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Artérias e veias placentárias em ovinos deslanados sem raça definida (Ovis aries, L. 1758)

Placental arteries and veins in wooless mongrel sheep (Ovis aries, L. 1758)

Resumos

O suprimento sangüíneo da placenta de 30 ovelhas deslanadas sem raça definida foi estudado mediante análise de peças obtidas através de injeção vascular com Látex Neoprene 650 corado. Constataram-se no material casos de gestações únicas (53,3%), gemelares (46,7%) e trigemelares (3,3%). Em todos os casos analisados, observaram-se 4 vasos umbilicais (2 artérias e 2 veias) além do ducto alantóide, na constituição do funículo umbilical. Em apenas 1 caso (gestação trigemelar), as duas artérias umbilicais de um dos fetos fundiram-se na porção média do funículo umbilical, e neste caso integrava apenas uma veia umbilical. A área placentária hilar variava de 2,0 a 6,0 centímetros dependendo da fase de gestação. O número médio de placentônios por gestação foi igual a 96, com tamanhos e formas bastante diversificados, sendo que aqueles maiores que 1,5 centímetro eram predominantes, assim como aqueles de formato ovóide. Os placentônios eram irrigados e drenados por uma série diversificada de artérias e veias, constituindo arranjos arteriocotiledonários e venocotiledonários, perfazendo um total de 299 e 314 arranjos respectivamente.

Placenta; Ovinos; Artérias; Veias


The blood supply of placenta of 30 wooless sheep without a defined breed was studied by analyzing the pieces obtained through vascular injection of Latex Neoprene 650 stain solution and moulds were made from injection of vinyl acetate. Single gestation (53.33%), gemel (46.66%) and trigeminal (3.33%) cases were observed; in all cases studied it was observed 4 umbilical vessels (2 arteries and 2 veins) besides the allantoidal duct forming the funiculus. Only in one case (trigeminal gestation), the two umbilical arteries of one of the fetuses were fused at he intermediary part of the umbilical funiculus. The hilar area of the placenta varied from 2.0 to 6.0 centimeters depending on the gestational phase. The mean number of cotyledons per gestation was 96 and their sizes and shapes were varied, being the most predominant those greater than 1.5 centimeter and also the ones with ovoid form. The cotyledons were irrigated and drained by a number of diversified arteries and veins, constituting arteriocotyledonary and venocotyledonary arrangements, numbering a total of 299 and 314 casting moulds, respectively.

Placenta; Sheep; Arteries; Veins


Artérias e veias placentárias em ovinos deslanados sem raça definida (Ovis aries, L. 1758)

Placental arteries and veins in wooless mongrel sheep (Ovis aries, L. 1758)

Janicleide Maria de ALMEIDA11Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco – PE ; Rosilda Maria Barreto SANTOS11Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco – PE ; Maria Angélica MIGLINO21Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco – PE ; Luciano de MORAIS-PINTO31Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco – PE

CORRESPONDÊNCIA PARA:

Maria Angélica Miglino

Departamento de Cirurgia

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP

Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira

Av. Orlando Marques de Paiva, 87

05508-000 – São Paulo – SP

e-mail: miglino@usp.br

RESUMO

O suprimento sangüíneo da placenta de 30 ovelhas deslanadas sem raça definida foi estudado mediante análise de peças obtidas através de injeção vascular com Látex Neoprene 650 corado. Constataram-se no material casos de gestações únicas (53,3%), gemelares (46,7%) e trigemelares (3,3%). Em todos os casos analisados, observaram-se 4 vasos umbilicais (2 artérias e 2 veias) além do ducto alantóide, na constituição do funículo umbilical. Em apenas 1 caso (gestação trigemelar), as duas artérias umbilicais de um dos fetos fundiram-se na porção média do funículo umbilical, e neste caso integrava apenas uma veia umbilical. A área placentária hilar variava de 2,0 a 6,0 centímetros dependendo da fase de gestação. O número médio de placentônios por gestação foi igual a 96, com tamanhos e formas bastante diversificados, sendo que aqueles maiores que 1,5 centímetro eram predominantes, assim como aqueles de formato ovóide. Os placentônios eram irrigados e drenados por uma série diversificada de artérias e veias, constituindo arranjos arteriocotiledonários e venocotiledonários, perfazendo um total de 299 e 314 arranjos respectivamente.

