Com o objetivo de avaliar os efeitos do tipo de manejo do solo e das plantas de cobertura nos indicadores microbianos da qualidade do solo, foi desenvolvido um experimento em condições de campo, com feijoeiro comum e milho, cultivados sob semeadura direta (NT) e preparo convencional do solo (CT), após crotalária, mucuna preta, feijão guandu, feijão de porco, sorgo e pousio (plantas espontâneas). A respiração basal do solo (BSR), C e N da biomassa microbiana (Cmic and Nmic), quociente metabólico (qCO2), atividade enzimática total (TEA), atividade de β-Glicosidase (β-GA) e atividade da fosfatase ácida (APA) foram avaliados em amostras de solo coletadas na profundidade de 0-0,10 m. Cmic, qCO2, TEA, β-GA e APA foram mais sensíveis na determinação dos efeitos dos sistemas de manejo do solo e das plantas de cobertura. Embora as plantas de cobertura não tenham causado efeitos marcantes nos indicadores estudados, em geral, os valores mais altos de Cmic, Nmic, BSR, TEA, β-GA e APA e os valores mais baixos de qCO2 foram observados sob NT em comparação ao CT. Os valores de Cmic e TEA foram, respectivamente, 35% e 13% maiores sob NT, quando comparada com o CT. Além disso, a NT possui valores próximos àqueles observados em solo de mata para os parâmetros estudados, indicando maior sustentabilidade sob este sistema de manejo do solo comparado ao CT.
Adubos verdes; culturas de cobertura; qualidade do solo; sustentabilidade
