Acessibilidade / Reportar erro

Crescimento, fotossíntese e indicadores de estresse em plantas jovens de pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke) sob diferentes intensidades luminosas

Essa espécie arbórea da Amazônia, Aniba rosaeodora Ducke, pertence à família das Lauraceae. Em vista da intensa e desordenada exploração, visando à extração de óleos essenciais (linalol), o pau-rosa figura na lista de espécies ameaçadas de extinção. Poucos estudos ecofisiológicos têm sido feito no sentido de subsidiar futuros programas de plantios florestais. Dessa forma, pesquisou-se o efeito de diferentes irradiâncias sobre as características fotossintéticas e de crescimento em plantas de A. rosaeodora, na fase juvenil. Plantas com nove meses foram submetidas a quatro tratamentos de luz (T1 = 10 a 250 µmol.m-2.s-1 / controle; T2 = 500 a 800, T3 = 700 a 1.000 e T4 = 1.300 a 1.800 µmol.m-2.s-1 / pleno sol). Analisaram-se variáveis alométricas, trocas gasosas, teores de pigmentos cloroplastídicos e a fluorescência da clorofila a. Quanto ao crescimento relativo, observou-se que plantas de A. rosaeodora exibiram maior acúmulo de biomassa quando crescidas sob condições intermediárias de irradiância (T2). O melhor desempenho fotossintético foi induzido por T3. Quando se correlacionou crescimento com fotossíntese, percebeu-se que as plantas submetidas aos tratamentos T2 e T3 exibiram melhores respostas em comparação com os extremos de menor (T1) e maior irradiâncias (T4). Os maiores teores de pigmentos cloroplastídicos foram obtidos nas plantas sob sombra (T1) e os menores teores encontrados naquelas expostas a pleno sol (T4). Quanto à eficiência fotoquímica do fotossistema II (Fv/Fm) observou-se que apenas as plantas do tratamento de sombra (T1) não apresentaram estresse por alta irradiância. Os resultados sugerem que ambos os tratamentos (T1 e T4) alteraram a funcionalidade das plantas de A. rosaeodora, inibindo a fotossíntese e o crescimento. A pleno sol, plantas de A. rosaeodora desenvolveram mecanismos de fotoproteção. No entanto, a espécie apresentou melhor resposta fotossintética e ganho de biomassa em condições intermediárias de irradiância, demonstrando relativa plasticidade fisiológica, durante o estádio juvenil.

eficiência fotoquímica do fotossistema II; espécies tropicais; fluorescência da clorofila a; pigmentos cloroplastídicos; taxa de crescimento relativo; trocas gasosas


Brazilian Journal of Plant Physiology Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias, , Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF, 28013-602 - Campos dos Goytacazes, RJ - Brazil, Fax: (+55)-22-2739-7116 - Campos dos Goytacazes - RJ - Brazil
E-mail: bjpp.sbfv@gmail.com