UNITERMOS: Placenta; Ovinos; Artérias; Veias.

INTRODUÇÃO

A região nordeste do Brasil caracteriza-se principalmente por seu longo período de estiagem, desfavorecendo sobremaneira a criação extensiva de rebanhos bovinos. Neste contexto, destaca-se o ovino deslanado, animal rústico com alto poder produtivo, tornando-se uma das principais fontes de proteína animal vermelha da região, além da produção de pele etc.

Baseados na escassez de literatura e motivados a colaborar com especialistas das áreas afins, propôs-se realizar estudos específicos referentes à vascularização arterial e venosa da placenta em ovinos deslanados sem raça definida, com o intuito de contribuir para o estudo da reprodução nesta espécie.

MATERIAL E MÉTODO

Este trabalho valeu-se de 30 úteros gestantes retirados de ovelhas deslanadas em diferentes estágios de prenhez no Abatedouro Municipal de Recife - PE. Após lavagem superficial do órgão, fez-se uma incisão ao longo da cérvix uterina, direcionando-a para o corno uterino gravídico, evitando seccionar os placentônios. As membranas fetais foram seccionadas à parte, removendo-se líquidos fetais e expondo o feto. O corno uterino prenhe foi devidamente identificado, e, com o(s) feto(s) exposto(s), ainda conectado(s) à placenta, identificou-se o sexo e mediu-se a distância cefalococcígea (CR = "Crow-Rump") a fim de se estabelecer o estágio de prenhez e a idade fetal, baseados em Gurlt; Krölling apud Benesch2.

Em seguida, injetaram-se simultaneamente as duas artérias umbilicais e posteriormente as duas veias umbilicais com Látex Neoprene em diferentes cores. Após a injeção, realizou-se a fixação das placentas com seus respectivos fetos em solução aquosa de formoldeído a 10% por um período mínimo de 72 horas. Depois da identificação, cada peça foi cuidadosamente estendida de forma conveniente à posterior dissecção. Para análise e descrição dos resultados, fotografaram-se as que apresentaram variações bem como as mais elucidativas, para futura documentação.

RESULTADOS

1. Hilo Placentário

O hilo placentário (hp) corresponde à área de implantação do funículo umbilical situado na parte central da placenta entre as quatro fileiras de placentônios dispostas duas de cada lado da área de implantação do pedículo umbilical, região onde há poucos placentônios. A variação do diâmetro da área hilar foi de 2 a 6 centímetros com média de 3,57 centímetros (Fig. 1). Correlacionando-se o comprimento do funículo umbilical com o diâmetro da área hilar, pode-se constatar que ambos estão intimamente relacionados ao desenvolvimento fetal, ou seja, à medida que a gestação progride, ocorre um aumento das estruturas responsáveis em suprir a crescente demanda fetal, havendo um aumento do tamanho do funículo umbilical concomitante com o aumento da sua área de implantação.

Figura 1

2. Placenta

2.1. Placentônios

Analisamos os placentônios sob dois aspectos:

2.1.1. Quanto ao número

O número total de placentônios nos 30 casos analisados (16 gestações únicas e 14 gestações gemelares) foi de 2.891 com média de 96 por gestação. O número mínimo foi de 61 placentônios em gestação simples e o número máximo foi de 129 placentônios, observado num caso de gestação trigemelar. Existe um aumento considerável do número de placentônios com o avanço da gestação conforme apontado nos Quadros 4 e 5.

