Ensaios de campo foram conduzidos por um período de seis anos agrícolas, de 1967/68 a 1972/73, em latossolo roxo, no Centro Experimental de Campinas para estudar os efeitos de diferentes modos de aplicação de calcário e seu efeito residual na cultura do algodoeiro. Os tratamentos comparados foram os seguintes: sem aplicação de calcário; dose total de calcário aplicada no primeiro ano; metade da dose aplicada no primeiro ano e metade no segundo; um terço da dose aplicada no primeiro ano, um terço no segundo e um terço no terceiro; metade da dose aplicada no primeiro ano e metade no terceiro ano. Todos os tratamentos em presença de uma adubação mineral NPK. A dose total de calcário foi de 4,5 t/ha. A avaliação do efeito da aplicação de calcário foi feita pela produção de algodão em caroço, pelas características de produção (peso de 1 capulho, peso de 100 sementes e porcentagem de fibra) e pelas características tecnológicas de fibra (comprimento, uniformidade, Pressley e Micronaire). Os resultados revelam que houve efeito significativo devido à aplicação de calcário sobre a produção do algodoeiro, não tendo sido, no entanto, detectado efeito entre os diferentes modos de parcelamentos estudados. Os aumentos de produção variaram de 18 a 25%, em relação à testemunha sem calcário. O efeito residual do calcário foi significativo apenas para as aplicações feitas metade da dose no 1.° ano e metade no 2.° e um terço da dose em cada ano, em relação à testemunha sem calcário; os demais tratamentos não diferiram dessa testemunha. Não foi verificado efeito da aplicação de calcário, nem efeito residual, sobre as características de produção e tecnológicas da fibra.