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Condições periodontais de dentes com migração dentária patológica

O objetivo deste estudo foi avaliar as condições clínicas periodontais de dentes anteriores com migração patológica (MDP) em pacientes com periodontite crônica generalizada e comparar a severidade de destruição periodontal entre dentes migrados e não-migrados. Foram selecionados 32 pacientes, de ambos os sexos, apresentando média de idade de 46,0 anos (± 11,6), com perda clínica de inserção em dentes anteriores e presença de algum tipo de MDP, a saber: vestibularização, diastema, inclinação proximal, giroversão ou extrusão. Os parâmetros avaliados foram a perda clínica de inserção (PIC) e o percentual de perda óssea radiográfica (PO). Os resultados mostraram, em média, uma PIC de 5,50 mm (± 2,20 mm) e uma PO de 41,90% (± 15,40%) do comprimento radicular, em 115 dentes selecionados. Os tipos mais freqüentes de migração foram vestibularização (34,80%) e presença de diastemas (27,00%). A extrusão foi a menos freqüente (4,30%). Maiores valores de PO e PIC foram registrados nos dentes com extrusão (59,44% e 8,42 mm) e vestibularização (45,17% e 6,07 mm). Esses valores de PO foram superiores aos observados nos dentes com giroversão ou inclinação proximal (p < 0,05 - Kruskal-Wallis). A PIC não apresentou diferenças significativas entre os diferentes tipos de migração (p = 0,11). Constatou-se que os dentes anteriores com MDP apresentaram maior PIC e PO (5,1 mm e 40%) quando comparados aos não-migrados (4,1 mm e 31%). Pôde-se concluir também que o tipo de MDP mais prevalente foi a vestibularização, que esteve relacionada a maiores níveis de perda óssea.

Migração de dente; Perda da inserção periodontal; Perda óssea alveolar


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