e tratados com sucesso. Dois (1,25%) pacientes foram diagnosticados com VPPB do canal posterior e tratados com sucesso com a manobra de Epley após sua conversão para VPPB geotrópica de canal posterior. Conclusão Essa nova manobra mostrou-se eficaz na resolução de todos os casos de VPPB com nistagmo vertical para baixo com componente de torção causada por VPPB do canal anterior. E na mudança de forma controlada dos casos de VPPB do canal posterior do lado contralateral para uma VPPB geotrópica de canal posterior tratada com sucesso durante a consulta de seguimento. Além disso, essa nova manobra auxiliou no diagnóstico diferencial entre a VPPB do canal anterior e a VPPB do canal posterior contralateral.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction In patients with benign paroxysmal positional vertigo, BPPV; a torsional-vertical down beating positioning nystagmus can be elicited in the supine straight head-hanging position test or in the Dix-Hallpike test to either side. This type of nystagmus can be explained by either an anterior canal BPPV or by an apogeotropic variant of the contralateral posterior canal BPPV Until now all the therapeutic maneuvers that have been proposed address only one possibility, and without first performing a clear differential diagnosis between them. Objective To propose a new maneuver for torsional-vertical down beating positioning nystagmus with a clear lateralization that takes into account both possible diagnoses (anterior canal-BPPV and posterior canal-BPPV). Methods A prospective cohort study was conducted on 157 consecutive patients with BPPV. The new maneuver was performed only in those with torsional-vertical down beating positioning nystagmus with clear lateralization. Results Twenty patients (12.7%) were diagnosed with a torsional-vertical down beating positioning nystagmus. The maneuver was performed in 10 (6.35%) patients, in whom the affected side was clearly determined. Seven (4.45%) patients were diagnosed with an anterior canal-BPPV and successfully treated. Two (1.25%) patients were diagnosed with a posterior canal-BPPV and successfully treated with an Epley maneuver after its conversion into a geotropic posterior BPPV. Conclusion This new maneuver was found to be effective in resolving all the cases of torsional-vertical down beating positioning nystagmus-BPPV caused by an anterior canal-BPPV, and in shifting in a controlled way the posterior canal-BPPV cases of the contralateral side into a geotropic-posterior-BPPV successfully treated during the followup visit. Moreover, this new maneuver helped in the differential diagnosis between anterior canal-BPPV and a contralateral posterior canal-BPPV.
  • Papel prognóstico da relação neutrófilo-linfócito no carcinoma espinocelular da laringe: uma metanálise Artigo Original

    Zhao, Yahui; Qin, Jiangbo; Qiu, Zhaofeng; Guo, Jianzhou; Chang, Wei

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Novas evidências sugerem que a relação neutrófilo-linfócito está associada ao prognóstico de vários carcinomas, mas a relação neutrófilo-linfócito no carcinoma espinocelular da laringe ainda permanece controversa. Objetivo Esclarecer a eficácia prognóstica da relação neutrófilo-linfócito no carcinoma espinocelular de laringe. Método De acordo com as diretrizes de metanálise, conduzimos uma busca nas bases de dados Embase, PubMed, e Cochrane Library. A relação neutrófilo-linfócito de pacientes com carcinoma espinocelular de laringe foi avaliado com a diferença de médias padronizadas e intervalo de confiança. A sobrevida global, sobrevida livre de doença e sobrevida livre de progressão de pacientes com carcinomaespinocelular de laringe foram expressas pelo método da diferença de médias padronizadas e intervalo de confiança. A razão de risco do intervalo de confiança 95% foi usada como um índice de avaliação para pacientes com carcinoma espinocelular de laringe. Resultados Oito estudos, que incluíram 1.780 pacientes, usaram uma variedade de valores finais diferentes para classificar a relação neutrófilo-linfócito (intervalo de 1,78-4,0). Entre os oito estudos que relataram a razão de risco de sobrevida global, o maior valor médio foi de 2,72 e 2 de 4 estudos relataram resultados com sobrevida livre de doença. O valor crítico de relação neutrófilo-linfócito e deterioração da sobrevida global (razão de risco = 1,68, intervalo de confiança 95% 1,43-1,99, p ˂ 0,001), sobrevida livre de doença (razão de risco = 2,09, intervalo de confiança 95% 1,62-2,6, p ˂ 0,001) e sobrevida livre de progressão (razão de risco = 1,92, intervalo de confiança 95% 1,75-2,10, p ˂ 0,001) foi associado com carcinoma espinocelular de laringe. A relação neutrófilo-linfócito tem valor prognóstico para carcinoma espinocelular de laringe. Conclusão Os resultados da metanálise mostraram que o aumento da relação neutrófilo-linfócito estava relacionado ao mau prognóstico do carcinoma espinocelular de laringe. A relação neutrófilo-linfócito pode servir como um biomarcador custo-efetivo de prognóstico do carcinoma espinocelular de laringe. Entretanto, mais estudos prospectivos de alta qualidade são necessários para avaliar a sua praticabilidade.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction New evidence suggests that the ratio of neutrophils to lymphocytes is associated with the prognosis of other carcinoma, but the ratio of neutrophils to lymphocytes in laryngeal squamous cell carcinoma remains controversial. Objective The objective of this meta-analysis was to clarify the prognostic effectiveness of the ratio of neutrophils to lymphocytes in laryngeal squamous cell carcinoma. Methods According to the meta-analysis of the free guide, we searched EMBASE, Pubmed, the Cochrane Library databases. The ratio of neutrophils to lymphocytes of laryngeal squamous cell carcinoma patients was evaluated using mean standard vehicle and confidence interval. The overall survival, disease-free survival and progression free survival of patients with laryngeal squamous cell carcinoma were expressed by standard mean carrier method and confidence interval. The risk ratio of 95% confidence interval was used as an evaluation index for patients with laryngeal squamous cell carcinoma. Results Eight studies, including 1780 patients, used a variety of different end values to classify the ratio of neutrophils to lymphocytes (range 1.78-4.0). Among the eight studies that reported risk ratio of the overall survival, the higher median value was 2.72, and 2 of 4 studies reported disease-free survival results. The critical value of ratio of neutrophils to lymphocytes and overall survival deterioration (risk ratio = 1.68, 95% confidence interval 1.43-1.99, p< 0.001), disease-free survival (risk ratio = 2.09, 95% confidence interval 1.62-2.6, p< 0.001) and progression free survival (risk ratio = 1.92, 95% confidence interval 1.75-2.10, p< 0.001) was associated with with laryngeal aquamous cell carcinoma. The ratio of neutrophils to lymphocytes had prognostic value for laryngeal squamous cell carcinoma. Conclusion The results of this meta-analysis showed that the increase of neutrophils to lymphocytes ratio was related to poor prognosis of laryngeal squamous cell carcinoma. The neutrophils to lymphocytes ratio may serve as a cost-effective prognostic biomarker of poor prognosis of laryngeal squamous cell carcinoma. More high-quality prospective trials are needed to assess the practicability of evaluating the ratio of neutrophils to lymphocytes in laryngeal squamous cell carcinoma.
  • Validação do teste de olfato de Connecticut (CCCRC) adaptado para o Brasil Artigo Original

