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Indo extinto antes de ser descoberto? Novos fungos liquenizados da evanescente Mata Atlântica no Brasil

Resumo

No âmbito de um inventário atual de liquens dos remanescentes da Mata Atlântica, no Nordeste do Brasil, cinco espécies novas de Graphidaceae foram descobertas em um pequeno fragmento florestal, Mata do Cipó, no estado de Sergipe, o menor estado do Brasil, o qual está entre aqueles com maior taxa de desmatamento no país. Uma nova espécie adicional já havia sido coletada no Panamá, anteriormente, e agora também foi encontrada na Mata do Cipó, e está sendo descrita aqui também. No total, 40 espécies de Graphidaceae são relatadas para este remanescente, incluindo um grande número de táxons indicadores de floresta bem preservada. As novas espécies são: Fissurina atlantica T.A. Pereira, M. Cáceres & Lücking, sp. nov., Graphis subaltamirensis Passos, M. Cáceres & Lücking, sp.nov., Ocellularia cipoensis L.A. Santos, M. Cáceres & Lücking, sp. nov., O. sosma T.A. Pereira, M. Cáceres & Lücking, sp. nov., O. submordenii Lücking, sp. nov. (também conhecido do Panamá), e Pseudochapsa aptrootiana M. Cáceres, T.A. Pereira & Lücking, sp. nov. Os achados são discutidos no contexto da forte fragmentação da Mata Atlântica, com remanescentes aparentemente servindo de refúgio para populações residuais de espécies raras de fungos liquenizados que, provavelmente, tiveram uma distribuição mais amplia no passado, mas que atualmente parecem ocorrer apenas em fragmentos isolados.

Palavras-chave:
Desmatamento; fragmentação; diversidade de liquens; Graphidaceae; refúgios; Sergipe

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