Neste trabalho, examinamos a hipótese de que a técnica de fluorescência da clorofila a possa ser uma ferramenta eficiente para dar suporte à seleção de espécies adaptadas à alta irradiância e, entretanto, aptas a serem utilizadas em plantios de recuperação de áreas degradadas. Realiizou-se o experimento na Base de Operações Geólogo Pedro de Moura, Amazonas, Brasil. Os transientes de fluorescência foram obtidos utilizando-se um fluorômetro portátil, em folhas de Bombacopsis macrocalyx (Bm), Eugenia cumini (Ec), Iryanthera macrophyla (Im) e Senna reticulata (Sr) submetidas a alta irradiância, no período entre 12 e 13h. A partir do teste OJIP, calcularam-se: o índice de desempenho (PI ABS), a densidade de centros de reação por seção transversal (RC/CS), a eficiência máxima do fotossistema II (fiPo) e a probabilidade da energia de excitação (psio) ou de um fóton absorvido (fiEo) mover um elétron após a quinona A. Observou-se maior valor de PI ABS em Ec (0,40), e, os menores, em Bm (0,08) e Im (0,06). Esses baixos valores resultaram dos baixos valores de RC/CS (121 para Bm; 142 para Im) e fiPo (0,50 para Bm; 0,48 para Im) quando comparados com os exibidos por Ec (RC/CS = 303; fiPo = 0,72) e Sr (RC/CS = 326; fiPo = 0,73). Observou-se, ainda, que em Sr, a diminuição de seu PI ABS quando comparada com Ec, resultou do baixo valor de psio, no qual Sr apresentou 32 % menor que Ec. Quanto ao PI ABS por planta, Ec revelou o maior número de indivíduos com alto desempenho, e Im e Bm, o maior número de indivíduos com baixo desempenho. Conclui-se, portanto, que, por meio da técnica da fluorescência da clorofila a, foi possível diagnosticar o desempenho fotoquímico das plantas no campo, selecionando as espécies mais aptas à recuperação de áreas degradadas.
áreas degradadas; fluxo energético; índice de desempenho