    Fenólio, Guilherme H.M.; Anselmo-Lima, Wilma T.; Tomazini, Gabriela C.; Compagnoni, Inaê M.; Amaral, Maria S.A. do; Fantucci, Marina Z.; Peixoto, Pedro P.L.; Guimarães, Alessandro F.; Guimarães, Roberto E.S.; Sakano, Eulália; Valera, Fabiana C.P.; Tamashiro, Edwin

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Alterações olfativas são bastante comuns na população, causam significativo impacto na qualidade de vida. A documentação da função olfatória é fundamental para o diagnóstico, tratamento e seguimento de pacientes que cursam com doenças inflamatórias das vias aéreas superiores, neurodegenerativas ou infecções virais. Entre os diferentes testes de olfato existentes, o teste do Connecticut Chemosensory Clinical Research Center (CCCRC) é barato, de fácil aplicação, mas que ainda não foi avaliado em grande escala para a população brasileira. Objetivo Validar o teste de olfato CCCRC com adaptação para a população brasileira, avaliar o desempenho de voluntários saudáveis e a estabilidade do teste em retestes. Método Neste estudo fizemos adaptação cultural do teste CCCRC para o Brasil. Para validação e determinação dos escores de normalidade, aplicamos o teste em 334 voluntários saudáveis, com mais de 18 anos. O reteste foi ainda feito em até quatro semanas em 34 voluntários adicionais para avaliar concordância dos resultados. Resultados Avaliando o desempenho dos participantes, valores de normosmia e hiposmia leve foram obtidos em mais de 95% deles. Mulheres (58,4%) apresentaram melhor acurácia em relação aos homens (41,6%), p< 0,02; e indivíduos acima dos 60 anos apresentaram pior desempenho (mediana: 6; percentil 75: 6,5; percentil 25: 5). O teste e reteste dos 34 voluntários demonstrou que houve concordância (coeficiente de correlação intraclasse, CCI) considerada boa em narina esquerda (CCI = 0,65) e excelente em narina direita (CCI = 0,77) no escore combinado. Conclusão O teste CCCRC adaptado para o Brasil apresentou valores de normalidade semelhantes ao teste originalmente descrito e a validações em outros países, com alta taxa de reprodutibilidade. Considerando a relação custo-benefício altamente favorável, o CCCRC adaptado é uma ferramenta muito útil para mensuração da função olfatória na população brasileira.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Olfactory changes are quite common in the population, causing a significant impact on the quality of life. Documentation of the olfactory function is essential for the diagnosis, treatment and follow-up of patients with inflammatory diseases of the upper airways, neurodegenerative diseases or viral infections. Among the different existing smell tests, the CCCRC is an inexpensive test, easy to apply, but it has not yet been evaluated on a large scale in the Brazilian population. Objective To validate the CCCRC smell test, after adaptation for the Brazilian population, evaluating the performance of healthy volunteers and the stability of the test in retests. Methods In this study, we carried out a cultural adaptation of the CCCRC test to Brazil. To validate and determine the normality scores, we applied the test to 334 healthy volunteers, aged >18 years of age. The retest was also carried out in up to four weeks on 34 additional volunteers to assess validity of the results. Results When evaluating the participants’ performance, normosmia and mild hyposmia values were obtained in more than 95% of them. Women (58.4%) showed better accuracy than men (41.6%): p < 0.02, and individuals over 60 years of age showed worse performance (median: 6; 75th percentile: 6.5; 25th percentile). The test and retest of the 34 volunteers demonstrated that there was agreement (ICC, intraclass correlation coefficient) considered good in the left nostril (ICC = 0.65) and excellent in the right nostril (ICC = 0.77) in the combined score. Conclusion The CCCRC test adapted to Brazil showed normal values, similar to the originally-described test and validations in other countries, with a high reproducibility rate. Considering the highly favorable cost-benefit ratio, the adapted CCCRC is a very useful tool for measuring olfactory function in the Brazilian population.
  • Diagnóstico e tratamento da VPPB de braço curto do canal semicircular posterior Artigo Original