Quadro 1

Quadro 2

Quadro 3

Quadro 4

Quadro 5

2.1.2. Quanto ao tamanho

Três tamanhos diferentes de placentônios foram encontrados e classificados nos Quadros 1, 2 e 3.

2.2. Área intercotiledonária

A área intercotiledonária (ai) corresponde ao espaço vascularizado existente entre os placentônios, situada na membrana córion-alantóide. Em 6 casos (20% ± 7,3), verificou-se a existência de ramos que simultaneamente nutrem os placentônios e a área intercotiledonária (Fig. 2).

Figura 2

3. Distribuição vascular

As artérias e veias que se dirigiam ao corno uterino gestante apresentavam-se mais curtas que as que se dirigiam ao corno uterino não-gestante. Constatou-se a presença de ramos colaterais e ramos terminais nas artérias bem como afluentes e raízes mistas nas veias dos cornos uterinos gestante e não-gestante em gestações únicas e direito e esquerdo em gestações gemelares.

Das artérias dos cornos uterinos gestantes em gestações únicas, obteve-se um número médio de 11 ramos colaterais e 1 ramo terminal. Das veias dos cornos uterinos gestantes em gestações únicas, obteve-se um número médio de 10 afluentes mistos e 1 raiz mista. Das artérias dos cornos uterinos não-gestantes em gestações únicas, obteve-se um número médio de 17 ramos colaterais e 2 ramos terminais. Das veias dos cornos uterinos não-gestantes em gestações únicas, obteve-se um número médio de 18 afluentes mistos e 1 raiz mista.

Das artérias dos cornos uterinos direitos em gestações gemelares dirigida ao corpo do útero, obteve-se um número médio de 7 ramos colaterais e 1 ramo terminal; dirigida à extremidade cornual, 9 ramos colaterais e 1 ramo terminal. Das veias dos cornos uterinos direitos nas gestações gemelares proveniente do corpo do útero, obteve-se um número médio de 7 afluentes mistos e 2 raízes mistas; e proveniente da extremidade cornual, 10 afluentes mistos e 1 raiz mista. Das artérias dos cornos uterinos esquerdos nas gestações gemelares dirigida ao corpo do útero, obteve-se um número médio de 8 ramos colaterais e 1 ramo terminal e dirigida à extremidade cornual, 9 ramos colaterais e 1 ramo terminal. Das veias dos cornos uterinos esquerdos nas gestações gemelares proveniente do corpo do útero, obteve-se um número médio de 7 afluentes mistos e 1 raiz mista e proveniente da extremidade cornual 9 afluentes mistos e 1 raiz mista.

Obteve-se um total de 613 tipos de arranjos vasculares. Destes, 299 tipos de arranjos foram arteriocotiledonários, donde 143 foram observados em gestações únicas e 156 em gestações gemelares, e 314 tipos de arranjos foram venocotiledonários, donde 130 foram observados em gestações únicas e 184 em gestações gemelares.

DISCUSSÃO

Em comparação com outros autores, obtivemos uma variação no diâmetro da área hilar de 2 a 6 centímetros (média de 3,6 cm), enquanto Neves14 descreve uma variação da área hilar em caprinos de 1 a 6 centímetros. Miglino11, pesquisando a área hilar em bovinos, obteve uma média de 12 centímetros.

Os resultados indicaram uma média de 96 placentônios por gestação. O número de placentônios por nós examinados não pôde ser comparado de forma precisa, pois, de acordo com a literatura compulsada, verificou-se grande variação entre as espécies, e até mesmo dentro de uma mesma espécie. Considerando carúnculas e placentônios como estruturas similares, alguns autores trazem os seguintes resultados: na cabra, de 104 a 16010,14; em búfalas, de 90 a 1808; em vacas, de 70 a 1428,10,11,15 em ovelhas, de 63 a 1001,10,13; na girafa, 18010 e na corsa de 5 a 610.

