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Avaliação da difusão de endotoxinas através dos túbulos dentinários

O objetivo desta pesquisa foi avaliar in vitro a capacidade e o tempo necessário para a endotoxina se difundir pelos túbulos dentinários em direção ao cemento. Foram utilizados 30 dentes humanos unirradiculados, que tiveram suas coroas e seus ápices seccionados, padronizando-se o tamanho em 15 mm. Os dentes foram instrumentados até a lima K30 e impermeabilizados externamente com adesivo epóxi, deixando-se 10 mm de raiz exposta (terço médio). Os espécimes foram acondicionados em tubos plásticos e submetidos à radiação gama cobalto 60. Após a radiação, foram divididos em 2 grupos (n = 15): G1) foi inoculada uma solução de endotoxina de Escherichia coli no canal radicular dos espécimes e 1 mL de água apirogênica foi colocado no interior dos tubos; G2 (controle): foi inoculada água apirogênica nos canais radiculares e 1 mL de água apirogência foi colocado em cada tubo. Após 30 min, 2 h, 6 h, 12 h, 24 h, 48 h, 72 h e 7 dias, a água do interior dos tubos foi removida e substituída por outra. A alíquota removida foi testada para se detectar presença de endotoxina através da produção de anticorpos (IgM) em cultura de linfócitos B, pois a endotoxina é um ativador policlonal dessas células. Os resultados foram submetidos à análise estatística ANOVA (5%) e teste de Tukey, em que foi verificado que a água removida dos tubos após 24 h, 48 h, 72 h e 7 dias induziu maior produção de anticorpos em relação aos demais grupos, com diferença significante (p < 0,05). Assim, a endotoxina foi capaz de se difundir pelos túbulos dentinários em direção ao cemento, atingindo a região externa da raiz após 24 h.

Endotoxinas; Permeabilidade dentária; Dentina; Canal radicular


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