    Ping, Lin; Yi-fei, Zhou; Shu-zhi, Wu; Yan-yan, Zheng; Xiao-kai, Yang

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A manobra de Epley é útil para o retorno da otocônia do braço longo do canal semicircular posterior para o utrículo. Diferentes manobras são necessárias para mover a otocônia para fora do braço curto do canal semicircular posterior e para dentro do utrículo. Objetivo Diagnosticar a VPPB do tipo braço curto do canal semicircular posterior e tratá-la com a manobra de incline and balance. Método Foram diagnosticados 171 casos como VPPB de canal semicircular posterior com base na manobra de Dix-Hallpike positiva. Primeiro tentamos tratar os pacientes com a manobra de incline and balance e, em seguida, executamos a manobra de Dix-Hallpike novamente. Se a repetição da manobra de Dix-Hallpike desse resultados negativos, diagnosticávamos o paciente como VPPB do canal semicircular posterior do tipo braço curto e considerávamos que ele ou ela havia sido curado pela manobra de incline and balance; caso contrário, provavelmente o paciente apresentava VPPB do canal semicircular posterior do tipo braço longo e tratávamos o paciente com a manobra de Epley. Resultados Aproximadamente 40% dos casos foram curados pela manobra de incline and balance, com resultados negativos nas manobras de Dix-Hallpike repetidas, e foram diagnosticados com litíase de braço curto. Conclusão A VPPB de canal semicircular posterior do tipo braço curto pode ser diagnosticada e tratada de maneira conveniente e confortável.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction The Epley maneuver is useful for the otoconia to return from the long arm of the posterior semicircular canal into the utricle. To move otoconia out of the posterior semicircular canal short arm and into the utricle, we need different maneuvers. Objective To diagnose the short-arm type BPPV of the posterior semicircular canal and treat them with bow-and-yaw maneuver. Methods 171 cases were diagnosed as BPPV of the posterior semicircular canal based on a positive Dix-Hallpike maneuver. We first attempted to treat patients with the bow-and-yaw maneuver and then performed the Dix-Hallpike maneuver again. If the repeated Dix-Hallpike maneuver gave negative results, we diagnosed the patient with the short-arm type of BPPV of the posterior semicircular canal and considered the patient to have been cured by the bow-and-yaw maneuver; otherwise, probably the long-arm type BPPV of the posterior semicircular canal existed and we treated the patient with the Epley maneuver. Results Approximately 40% of the cases were cured by the bow-and-yaw maneuver, giving negative results on repeated Dix-Hallpike maneuvers, and were diagnosed with short-arm lithiasis. Conclusion The short-arm type posterior semicircular canal BPPV can be diagnosed and treated in a convenient and comfortable manner.
  • Cintilografia com sestamibi na paratireoidectomia renal: um exame pré‐operatório que vale a pena? Artigo Original

    Neves, Murilo Catafesta das; Abrahão, Augusto Riedel; Abrahão, Marcio; Rosano, Marcello; Rocha, Lillian Andrade da; Machado, Hanna Karla Andrade Guapyassu; Santos, Rodrigo Oliveira

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução O tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo relacionado à doença renal crônica é um verdadeiro desafio para a saúde pública brasileira. Medicamentos de alto custo e longas filas de espera para exames pré‐operatórios, principalmente a cintilografia com tecnécio Tc‐99m Sestamibi, MIBI, são alguns dos motivos. Apesar da contribuição de exames de localização ser questionável nesse cenário, os médicos ficam muito apreensivos por fazer uma cirurgia sem ele. Objetivo Avaliar a eficácia da cirurgia para hiperparatireoidismo renal sem o MIBI pré‐operatório. Método Foram tratados cirurgicamente 114 pacientes. A paratireoidectomia total com autotransplante e a paratireoidectomia subtotal foram feitas sem MIBI pré‐operatório. Resultados e conclusão Entre os 114 pacientes submetidos à cirurgia, 37 apresentavam hiperparatireoidismo secundário em reposição dialítica e 77 doença persistente pós‐transplante renal. Tivemos sucesso em 107 casos, com apenas 7 falhas (93,8% de taxa de sucesso). Entre essas falhas, uma glândula paratireoide não foi encontrada em 4 casos, 2 glândulas paratireoides não foram encontradas em 2 casos e em um paciente as 4 glândulas foram encontradas, mas ele permaneceu hipercalcêmico com diagnóstico pós‐operatório de glândula paratireoide supranumerária. A cirurgia para tratamento do hiperparatireoidismo renal mostrou‐se um procedimento eficaz (93,8%) e reprodutível mesmo sem MIBI.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Surgical treatment of hyperparathyroidism related to chronic kidney disease is a real challenge for Brazilian public health care. High cost medications and long waiting lines to perform preoperative exams, especially technetium Tc 99m Sestamibi (MIBI) are some of the reasons. Despite the reality that the aid of localization exams are questionable in this scenario, doctors are too apprehensive in performing surgery without it. Objective The study aimed at evaluating the efficacy of surgery for renal hyperparathyroidism without preoperative MIBI. Methods A total of 114 patients were surgically treated. Total parathyroidectomy with autotransplantation and subtotal parathyroidectomy were carried out without preoperative MIBI. Results and conclusion Among the 114 patients undergoing surgery, 37 had secondary hyperparathyroidism in dialysis replacement, and 77 patients had post-renal transplant persistent disease. We were successful in 107 cases with only 7 failures (93.8% of success rate). Among these failures, only one parathyroid gland was not found in 4 cases, 2 parathyroid glands were not found in 2 cases and in 1 patient the 4 glands were found but this patient remained hypercalcemic and a postoperative diagnosis of supernumerary parathyroid gland was made. Surgery for treatment of renal hyperparathyroidism proved to be an effective (93.8%) and reproductible procedure, even without MIBI.
  • Retalho do músculo masseter para reconstrução de defeitos intraorais em pacientes com câncer inicial de partes póstero‐inferiores da cavidade oral Artigo Original

    Rajani, B.C.; Nadimul, Hoda; Subhabrata, Ghosh; Sabitha, K.S.; Vinitha, Annavarjula; Vasantha Dhara, B.