Steven19, ao estudar os vasos umbilicais, cita a presença de grande quantidade de anastomoses que suprem os placentônios por um ramo arterial e drenam por mais de uma veia. Gadev6 também descreve a presença de diversas anastomoses arteriovenosas. Miglino12 e Ribeiro18 descrevem anastomoses freqüentes em placentas de bovinos, salientando que só as artérias se anastomosam no cordão umbilical, apontando um percentual em gestações únicas de 67,5%, em gestações gemelares de 5%. Anastomoses interarteriais com disposições transversais (63,3%), em "V" (23,3%), oblíquas (3,33%) e em "H" (3,3%), sendo 10% média e 83,3% justaplacentária.

Nossos resultados mostraram anastomoses interarteriais umbilicais em 8 casos. Cinco destas (16,7% ± 6,8) foram do tipo convergente e 3 casos (10% ± 3,3) do tipo transversal. Dos 8 casos em que se constataram as anastomoses, 5 (16,7%) correspondiam a gestações gemelares e 3 casos (10%), a gestações únicas.

Björkman3 cita que, na área intercotiledonária, o córion apresenta-se liso e aderido ao endométrio, sendo irrigado por artérias e drenado por veias. Estas artérias irrigam essa área e os placentônios simultaneamente em 26,7% (± 8,1) do total de casos observados.

Miglino11 afirma que a área de implantação do pedículo que corresponde ao hilo placentário apresenta uma variação de 10 a 12 centímetros de diâmetro. Em ovinos deslanados, esta área variou de 2 a 6 centímetros de diâmetro. Quanto à disposição dos placentônios em fileiras nas placentas dos ruminantes, todos os autores são unânimes, diferindo apenas quanto ao número destas fileiras dispostas para as diferentes espécies. Segundo Hafez8, os placentônios estão dispostos linearmente, distribuídos em três, quatro ou cinco fileiras em placentas de búfalas. Cartier4apud Steven19 descreve, na placenta de ovinos, placentônios dispostos em fileiras paralelas; não cita entretanto o número destas fileiras. Latshaw9 cita duas fileiras de placentônios, sem distinguir entretanto se são fileiras dorsais ou ventrais. Já Noden; Lahunta15 afirmam que na vaca os placentônios apresentam-se dispostos em 2 fileiras dorsalmente e 2 ventralmente distribuídas ao longo do corno uterino gestante. Em ovinos, observamos os placentônios dispostos linearmente em 4 filas de cada lado à implantação do pedículo umbilical no hilo da placenta (Fig. 1).

Tamanho, estrutura e forma dos placentônios em ruminantes apresentam grandes variações, caracterizando as espécies10. Visualizaram-se placentônios de aspectos variados com estrutura geralmente côncava. Observamos ainda que os placentônios grandes (maiores de 1,5 centímetro de diâmetro) e médios (de 0,5 a 1,5) predominavam nos cornos uterinos gestantes. O diâmetro dos placentônios aumenta com o decorrer da gestação, conforme informa Hafez8.

Hafez8 conceitua o placentônio como sendo um conjunto de cotilédone e carúncula. Grunert; Birgel7 reafirmam o conceito ao estudarem a formação e a fisiologia dos anexos fetais nas várias espécies domésticas, bem como Noden; Lahunta15. Björkman3 apresenta alguns aspectos que diferenciam estas estruturas entre ovelhas e vacas, afirmando que os vilos são mais irregulares nas ovelhas. Mitchell; Straford13 fazem uma ressalva quanto a este emaranhado de vilosidades fetais citadas por Björkman3, afirmando serem estas vilosidades oriundas do tecido endometrial. Frandson5 cita os placentônios dos ruminantes com um diâmetro que variava de 1,2 a 10 centímetros, no entanto não especifica as espécies. Miglino11 afirma que os placentônios têm formas variadas, apontando a forma oval como a mais freqüente em placentônios de bovinos. Reynolds; Redmer17 informam que os placentônios apresentam um aumento de aproximadamente 19 vezes em seu número total nos períodos finais da gestação em vacas e ovelhas.

