RESUMO
O jornalismo de realidade virtual (RV) promete impactar, mais ou menos, as faculdades cognitivas, afetivas e comportamentais das audiências. No entanto, a pesquisa sobre jornalismo de realidade virtual não possui quadros teóricos próprios. Portanto, este artigo propõe um modelo, o MIPRV, que integra Usos e Gratificações (U&G), Potencialidades Tecnológicas da mídia (affordances, em inglês) e o Modelo de Confirmação de Expectativas (ECT, em inglês) para analisar as três etapas da ‘jornada’ (separação, imersão e retorno) que experimenta um usuário quando exposto a uma notícia de RV. O modelo consegue, além de reler à luz dos princípios éticos e normativos do jornalismo, vários dos conceitos associados à RV (por exemplo, presença, corporificação, empatia, etc.), formular potencialidades tecnológicas (por exemplo, storyliving) e gratificações/efeitos exclusivo para histórias de não ficção (por exemplo, valores e enquadramento da notícia, autenticidade do fato e credibilidade do conteúdo, conhecimento e compreensão do evento).
Palavras-chave
Modelo teórico; Jornalismo de realidade virtual; Usos e gratificações; Potencialidades tecnológicas; Modelo de confirmação de expectativas