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Os carcinomas iniciais da cavidade oral nas regiões póstero‐inferiores representam um desafio para a reconstrução devido à falta de suporte muscular abaixo da região e ao espaço limitado disponível para o uso de alguns dos retalhos mais empregados. Objetivo Avaliar a eficácia do retalho do músculo masseter de base superior na reconstrução de defeitos intraorais pós‐ablação em pacientes com carcinoma oral inicial da parte póstero‐inferior da cavidade oral. Método Um retalho do músculo masseter de base superior foi usado para reconstruir o defeito intraoral pós‐cirúrgico em 60 pacientes com carcinoma espinocelular inicial (T < 4 cm) localizado na parte póstero‐inferior da cavidade oral. Os pacientes foram acompanhados após uma semana e um mês de pós‐operatório para verificação da viabilidade do retalho, complicações, alteração na abertura bucal e desvio da mandíbula na abertura bucal. Para descartar recidiva nos retalhos do masseter, os pacientes foram acompanhados por um ano. Resultados O retalho foi viável em todos os pacientes e foi submetido à mucolização; 7/60 pacientes tiveram infecções pós‐operatórias, enquanto 2/60 pacientes desenvolveram uma fístula orocutânea que exigiu um procedimento corretivo secundário. A média ± desvio‐padrão da alteração na abertura da boca em uma semana de pós‐operatório foi + 1,917 ± 3,36 mm, que aumentou para + 2,633 ± 2,95 mm em um mês de pós‐operatório. O teste de Friedman revelou que houve uma alteração estatisticamente significante na abertura da boca do período pré‐operatório para os períodos de uma semana e um mês de pós‐operatório (p = 0,000). Pacientes do sexo feminino apresentaram maior melhoria na abertura da boca no pós‐operatório. O desvio ipsilateral da mandíbula na abertura da boca ficou entre 0 a 5 mm em 39 pacientes, 5 a 10 mm em 17 pacientes e mais de 10 mm em 4 pacientes. Não foram observadas recidivas nos retalhos de masseter usados. Conclusão O retalho do músculo masseter com base superior é um método confiável para reconstrução em casos de câncer oral inicial, produz bons resultados funcionais e resultados cosméticos aceitáveis com complicações pós‐operatórias insignificantes.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Early carcinomas of the oral cavity in the posterior-inferior regions poses a challenge for reconstruction due to the lack of muscle support underneath and the limited space available to use some of the frequently-used flaps. Objective This study was done to evaluate the efficacy of the superiorly based masseter muscle flap in reconstruction of intra-oral post- ablation defects in patients with early oral carcinoma of the posterior-inferior part of the oral cavity. Methods A superiorly based masseter muscle flap were used to reconstruct the post-surgical intra- oral defect in 60 patients with early squamous cell carcinoma (T < 4 cm) of the posterior-inferior part of the oral cavity. The patients were followed up at 1-week and 1-month postoperatively to check for flap viability, complications, change in mouth opening and deviation of the mandible on mouth opening. To rule out any recurrence in the oral cavity masseter flaps, the patients were followed up for 1 year. Results The flap was viable in all patients and underwent mucosalization. 7/60 patients had postoperative infections, while 2/60 patients developed an oro-cutaneous fistula which required a secondary corrective procedure. The mean ± standard deviation of change in mouth opening at 1 week postoperatively was +1.917 ± 3.36 mm, which increased to +2.633 ± 2.95 mm at 1 month after surgery. The Friedman test revealed that there was a statistically significant change in mouth opening from preoperative period to the1 week and 1 month postoperative periods (p = 0.000). Female patients showed better improvement in mouth opening postoperatively. The ipsilateral deviation of the mandible on mouth opening was between 0-5 mm in 39 patients, 5-10 mm in 17 patients and more than 10 mm in 4 patients. There were no recurrences noted in the masseter flaps used. Conclusion The study infers that the superiorly based masseter muscle flap is a reliable method for reconstruction in early oral cancer patients yielding good functional results and acceptable cosmesis with nominal postoperative complications.
  • Associação entre disfagia e força da língua em pacientes com esclerose lateral amiotrófica Artigo Original

    Borges, Alda Linhares de Freitas; Velasco, Leandro Castro; Ramos, Hugo Valter Lisboa; Imamura, Rui; Roldão, Paula Martins Alves de Castro; Petrillo, Marcela Vieira Barbosa; Costa, Claudiney Cândido