Quanto à distribuição vascular nas placentas, reafirmou-se em nossos achados a citação de Steven19, Pelagalli et al.16 e Miglino11, onde artérias e veias projetadas para o corno uterino prenhe apresentam calibre maior do que aquelas dirigidas ao corno uterino não prenhe nas gestações únicas. As veias, no entanto, apresentam-se mais flexuosas que as artérias.

Observamos 613 arranjos vasculares dentre os tipos arteriocotiledonários e venocotiledonários. Miglino e Didio12 observaram 281 tipos de combinações de vasos e placentônios em vacas. Cartier4apud Steven20 cita que vários autores se dedicaram a estudos que especificavam estas combinações, no entanto apresentaram opiniões conflitantes dentro de uma mesma espécie.

CONCLUSÕES

Com base nos achados dos resultados obtidos, pode-se concluir que:

- da análise de 30 gestações em ovelhas deslanadas, presenciaram-se 16 casos de gestações únicas (53,3%) e 14 casos de gestações gemelares (46,7%), onde se constataram 13 casos de gestação gemelar dupla e 1 caso de gestação gemelar tripla;

- os placentônios estão dispostos em quatro fileiras arranjadas a cada lado do pedículo umbilical. O hilo placentário interpõe-se entre estas fileiras, apresentando 3,57 cm de diâmetro médio;

- os placentônios analisados podem ser distribuídos, de acordo com o tamanho, em três grupos: pequenos, médios e grandes. O número médio de placentônios constantes em cada grupo obedece a uma ordem crescente em que aqueles de menor tamanho apresentam-se em menor número que os de tamanho médio, que se apresentam em menor número que os de tamanho grande;

- nas gestações únicas, o corno uterino gestante apresentou maior número de placentônios, enquanto em gestações gemelares isso ocorreu no corno uterino esquerdo. O número médio de placentônios por gestação foi de 96;

- a distribuição vascular placentária em ovinos não obedece a nenhum padrão vascular, aumentando em complexidade à medida que a gestação se aproxima do termo. Centenas de arranjos vasculares arteriais e venosos podem ser descritos tanto em gestações únicas quanto em gemelares, chamando atenção para o fato de não haver diferença significativa quanto ao número destes arranjos e o número de fetos por gestação;

- as artérias e as veias umbilicais percorrem o mesmo trajeto. Vasos flexuosos de grossos calibres ramificavam-se ao longo do percurso até a extremidade do corno uterino, donde formam tufos vilosos correspondentes à vascularização cotiledonária.

SUMMARY

The blood supply of placenta of 30 wooless sheep without a defined breed was studied by analyzing the pieces obtained through vascular injection of Latex Neoprene 650 stain solution and moulds were made from injection of vinyl acetate. Single gestation (53.33%), gemel (46.66%) and trigeminal (3.33%) cases were observed; in all cases studied it was observed 4 umbilical vessels (2 arteries and 2 veins) besides the allantoidal duct forming the funiculus. Only in one case (trigeminal gestation), the two umbilical arteries of one of the fetuses were fused at he intermediary part of the umbilical funiculus. The hilar area of the placenta varied from 2.0 to 6.0 centimeters depending on the gestational phase. The mean number of cotyledons per gestation was 96 and their sizes and shapes were varied, being the most predominant those greater than 1.5 centimeter and also the ones with ovoid form. The cotyledons were irrigated and drained by a number of diversified arteries and veins, constituting arteriocotyledonary and venocotyledonary arrangements, numbering a total of 299 and 314 casting moulds, respectively.

UNITERMS: Placenta; Sheep; Arteries; Veins.

Recebido para publicação: 07/10/1998

Aprovado para publicação: 03/12/1999

2 Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP – SP

3 Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília – DF

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  • 1Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco – PE
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      07 Fev 2001
    • Data do Fascículo
      2000

    Histórico

    • Recebido
      07 Out 1998
    • Aceito
      03 Dez 1999
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