Acessibilidade / Reportar erro

Misoprostol and teratogenesis in neonates

Este trabalho enfoca aspectos relativos à exposição ao misoprostol no período perinatal como abortificante e agente teratogênico, assim como as causas das malformações, considerando-se fatores químicos, físicos e ambientais. A prática do aborto triplicou nas regiões Sul e Nordeste em 15 anos, sendo que entre os métodos mais freqüentes está o uso do medicamento com o princípio ativo do misoprostol. Em 1991 no Brasil, 288.700 mulheres foram socorridas em hospitais devido a complicações por indução de aborto com este medicamento. Isso resultou na proibição do misoprostol em todo país por determinação da portaria 344/98 do Ministério da Saúde, que exige um controle especial, onde sua utilização é permitida apenas em hospitais e com supervisão da vigilância sanitária municipal. Um dos problemas mais graves que a criança não abortada apresenta é uma injúria em seu sistema nervoso central desenvolvendo a Síndrome de Moebius. Esta é uma paralisia congênita e não progressiva do VI e do VII nervos cranianos, freqüentemente bilateral, que produz uma aparência facial pouco expressiva e estrabismo divergente. Neste sentido, mesmo sendo proibido em nosso país, o aborto induzido por misoprostol é praticado ilegalmente e sem uma verdadeira instrução da paciente sobre os efeitos teratogênicos do mesmo para ela e para seu bebê.

Toxicologia perinatal; Misoprostol; Malformações; Síndrome de Moebius; Aborto; Cytotec®


Universidade de São Paulo, Faculdade de Ciências Farmacêuticas Av. Prof. Lineu Prestes, n. 580, 05508-000 S. Paulo/SP Brasil, Tel.: (55 11) 3091-3824 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: bjps@usp.br