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A esclerose lateral amiotrófica é a doença do neurônio motor mais comum nos adultos, a despeito da baixa incidência e da raridade. É uma doença neurodegenerativa na qual a disfagia é um sintoma comum e debilitante. A disfagia pode ser avaliada por exames complementares como a videoendoscopia da deglutição e testes de força de língua, uma vez que se trata de um dos principais músculos envolvidos na deglutição. Objetivo Comparar os resultados da força e resistência da língua aferidos pelo Iowa Oral Performance Instrument com os achados do exame à videoendoscopia da deglutição, em pacientes acometidos por esclerose lateral amiotrófica. Método Estudo transversal, feito em um hospital terciário especializado em tratamento e reabilitação. Vinte e cinco pacientes com diagnóstico de esclerose lateral amiotrófica foram submetidos a questionários de disfagia, exame de videoendoscopia da deglutição e teste de força e resistência de língua com o Iowa Oral Performance Instrument para avaliar a presença de disfagia. Resultado Quarenta e oito por cento da amostra apresentavam disfagia à videoendoscopia da deglutição e 76% apresentavam teste de força de língua alterado. Noventa por cento dos pacientes com disfagia apresentaram pressão de língua média inferior a 34,2 KPa. O teste de força de língua apresentou sensibilidade de 91,67% e especificidade de 38,46% e acurácia de 64%. Houve relação estatisticamente significante entre força da língua e disfagia e entre resistência da língua e disfagia. Conclusão Testes de força de língua, como o Iowa Oral Performance Instrument, mostrou‐se eficaz para avaliar disfagia, mostrou sua associação com a força e resistência da língua. Esse resultado deve fomentar a feitura de novas pesquisas para facilitar o diagnóstico precoce da disfagia.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Amyotrophic lateral sclerosis is the most common motor neuron disease in adults despite it being rare. It is a neurodegenerative disease in which dysphagia is a common and debilitating symptom. Dysphagia can be assessed by complementary exams, such as fiberoptic endoscopic evaluation of swallowing and the tongue strength test, as this is one of the main muscles involved in swallowing. Objective To compare the results of tongue strength and endurance measured by the Iowa oral performance instrument with the findings of the fiberoptic endoscopic evaluation of swallowing examination in patients affected by amyotrophic lateral sclerosis. Methods Cross-sectional study, carried out in a tertiary hospital specialized in treatment and rehabilitation. Twenty-five patients diagnosed with amyotrophic lateral sclerosis underwent dysphagia questionnaires, fiberoptic endoscopic evaluation of swallowing examination and tongue strength and resistance test with the Iowa oral performance instrument to assess the presence of dysphagia. Results Forty-eight percent of the sample had dysphagia at the fiberoptic endoscopic evaluation of swallowing and 76% had an altered tongue strength test. Ninety percent of patients with dysphagia had an average tongue pressure lower than 34.2 KPa. The tongue strength test showed sensitivity of 91.67% and specificity of 38.46% and accuracy of 64%. There was a statistically significant relationship between tongue strength and dysphagia and between tongue resistance and dysphagia. Conclusion Tongue strength tests, such as the Iowa oral performance instrument, proved to be effective in assessing dysphagia. This result should encourage further research to facilitate the early diagnosis of dysphagia.
  • Terapia de reabilitação vestibular em combinação com estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) para o tratamento de disfunção vestibular crônica em idosos: um ensaio clínico duplo‐cego randomizado Artigo Original

    Saki, Nader; Bayat, Arash; Nikakhlagh, Soheila; Mirmomeni, Golshan

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Tontura e desequilíbrio são disfunções comuns em idosos. A terapia de reabilitação vestibular é um método eficaz para o alívio da tontura crônica em pacientes com disfunção vestibular. A estimulação transcraniana por corrente contínua tem melhorado a função de equilíbrio em pacientes com disfunção vestibular. Objetivo Investigar a eficácia terapêutica da reabilitação vestibular combinada com a estimulação transcraniana por corrente contínua em pacientes idosos com disfunção vestibular. Método Em um estudo duplo‐cego randomizado e controlado, 36 idosos com disfunção vestibular crônica foram aleatoriamente designados para o grupo reabilitação vestibular e estimulação transcraniana por corrente contínua (n = 18) ou reabilitação vestibular isolada (n = 18). O protocolo de estimulação transcraniana consistiu em estimulação elétrica bifrontal multissessão do córtex pré‐frontal dorsolateral (intensidade de 2 mA e duração de 20 minutos), seguida de exercícios de reabilitação. O protocolo de reabilitação vestibular consistiu em exercícios de habituação e adaptação combinados com exercícios de marcha por um período de três semanas. O desfecho primário deste estudo foi o escore do dizziness handicap inventory e os desfechos secundários foram os escores da escala activities‐specific balance confidence e Beck anxiety inventory. Resultados Em relação ao escore do dizziness handicap inventory, a análise de variância de medidas repetidas mostrou um efeito principal significativo do efeito de interação do “tempo”, “estimulação”’ e estimulação x tempo. Houve redução significativa do escore geral do dizziness handicap com o “tempo” em ambos os grupos, foi mais pronunciada no grupo reabilitação vestibular e estimulação elétrica. Em relação à mudança nos escores do activities‐specific balance confidence, encontramos um efeito principal significativo dos fatores principais de “tempo” e “estimulação”, mas esse efeito não foi significativo para a interação estimulação × tempo. Para o escore do Beck anxiety inventory, observamos um efeito principal significativo do “tempo”, mas nenhuma evidência do efeito principal do fator “estimulação”. Conclusão A estimulação transcraniana por corrente contínua bifrontal em combinação com a terapia de reabilitação vestibular é uma abordagem promissora para melhorar os sintomas vestibulares crônicos em idosos.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Dizziness and imbalance are common dysfunctions in the elderly. Vestibular rehabilitation therapy is an effective method to alleviate chronic dizziness in patients with vestibular dysfunction. Transcranial direct current stimulation has reportedly improved balance function in patients with vestibular dysfunction. Objective This study was conducted to investigate the therapeutic efficacy of vestibular rehabilitation combined with transcranial direct current stimulation in elderly patients with vestibular dysfunction. Methods In a double-blinded randomized controlled trial, 36 elderly patients with chronic vestibular dysfunction were randomly assigned to either vestibular rehabilitation and transcranial direct current stimulation (n = 18) or vestibular rehabilitation alone (n = 18) group. The transcranial stimulation protocol consisted of multisession bifrontal electrical stimulation of the dorsolateral prefrontal cortex (2 mA intensity and 20 min duration), followed by rehabilitation exercises. The vestibular rehabilitation protocol consisted of habituation and adaptation exercises combined with gait exercises during a three week period. The primary outcome of this study was the dizziness handicap inventory score, and the secondary outcomes were activities-specific balance confidence and Beck anxiety inventory scores. Results For the dizziness handicap score, the repeated-measures analysis of variance showed a significant main effect of “time”, “stimulation” and stimulation × time interaction effect. There was a significant reduction in the overall dizziness handicap score with “time” for both the groups, which was more pronounced in the vestibular rehabilitation and electrical stimulation group. In terms of activities-specific balance confidence change scores, we found a significant main effect of “time” and “stimulation” main factors, but this effect for stimulation × time interaction was not significant. For the Beck anxiety score, we observed a significant main effect of “time”, but no evidence for the main effect of the “stimulation” factor. Conclusion Bifrontal transcranial direct current stimulation in combination with vestibular rehabilitation therapy is a promising approach to improve chronic vestibular symptoms in the elderly.
  • Análise retrospectiva das cirurgias de revisão do arcabouço laríngeo para paralisia unilateral de prega vocal Artigo Original

    Kishimoto, Yo; Hiwatashi, Nao; Kawai, Yoshitaka; Fujimura, Shintaro; Sogami, Tohru; Hayashi, Yasuyuki; Omori, Koichi

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução As cirurgias de revisão do arcabouço laríngeo podem ser necessárias em casos de paralisia unilateral de prega vocal. Entretanto, os resultados e as indicações das cirurgias de revisão não têm sido documentados de forma adequada. Para melhor compreensão das indicações do procedimento e para auxiliar na obtenção de melhores resultados vocais, fizemos uma revisão retrospectiva dos prontuários de pacientes submetidos a cirurgias de revisão do arcabouço laríngeo em paralisia unilateral de prega vocal. Objetivos Apresentar as características clínicas de pacientes submetidos a cirurgias de revisão do arcabouço laríngeo para tratamento de paralisia unilateral de prega vocal. Método Das 149 cirurgias de revisão do arcabouço laríngeo feitas entre outubro de 2004 e outubro de 2019, 21 cirurgias de revisão do arcabouço laríngeo foram feitas em 19 pacientes. As autoavaliações feitas pelos pacientes com o questionário voice handicap index‐10 e avaliações aerodinâmicas e acústicas objetivas feitas no pré e pós‐operatório foram analisadas com o teste de postos sinalizados de Wilcoxon para comparações pareadas. Resultados A hipocorreção foi apontada como o motivo das cirurgias de revisão em todos os casos. As técnicas de revisão incluíram tireoplastia tipo I, tireoplastia tipo IV e adução de aritenoide. As cirurgias de revisão foram feitas sem qualquer complicação grave em todos os casos. Os escores do questionário voice handicap index‐10 pré e pós‐operatórios foram obtidos em 12 casos e outros parâmetros foram avaliados em 18 casos. Melhorias significativas foram observadas nos escores do questionário, no tempo máximo de fonação, taxa de fluxo médio, relação antes/depois e no quociente de perturbação do pitch. Conclusão Hipocorreção foi observada em todos os pacientes submetidos a cirurgias de revisão do arcabouço laríngeo para paralisia unilateral de prega vocal e a avaliação inicial e o planejamento são considerados importantes para evitar cirurgias de revisão. As cirurgias de revisão foram feitas com segurança em todos os casos e melhoria significativa dos resultados vocais foi observada mesmo após múltiplos procedimentos. A cirurgia de revisão deve ser considerada para pacientes com funções vocais insatisfatórias após cirurgia primária do arcabouço laríngeo para paralisia unilateral de prega vocal.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Revision framework surgeries might be required for unilateral vocal fold paralyses. However, outcomes and indications of revision surgeries have not been adequately documented. For a better understanding of indications for the procedure and to help in achieving better vocal outcomes, we performed a retrospective chart review of patients who underwent revision framework surgeries for unilateral vocal fold paralysis. Objectives This study aimed to present clinical features of patients who underwent revision framework surgeries for the treatment of unilateral vocal fold paralysis. Methods Of the 149 framework surgeries performed between October 2004 and October 2019, 21 revision framework surgeries were performed in 19 patients. Self-assessments by patients using the voice handicap index-10 questionnaire, and objective aerodynamic and acoustic assessments performed pre- and post-operatively were analyzed using the Wilcoxon’s signed-rank test for paired comparisons. Results Undercorrection was indicated as reasons for revision surgeries in all cases. The revision techniques included type I thyroplasty, type IV thyroplasty, and arytenoid adduction, and revision surgeries were completed without any severe complication in all cases. Pre- and post-operative voice handicap index-10 scores were obtained in 12 cases, and other parameters were evaluated in 18 cases. Significant improvements were observed in voice handicap index-10 scores, maximum phonation time, mean flow rate, Current/Direct Current ratio, and pitch perturbation quotient. Conclusion Undercorrection was observed in all patients who underwent revision framework surgeries for unilateral vocal fold paralysis, and the initial assessment and planning are thought to be important in order to avoid revision surgeries. Revision surgeries were performed safely in all cases, and significantly improved vocal outcomes were observed, even after multiple procedures. Revision surgery should be considered for patients with unsatisfactory vocal functions after primary framework surgeries for unilateral vocal fold paralysis.
  • Manejo de doenças nasossinusais coexistentes em pacientes submetidos a tratamento cirúrgico endoscópico de fístula liquórica Artigo Original

    Rupa, Vedantam; Joy, Nedha

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Pacientes submetidos a tratamento cirúrgico endoscópico de fístula liquórica podem ocasionalmente apresentar coexistência de outras doenças comuns que podem ou não precisar ser tratadas antes do procedimento. Alguns pacientes podem desenvolver nova morbidade nasal relacionada ao tratamento da fístula. Objetivo Estudar a prevalência e o manejo de doenças nasossinusais adicionais em pacientes submetidos ao reparo endoscópico de fístula liquórica. Método Uma revisão retrospectiva de pacientes submetidos ao reparo endoscópico de fistula liquórica foi feita para avaliar a presença de outras morbidades nasossinusais coexistentes no pré‐operatório e no período de seguimento. Resultados De 153 pacientes submetidos ao tratamento endoscópico do fistula liquórica, 97 (63,4%) eram do sexo feminino e 56 (36,6%) do masculino. A maioria dos pacientes (90,2%) tinha entre 21 e 60 anos, com média de 40,8. Verificou‐se que 64 pacientes (41,8%) apresentavam coexistência de morbidade nasossinusal no pré‐operatório, as mais comuns eram desvio de septo nasal sintomático (17,6%), rinossinusite crônica sem pólipos (11,1%) e rinossinusite crônica com pólipos (3,3%). Casos raros de hemangioma septal (0,7%) e papiloma invertido (0,7%) também foram observados. No pós‐operatório, inicialmente obteve‐se fechamento da fístula liquórica em 96,7%, que aumentou para 100% após a cirurgia de revisão nos pacientes com recorrência. A resolução das outras doenças nasossinusais coexistentes foi obtida em todos os pacientes, o seguimento variou de 10 a 192 meses. A ocorrência de uma nova morbidade nasossinusal no pós‐operatório incluiu sinéquias entre a concha média e a parede lateral do nariz (5,9%) e polipose nasossinusal (1,3%). Conclusão Pacientes submetidos a tratamento endoscópico de fistula liquórica podem apresentar coexistência de outras doenças nasossinusais que necessitam de tratamento prévio ou concomitante ao reparo do defeito dural. Outras morbidades nasossinusais que surgem durante o pós‐operatório podem exigir tratamento adicional. Um protocolo para o manejo das condições nasossinusais coexistentes garante um desfecho bem‐sucedido.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Patients who undergo endoscopic cerebrospinal fluid rhinorrhea repair may occasionally present with coexistent sinonasal pathology which may or may not need to be addressed prior to surgical repair. Some patients may develop new onset nasal morbidity related to endoscopic repair. Objective To study the prevalence and management of additional sinonasal pathology in patients who undergo endoscopic repair of cerebrospinal fluid rhinorrhea Methods A retrospective review of patients who underwent endoscopic cerebrospinal fluid leak repair was conducted to note the presence of coexistent sinonasal morbidity preoperatively and in the followup period. Results Of a total of 153 patients who underwent endoscopic closure of cerebrospinal fluid leak, 97 (63.4%) were female and 56 (36.6%) males. Most patients (90.2%) were aged between 21 and 60 years, with a mean of 40.8 years. Sixty-four patients (41.8%) were found to have coexistent sinonasal morbidity preoperatively, the commonest being symptomatic deviated nasal septum (17.6%), chronic rhinosinusitis without polyps (11.1%) and chronic rhinosinusitis with polyps (3.3%). Rare instances of septal hemangioma (0.7%) and inverting papilloma (0.7%) were also seen. Postoperatively, there was cessation of cerebrospinal fluid rhinorrhea in 96.7% which rose to 100% after revision surgery in those with recurrence. Resolution of coexistent sinonasal pathology occurred in all patients with followup ranging from 10 to 192 months. New onset sinonasal morbidity which developed postoperatively included synechiae between middle turbinate and lateral nasal wall (5.9%) and sinonasal polyposis (1.3%). Conclusion Patients who undergo endoscopic cerebrospinal fluid leak repair may have coexistent sinonasal pathology which needs to be addressed prior to or along with repair of the dural defect. New onset sinonasal morbidity, which may arise in a few patients postoperatively, may require additional treatment. A protocol for the management of coexistent sinonasal conditions ensures a successful outcome.
  • Desenvolvimento e validação do questionário de sintomas de tontura em pacientes tailandeses Artigo Original

    Suvanich, Ravin; Chatchawan, Uraiwan; Jariengprasert, Chanchai; Yimtae, Kwanchanok; Hunsawong, Torkamol; Emasithi, Alongkot

    Resumo em Português:

    DESTAQUES • A anamnese desempenha um papel essencial na avaliação de pacientes com tontura. • Algoritmo do structural algorithm questionnaire version 1 foi desenvolvido com base na abordagem de tempo e fatores desencadeantes. • Structural algorithm questionnaire version 1 pode ser usado para fazer a triagem da causa da tontura em pacientes ambulatoriais.

    Resumo em Inglês:

    Highlights History taking plays an essential part in evaluating patients with dizziness. The algorithm of the SAQ-1 had been developed based on timing-trigger approach. The SAQ-1 might be used to triage the cause of dizziness of outpatients.
  • Biópsia do epitélio olfatório do septo nasal superior: é possível obter neurônios sem prejudicar o olfato? Artigo Original

    Garcia, Ellen Cristine Duarte; Luz, Lucas de Almeida; Anzolin, Lucas Kanieski; Barbosa da Silva, José Lucas; Doty, Richard L.; Pinna, Fábio de Rezende; Voegels, Richard Louis; Fornazieri, Marco Aurélio

    Resumo em Português:

    DESTAQUES • Biópsias olfatórias da parte superior do septo nasal não afetaram de modo significativo a capacidade olfativa. • Essas biópsias obtêm altas taxas de neurônios olfatórios. • procedimento descrito também permite a obtenção de epitélio olfatório adequado para análise morfológica.

    Resumo em Inglês:

    Highlights Olfactory biopsies from the superior part of the nasal septum did not significantly affect smell capacity. These biopsies obtain high rates of olfactory neurons. The described procedure also provides olfactory epithelium proper for morphological analysis.
  • Relação fisiopatológica entre Covid‐19 e disfunção olfativa: uma revisão sistemática Artigo De Revisão

    Las Casas Lima, Mateus Henrique de; Cavalcante, Ana Luiza Brusiquesi; Leão, Sydney Correia

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução SARS‐CoV‐2 é o patógeno da Covid‐19. O vírus é composto pela proteína spike (espigão), a membrana e o envelope. No olfato fisiológico, as substâncias odoríferas se ligam a proteínas secretadas pelas células sustentaculares para serem processadas pelos neurônios receptores olfativos. O distúrbio olfativo é uma das principais manifestações da Covid‐19; entretanto, pesquisas ainda são necessárias para esclarecer o mecanismo envolvido na anosmia induzida pela SARS‐CoV‐2. Objetivos Este artigo tem como objetivo analisar as evidências científicas atuais destinadas a elucidar a relação fisiopatológica entre a Covid‐19 e a causa dos distúrbios olfativos. Método As bases de dados Pubmed, Embase, Scopus e ScienceDirect foram usadas para compor este artigo. A pesquisa foi feita em 24 de novembro de 2020. Foram incluídos artigos originais com estudos experimentais em seres humanos, animais e estudos in vitro, comunicações breves, pontos de vista, publicados na língua inglesa e entre 2019 e 2020, todos relacionados à relação fisiopatológica entre distúrbios olfativos e infecção por Covid‐19. Resultados Ambos os receptores de células humanas ACE2 e TMPRSS2 são essenciais para a penetração do SARS‐CoV‐2. Esses receptores estão presentes principalmente nas células do epitélio olfativo; portanto, a principal hipótese é que a anosmia é causada por lesão de células não neuronais que, a partir daí, afeta o metabolismo olfativo normal. Além disso, estudos de ressonância magnética mostram uma relação entre a redução do epitélio neuronal e a atrofia do bulbo olfatório. Danos às células não neuronais explicam o tempo médio de recuperação, que demora algumas semanas. Essa lesão pode ser exacerbada por uma resposta imune agressiva, que leva a danos às células neuronais e células‐tronco, induz uma anosmia persistente. A anosmia condutiva não é suficiente para explicar a maioria dos casos de anosmia induzida por Covid‐19. Conclusão Distúrbios olfativos como anosmia e hiposmia podem ser causados pela Covid‐19 e o principal mecanismo está associado à lesão do epitélio olfativo, tem como alvo células predominantemente não neuronais. Porém, células neuronais também podem ser afetadas, o que piora o quadro de perda olfativa.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction SARS-CoV-2 is the pathogen of COVID-19. The virus is composed of the spike, membrane and envelope. On physiological smell, odoriferous substances bind to proteins secreted by sustentacular cells in order to be processed by olfactory receptor neurons. Olfactory disorder is one of the main manifestations of COVID-19, however, research is still required to clarify the mechanism involved in SARS-CoV-2 induced anosmia. Objective This article aims to analyze current scientific evidence intended to elucidate the pathophysiological relationship between COVID-19 and the cause of olfactory disorders. Methods Pubmed, Embase, Scopus and ScienceDirect were used to compose this article. The research was conducted on November 24th, 2020. Original articles with experimental studies in human, animal and in vitro, short communications, viewpoint, published in the English language and between 2019 and 2020 were included, all related to the pathophysiological relationship between olfactory disorders and COVID-19 infection. Results Both human cell receptors ACE2 and TMPRSS2 are essential for the SARS-CoV-2 entrance. These receptors are mostly present in the olfactory epithelium cells, therefore, the main hypothesis is that anosmia is caused due to damage to non-neuronal cells which, thereafter, affects the normal olfactory metabolism. Furthermore, magnetic resonance imaging studies exhibit a relationship between a reduction on the neuronal epithelium and the olfactory bulb atrophy. Damage to non-neuronal cells explains the average recovery lasting a few weeks. This injury can be exacerbated by an aggressive immune response, which leads to damage to neuronal cells and stem cells inducing a persistent anosmia. Conductive anosmia is not sufficient to explain most cases of COVID-19 induced anosmia. Conclusion Olfactory disorders such as anosmia and hyposmia can be caused by COVID-19, the main mechanism is associated with olfactory epithelium damage, targeting predominantly non-neuronal cells. However, neuronal cells can also be affected, worsening the condition of olfactory loss.
  • Correlação entre alergia à proteína do leite de vaca e otite média: uma revisão sistemática Artigo De Revisão

    Oliveira, Karen Amanda Soares de; Esper, Marina Tomaz; Oliveira, Morgana Lívia de; Tofoli, Marise Helena Cardoso; Avelino, Melissa Ameloti Gomes

    Resumo em Português:

    Destaque • A correlação entre alergia à proteína do leite de vaca e o desenvolvimento de otite média tem sido foi investigada nas últimas décadas. • A inflamação alérgica na mucosa nasal é sugerida como fator causador de disfunção da tuba auditiva, contribui para quadros de otite média. • Os estudos que investigaram a correlação entre alergia à proteína do leite de vaca e otite média apresentam importantes limitações, levam a resultados superestimados e controversos. • Não há evidência confiável de que a alergia à proteína do leite de vaca apresente uma relação de causalidade com otite média aguda recorrente e otite média com efusão.

    Resumo em Inglês:

    Highlights The correlation between cow’s milk protein allergy and otitis media has been investigated in recent decades. Allergic inflammation in the nasal mucosa is associated with Eustachian tube dysfunction, contributing to otitis media. Previous studies about cow’s milk protein allergy and otitis media have limitations, leading to controversial results. There is no reliable evidence that cow’s milk protein allergy is related to acute otitis media or otitis media with effusion.
  • Um caso raro de neurofibroma do nervo hipoglosso cervical em um paciente com neurofibromatose tipo 1 Relato De Caso

    Lum, Sai-Guan; Baki, Marina Mat; Yunus, Mohd Razif Mohamad
  • Glomangiopericitomas: uma série de casos com revisão da literatura, Relato De Caso

    Kazi, Aasif A.; McDougal, Elizabeth M.; Howell, Jessica B.; Schuman, Theodore A.; Nord, Ryan S.
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